terça-feira, 10 de outubro de 2017

Warfield Death - Sucumbindo ao Medo (2017)


Warfield Death - Sucumbindo ao Medo (2017)
(Independente - Nacional)


01. Brutal
02. Vingança Infernal
03. Sucumbindo ao Medo
04. Mãos Fechadas para Injustiça
05. Sangue Derramado
06. Mercadores da Morte
07. Uma Festa que Acaba em Funeral

A cena nordestina talvez seja a mais forte do Brasil na atualidade, com ótimas bandas surgindo o tempo todo. O Warfield Death não se trata de uma banda propriamente iniciante, já que surgiu em Aracaju/SE no ano de 2009, mas só neste ano conseguiram finalmente lançar seu tão almejado debut (também possuem uma demo, intitulada simplesmente Death (09)).

Musicalmente, o quarteto formado por Marcos P. Viking (vocal), Thiago Madness (guitarra), Eduardo Vysceral (baixo) e Carlos Morte (bateria) não inventa, apostando forte suas fichas naquele Death Metal com uma pegada mais Old School, e que remete ao final dos anos 80/início dos 90, principalmente a nomes como Six Feet Under, Cannibal Corpse e Obituary. Mostram boa técnica e privilegiam a cadência e o peso, ao invés da velocidade, por mais que momentos assim surjam aqui e ali em sua música.

Os vocais de Marcos são bem agressivos, trafegando entre o urrado e o gutural, soando muitas vezes ininteligíveis, apesar de todas as músicas serem cantadas em português. Já a guitarra faz um belo trabalho aqui, soando não só direta, mas também bem variada. É responsável não só por bons riffs, mas também por algumas boas melodias. Já a parte rítmica se destaca não só pela coesão e boa técnica (o trabalho de bateria é muito bom), mas também pela diversidade que imprime às canções do Warfield Death. Não apresentam nada de novo, é verdade, mas conseguem utilizar muito bem a fórmula que adotaram, sem soarem como simples emulação. 


São 7 músicas que vão direto ao ponto, sem enrolar o ouvinte. Canções como “Brutal” e “Mercadores da Morte” mostram boa técnica, enquanto a variação rítmica é o destaque nas ótimas “Vingança Infernal” e “Sucumbindo ao Medo” (muito intensa, por sinal). “Sangue Derramado” esbanja brutalidade e a guitarra, com seus bons riffs, se destaca tanto em “Mãos Fechadas para Injustiça” e “Uma Festa que Acaba em Funeral”.

Mas cabem aqui algumas pequenas ressalvas. A produção, mesmo que não comprometa, já que os instrumentos estão bem audíveis, exagerou um pouco na crueza. Nada em excesso, mas trabalhar um pouco mais a produção vai ajudar a obterem um maior destaque. O outro “puxão de orelha” se dá devido ao trabalho gráfico aqui apresentado, que prima pela total e completa falta de informações. Não tem letras (apesar de serem em português), não tem os nomes dos músicos ou qualquer informação técnica. Pode parecer bobagem, mas em um mercado acirrado como o atual, esses detalhes contam demais. No fim, uma boa estreia de uma banda muito promissora.

NOTA: 7,5

Warfield Death é:
- Marcos P. Viking (vocal);
- Thiago Madness (guitarra);
- Eduardo Vysceral (baixo);
- Carlos Morte (bateria).

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