Carcass –
Surgical Steel (2013)
(Nuclear Blast - Importado)
(Nuclear Blast - Importado)
01. 1985
02. Thrasher’s Abbatoir
03. Cadaver Pounch Conveyor System
04. A Congealed Clot of Blood
05. The Master Butcher’s Apron
06. Noncompliance to ASTM F899-12 Standard
07. The Granulating Dark Satanic Mills
08. Unfit for Human Consumption
09. 316L Grade Surgical Steel
10. Captive Bolt Pistol
11. Mount of Execution
02. Thrasher’s Abbatoir
03. Cadaver Pounch Conveyor System
04. A Congealed Clot of Blood
05. The Master Butcher’s Apron
06. Noncompliance to ASTM F899-12 Standard
07. The Granulating Dark Satanic Mills
08. Unfit for Human Consumption
09. 316L Grade Surgical Steel
10. Captive Bolt Pistol
11. Mount of Execution
Há 17 anos o Carcass lançava Swansong e encerrava sua brilhante carreira com um trabalho que
apesar de não ser ruim, estava longe de ter o mesmo nível de seus álbuns
anteriores. A partir de então, muito se comentou sobre uma possível volta,
sonho de 10 entre 10 fãs de metal extremo, até que há alguns anos atrás se
reuniram para shows. Mas faltava o principal, que era um novo álbum. E bem,
aqui está ele. Uma das dúvidas que pairavam era de como soaria o Carcass sem
Michael Amott em uma das guitarras. A banda possui duas fases muito bem definidas
em sua carreira. Uma vai de 1987 até 1990, onde se encaixavam no rótulo de
Grindcore, com um som brutal e inacessível e a outra de 1991 até seu fim em
1996, onde praticavam um Death Metal Melódico e que gerou aqueles que para mim
são os dois maiores clássicos do estilo: Necroticism
– Descanting the Insalubrious e Heartwork. Não é mistério algum o fato de
que os fãs ligam essa segunda fase a presença de Amott na banda e com sua
ausência, muitos perguntavam se não teríamos um retorno às raízes do Carcass.
A resposta para essa pergunta é Surgical Steel, um álbum que consegue
fundir as duas fases da banda com perfeição. Aqui uniram aquele Death Melódico
da fase Heartwork com o peso e a
brutalidade de sua fase mais extrema, conseguindo equilibrar tudo de forma muito
natural, deixando claro para todos que Michael Amott não faz falta alguma ao
Carcass e que a alma da banda é a dupla Jeff Walker (Vocal/Baixo) e Bill Steer
(Guitarra). Por sinal o trabalho de guitarras aqui é sensacional, com guitarras
gêmeas surgindo em diversos momentos, riffs simplesmente matadores e muito
peso. E vale frisar aqui que Steer gravou tudo sozinho já que o novo
guitarrista, Bem Ash, só entrou após a gravação do álbum.
Musicalmente falando, esse é um trabalho
infinitamente superior a Swansong e o
parâmetro de comparação aqui é o clássico Heartwork.
E quer saber, tenho que dar o braço a torcer e admitir que ele não faz nada
feio. Não nego que nas primeiras audições estava meio que com um pé atrás e até
questionei as afirmações de amigos que diziam que esse era o CD do ano, mas à
medida que o fui escutando ele foi crescendo mais e mais e se tornando um de
meus álbuns favoritos de 2013. Não existe uma música sequer descartável em Surgical Steel, o que não significa que
não possamos destacar algumas sobre as demais. “Thrasher’s Abbatoir” é um soco no pé do ouvido com toda a sua
brutalidade e talvez seja sua música mais pesada pós 1991. “The Master Apron” é outra que vai te remeter a primeira fase da
banda. Já “Cadaver Pouch Conveyor System”,
brutal e melodiosa, “The Granulating Dark
Satanic Mills” e “Unfit for Human
Consumption” vão fazer você pensar estar escutando o Heartwork. Por sinal,
os títulos continuam de uma singeleza impar. Deve-se citar aqui também o belo
trabalho de produção, a cargo de Colin Richardson, e de mixagem e masterização,
a cargo de Andy Sneap. Seguindo a linha cada vez mais adotada pelas bandas de
Death atuais (vide últimos trabalhos de Nile ou Suffocation), o som que se ouve
aqui é cristalino e muitíssimo bem produzido, mas sem perder um pingo de peso,
agressividade e brutalidade.
Ao contrário de muitas bandas por ai que retornam e
lançam álbuns apenas para constar na discografia, o Carcass surge com um
trabalho altamente relevante e que faz juz a toda a sua carreira. Com ótimas
melodias, músicas muito bem construídas e muita variedade, entra tanto no hall
de clássicos da banda como no do Death Melódico. Certamente um dos grandes
destaques de 2013. E eu que me vire para fazer um top 10 no final do ano.
Myspace
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