Magnética – Homo sapiens brasiliensis (2018)
(Independente - Nacional)
01. Inflamáveis
02. Super Aquecendo
03. Homo Sapiens Brasiliensis
04. Céu de Abril
05. Descãonhecido
06. Crianças – certa melancolia e introspecção
07. Interstellar
08. Os Magnéticos
09. Natural
10. Minha Hora
O Brasil sempre teve ótimos nomes quando falamos de Rock, incluindo aí suas vertentes mais comerciais. Nos anos 70, tivemos artistas como Mutantes, Joelho de Porco, Raul Seixas, O Terço e Secos & Molhados; nos 80, Legião Urbana, Capital Inicial, Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, Camisa de Vênus e Plebe Rude; nos 90, Planet Hemp, Pato Fu, O Rappa, Detonautas, Chico Science e Nação Zumbi e Charlie Brown Jr.; e mesmo no início da década de 2000, bandas como CPM 22, Cachorro Grande e Pitty ocuparam um bom espaço nas mídias de massa. O problema é que de meados da década passada em diante, o estilo foi perdendo espaço de forma progressiva nas rádios e em programas de TV, passando a impressão que nada mais surgia no cenário.
Entretanto, quem acompanha com mais atenção, não se fechando em nichos, sabe que o problema nunca foi esse. Ótimas bandas continuaram surgindo durante todo o período, mas por uma série de fatores, que vão desde a dificuldade inicial de se adaptar a uma nova realidade, onde a internet passou a ter papel central na distribuição e consumo de música, até ao saudosismo e conservadorismo do público, que se recusa a aceitar o que é novo, se prendendo apenas ao passado, criou-se o “Mito da Crise Criativa” do Rock Nacional. Scalene, Far From Alaska, Supercombo, Ego Kill Talent, Francisco El Hombre, Selvagens a Procura de Lei, Vivendo do Ócio, Vanguart, Vespas Mandarinas, Boogarins, são alguns dos nomes que jogam por terra essa falácia.
Formada na cidade de Bebedouro/SP, no ano de 2012, a Magnética é mais uma banda que pode ser incluída entre os nomes citados acima. Tendo em sua formação Elvio Trevisone (vocal), Rafael Musa (guitarra), Kelson Palharini (guitarra), Anderson Pavan (baixo) e Marcos Ribeiro (bateria), apostam em uma sonoridade que une elementos de diversas fases do Rock, indo do Classic Rock setentista até o Grunge/Alternativo dos anos 90, passando pela geração oitentista do Rock brasileiro. É uma música simples, honesta, muito bem tocada, que consegue equilibrar muito bem o lado pesado com o mais comercial, e principalmente, grudenta como poucas que escutei nos últimos anos. Tem refrões aqui que são forjados na base da supercola, já que ficam na sua cabeça por dias.
(Independente - Nacional)
01. Inflamáveis
02. Super Aquecendo
03. Homo Sapiens Brasiliensis
04. Céu de Abril
05. Descãonhecido
06. Crianças – certa melancolia e introspecção
07. Interstellar
08. Os Magnéticos
09. Natural
10. Minha Hora
O Brasil sempre teve ótimos nomes quando falamos de Rock, incluindo aí suas vertentes mais comerciais. Nos anos 70, tivemos artistas como Mutantes, Joelho de Porco, Raul Seixas, O Terço e Secos & Molhados; nos 80, Legião Urbana, Capital Inicial, Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, Camisa de Vênus e Plebe Rude; nos 90, Planet Hemp, Pato Fu, O Rappa, Detonautas, Chico Science e Nação Zumbi e Charlie Brown Jr.; e mesmo no início da década de 2000, bandas como CPM 22, Cachorro Grande e Pitty ocuparam um bom espaço nas mídias de massa. O problema é que de meados da década passada em diante, o estilo foi perdendo espaço de forma progressiva nas rádios e em programas de TV, passando a impressão que nada mais surgia no cenário.
Entretanto, quem acompanha com mais atenção, não se fechando em nichos, sabe que o problema nunca foi esse. Ótimas bandas continuaram surgindo durante todo o período, mas por uma série de fatores, que vão desde a dificuldade inicial de se adaptar a uma nova realidade, onde a internet passou a ter papel central na distribuição e consumo de música, até ao saudosismo e conservadorismo do público, que se recusa a aceitar o que é novo, se prendendo apenas ao passado, criou-se o “Mito da Crise Criativa” do Rock Nacional. Scalene, Far From Alaska, Supercombo, Ego Kill Talent, Francisco El Hombre, Selvagens a Procura de Lei, Vivendo do Ócio, Vanguart, Vespas Mandarinas, Boogarins, são alguns dos nomes que jogam por terra essa falácia.
Formada na cidade de Bebedouro/SP, no ano de 2012, a Magnética é mais uma banda que pode ser incluída entre os nomes citados acima. Tendo em sua formação Elvio Trevisone (vocal), Rafael Musa (guitarra), Kelson Palharini (guitarra), Anderson Pavan (baixo) e Marcos Ribeiro (bateria), apostam em uma sonoridade que une elementos de diversas fases do Rock, indo do Classic Rock setentista até o Grunge/Alternativo dos anos 90, passando pela geração oitentista do Rock brasileiro. É uma música simples, honesta, muito bem tocada, que consegue equilibrar muito bem o lado pesado com o mais comercial, e principalmente, grudenta como poucas que escutei nos últimos anos. Tem refrões aqui que são forjados na base da supercola, já que ficam na sua cabeça por dias.
A abertura se dá com “Inflamáveis”, uma canção pesada, com dose razoável de agressividade e que deixa clara a influência do Grunge; “Super Aquecendo” tem uma pegada setentista, toques de Blues e ótimas melodias; “Homo Sapiens Brasiliensis” se destaca pelo tom crítico e pelo trabalho das guitarras; “Céu de Abril” é a mais acessível de todo o álbum, e possui não só boas melodias, como um refrão que fica marcado na cabeça; e “Descãonhecido” é uma bonita balada voltada para a causa animal. A segunda metade do álbum abre com a melancólica “Crianças”, sendo seguida pela boa “Interstellar”. “Os Magnéticos” se destaca pelo trabalho das guitarras; “Natural” se mostra pesada; “Minha Hora” encerra com riffs mais arrastados, peso, e muito de Grunge.
A produção, masterização e mixagem foram realizadas por Romulo Ramazini Felicio, e o resultado ficou acima da média. Tudo claro, audível, mas ainda sim, pesado. A parte gráfica ficou a cargo de Pablo Gomes Nicolela, e também se destaca por ser muito bem-feita. Estreando com o pé direito e mostrando possuir talento de sobra, a Magnética se mostra uma banda acima da média, e que possui todos os requisitos para firmar seu nome entre os principais nomes da cena nacional. Cabe dizer que após o lançamento, passaram por mudanças de formação, com o quinteto se tornando um trio após as saídas do vocalista Elvio Trevisone e do guitarrista Kelson Palharini, e que estão finalizando um EP para muito em breve.
NOTA: 83
Magnética (gravação):
- Elvio Trevisone (vocal);
- Rafael Musa (guitarra);
- Kelson Palharini (guitarra);
- Anderson Pavan (baixo);
- Marcos Ribeiro (bateria).
Magnética é:
- Rafael Musa (vocal/guitarra);
- Anderson Pavan (baixo);
- Marcos Ribeiro (bateria).
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