sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Diabolical Funeral – Queime a Igreja (2015)






Diabolical Funeral – Queime a Igreja (2015)
(Impaled Records – Nacional)

01. Tiros na Face de Cristo
02. Sangue Anal
03. Massacre Infernal
04. A Honra da Batalha
05. Funeral Diabólico
06. A Igreja de Satanás
07. Sofra
08. Queime a Igreja
09. A Morte dos Santos
10. Puro Ódio
11. Armagedom
12. Pau no Cú de Cristo (Bonustrack)

Black Metal sempre foi sinônimo de extremismo, musicalmente, liricamente ou ideologicamente falando. Fosse na primeira onda do gênero, com Venom, Bathory, Hellhammer ou Celtic Frost, fosse na polêmica segunda, surgida na Noruega, com nomes como Mayhem, Burzum ou Darkthrone, falar em Black Metal sempre remetia a algo agressivo, blasfemo. A geração seguinte se afastou desse padrão, trazendo muitas melodias, orquestrações e elementos totalmente dispares das raízes do estilo.

Bem, vindo de Joinville/SC, o quarteto formado por Lord Satã (Vocal), Mantus Razuno (Guitarra), Lord Abaddon (Guitarra) e James Andresen (Bateria, que aparentemente entrou após a gravação do álbum) prefere apostar justamente naquela sonoridade consagrada pelas bandas norueguesas da primeira metade dos anos 90. Aqui nada de tecladinhos melódicos e partes sinfônicas, você só vai encontrar agressão, primitivismo, extremismo e letras que irão certamente agredir a moral daqueles mais sensíveis. Nada aqui difere muito do que foi feito por bandas como Burzum, Darkthrone, Mayhem, Immortal ou Emperor a mais de 20 anos atrás e isso é justamente o mais legal de tudo. Simples, direto e cheio de rispidez, a música do Diabolical Funeral não possui meio termo e não abre qualquer tipo de concessão para ser mais audível. A idéia aqui é passar sua mensagem anticristã da forma mais agressiva possível e sou obrigado a dizer que conseguem atingir muito bem esse intento. Os maiores destaques aqui ficam por conta de “Tiros na Face de Cristo”, “Massacre Infernal”. “A Igreja de Satanás”, “Queime a Igreja” e “Pau no Cú de Cristo”, faixa tirada do EP de estréia da banda, A Morte dos Santos (15).

A absoluta falta de informações no encarte (assim como a falta das letras) não me permite falar muito sobre a parte técnica de Queime a Igreja. A produção é bem crua e remete totalmente ao que era feito no início dos anos 90. Problema nisso? Nenhum, já que é exatamente essa a intenção do Diabolical Funeral. Intransigente, brutal e violento, como o Black Metal deve ser.

NOTA: 8,0




3 comentários:

  1. Agradecemos a resenha guerreiro, realmente interpretou tudo que a gente quis passar, com certeza levaremos em conta todas as críticas! Força e honra!

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  2. Ótima resenha. Concordo com as comparações de proposta exceto por Immortal e Emperor, que são extremamente diferente e representam o outro lado do espectro do Black Metal.

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