quinta-feira, 26 de abril de 2018

Loudness – Rise To Glory (2018)


Loudness – Rise To Glory (2018)
(earMUSIC/Shinigami Records - Nacional)


CD 1 - Rise To Glory
01. 8118 (Instrumental)
02. Soul On Fire
03. I’m Still Alive
04. Go For Broke
05. Until I See The Light
06. The Voice
07. Massive Tornado
08. Kama Sutra (Instrumental)
09. Rise To Glory
0. Why And For Whom
11. No Limits
12. Rain
13. Let’s All Rock

CD 2 - Samsara Flight
01. Street Woman
02. The Law Of Devil’s Land
03. Loudness
04. In The Mirror
05. Black Wall
06. Rock Shock (More And More)
07. Lonely Player
08. Devil Soldier
09. Burning Love
10. Angel Dust
11. Road Racer
12. Rock The Nation
13. To Be Demon

Lá se vão quase 4 décadas de história (surgiram em 1981) e a incrível marca de 28 álbuns lançados (muitos apenas no mercado japonês). O Loudness é o maior exponente do Metal quando falamos de Japão, tendo conseguido até mesmo certa popularidade nos Estados Unidos durante meados dos anos 80 (com os álbuns Thunder in the East (85) e Lightning Strikes (86)), sendo não só a primeira banda de seu país a assinar contrato com uma grande gravadora americana, como também a entrar no Top 100 da Billboard. Apesar disso, nunca chegaram realmente a explodir no Ocidente e a conquistar o mesmo reconhecimento de público que possuem em seu país.

Durante todo esse tempo, o guitarrista Akira Takasaki guiou firmemente o Loudness, não esmorecendo em momento algum. Em 2001, o retorno da formação original se mostrou a melhor opção, e o que era para ser algo que comemoraria os 20 anos de carreira acabou se tornando definitivo. Obstantes algumas escorregadas aqui e ali, a verdade é que tudo começou a entrar nos trilhos novamente, e nem mesmo o triste falecimento do baterista Munetaka Higuchi em 2008 (vitimado por um câncer de fígado) tirou a banda de seu rumo. Vindo de uma sequência de bons trabalhos, como King of Pain (2010) e 2012 (2012), é claro que a curiosidade para escutar Rise To Glory, seu 28º álbum de estúdio, não era pouca.

E se você é fã do Loudness, com certeza não irá se decepcionar. O que temos aqui é um trabalho que, acima de tudo, soa muito espontâneo, natural e principalmente, tradicional. Minoru Niihara mostra um ótimo desempenho vocal, cantando de forma superior ao que escutamos por exemplo, em The Sun Will Rise Again (14). Akira Takasaki dispensa comentários, pois quem o conhece sabe bem da sua capacidade como guitarrista. Seu desempenho é não menos que é excelente, com destaque para os riffs (bem na linha Hard/Heavy oitentista) e ótimos solos, cheios de melodia. A parte rítmica, com o baixista Masayoshi Yamashita e o baterista Masayuki "Ampan" Suzuki, se mostra coesa, firme, variada e pesada, ajudando muito no resultado final.


Descontando-se a instrumental que serve de introdução, são 12 faixas que conseguem manter um bom nível, por mais que na segunda metade tenhamos uma leve queda de qualidade (mas que em nada compromete o resultado final). Os destaques ficam por conta de “Soul On Fire”, forte, enérgica e com um refrão muito bom, a acelerada  “I’m Still Alive”, que apesar da pegada bem Heavy Tradicional, não se furta de alguns toques de Speed/Thrash aqui e ali, a simples e efetiva “Go For Broke”, que vai remeter alguns ao Accept, a estrondosa e pesada “Massive Tornado”, com um de seus pés bem fincados no Thrash, e a espetacular e acelerada “Rise To Glory”, uma dessas faixas viciantes, com ótimos riffs e melodias. Uma aula de Heavy Tradicional. E vale citar que de bônus, temos um CD Samsara Flight, que havia sido lançado no Japão em 2016, com regravações de antigas canções da banda.

A produção ficou por conta da própria banda, com a mixagem feita por Masatoshi Sakimoto e masterização a cargo de Chris Bellman (Cirith Ungol, Metallica, Forbidden). O resultado foi muito bom, com tudo bem claro, limpo, mas pesado e vivo. A parte gráfica foi obra de Iwata Room, com quem trabalharam em seus dois últimos lançamentos, The Sun Will Rise Again e Samsara Flight. No fim, o que temos é um belo álbum de Heavy Metal, dinâmico, divertido e diversificado, como todos deveriam ser.

NOTA: 85

Loudness é:
- Minoru Niihara (vocal);
- Akira Takasaki (guitarra);
- Masayoshi Yamashita (baixo);
- Masayuki Suzuki (bateria).

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Um comentário:

  1. Sempre gostei do loudness desde os 80. Embora acho aquela a melhor fase deles. Esse último é superior ao anterior mais inferior ao 2012

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