Leprous – Malina (2017)
(InsideOut Music – Importado)
(InsideOut Music – Importado)
Não dá para discutir que a música do Leprous se aproxima muito mais do Rock Progressivo do que do Metal. Mas ainda assim, o peso se faz presente em sua música, e nesse ponto a parte rímica se mostra essencial, mesmo que as guitarras, bem limpas, resvalem no pop em alguns momentos. Malina passa a milhas de distância de ser um álbum ruim e muitos fatores ajudam nisso. A voz de Einar Solberg continua fazendo a diferença, os refrões são excelentes e grudentos e as músicas, além de soarem sofisticadas e técnicas, possuem boas harmonias. O pé no pop, que colocam em alguns momentos, em nada afeta a qualidade do trabalho. Pode não estar no nível dos excelentes Bilateral (11) e Coal (13), mas ainda assim é um belo trabalho. (8,0)
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Labÿrinth - Architecture of a God (2017)
(Frontiers Records – Importado)
(Frontiers Records – Importado)
Lá se vão mais de 2 décadas de estrada, e o Labÿrinth chega ao seu 8º álbum de estúdio. Com seu núcleo duro formado pelos guitarristas Andrea Cantarelli e Olaf Thörsen e pelo vocalista Roberto Tiranti, firme e forte, apresentam aqui um Power/Prog classudo e que procura fugir das fórmulas prontas adotadas por outras bandas italianas do estilo. As guitarras são responsáveis por ótimas melodias, mas também por dar um toque de agressividade ao trabalho, os vocais de Roberto se mostram muito emocionais, principalmente nas semi-baladas aqui presentes (algo que sempre fizeram muito bem), e o estreante tecladista Oleg Smirnoff (ex-Vision Divine) esbanja virtuosismo, mas sem pedantismo. Sem dúvida alguma o trabalho mais consistente da banda desde Return to Heaven Denied (98). (8,0)
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The Ruins of Beverast - Exuvia (2017)
(Ván Records – Importado)
(Ván Records – Importado)
Se assim como eu, você julgava improvável o The Ruins of Beverast superar ou, pelo menos, igualar os clássicos Unlock the Shrine (04) e Rain Upon the Impure (06), saiba que Alexander von Meilenwald (o dono de tudo aqui) acaba de nos provar que estávamos equivocados. Abusando do experimentalismo e mesclando Atmosférico, Black, Doom, Industrial e batidas tribais, acaba por gerar uma sonoridade melancólica e sufocante. Não se espante se em alguns momentos você se sentir meio a um ritual macabro executado por um Xamã satânico. Vale dizer que apesar da grande quantidade de elementos na música do TROB, em momento algum as guitarras perdem o protagonismo, já que aqui temos alguns dos melhores riffs da carreira da banda. Um dos destaques de 2017. (9,0)
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Cannabis Corpse - Left Hand Pass (2017)
(Season of Mist – Importado)
(Season of Mist – Importado)
Para quem ainda desconhece, o Cannabis Corpse é um dos projetos paralelos de Landphil, do Municipal Waste, e que hoje conta com músicos de bandas como Gatecreeper, Six Feet Under e The Black Dahlia Murder. Surgido como uma paródia ao Cannibal Corpse, com temática voltada para a maconha, com o tempo ampliou suas referências para outras bandas clássicas de Death Metal. E é isso que temos aqui, Death Metal Clássico, sem inovações ou invenções. E não dá pra discutir, mesmo sem apresentar nada de diferente do que já foi feito, sua música é sólida e acima de tudo, divertida. Certamente vai agradar os fãs do estilo. (7,5)
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Foredoomed - Ordeal (2017)
(Independente – Importado)
(Independente – Importado)
Imagine uma banda de Death Metal Melódico que mescla em sua sonoridade Insomnium e Dream Theater. Pois é isso que os finlandeses do Foredoomed nos apresentam em seu álbum de estreia. Aqui o peso, a agressividade e as boas melodias de guitarra recebem o reforço dos sintetizadores, que remetem diretamente ao som dos americanos. As vocalizações também são variadas, já que em muitos momentos alternam entre vocais agressivos e limpos, o que funciona muito bem dentro da proposta musical da banda. São nos momentos em que essas características se mostram mais acentuadas, que conseguem fugir dos clichês do estilo e obtêm seus melhores resultados. Uma das estreias mais interessantes que escutei nesse ano de 2017. (8,0)
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Maat - Monuments Will Enslave (2017)
(Aural Attack Productions – Importado)
(Aural Attack Productions – Importado)
As comparações com o Nile certamente são inevitáveis, afinal, estamos falando de uma banda de Death Metal com temática lírica voltada para o Egito Antigo, mas nada é mais injusto que isso. Sua sonoridade se aproxima muito mais de nomes como Vader e Behemoth, com os elementos de música oriental surgindo incorporados no instrumental, principalmente nos riffs de guitarra. Então, se espera passagens atmosféricas, com instrumentos típicos, não vai encontrar isso aqui. A atmosfera aqui gerada é bem densa, principalmente pelos riffs agressivos, pelos refrões fortes e pelas músicas muito bem estruturadas. Em seu segundo trabalho (o debut, As We Create Hope from Above, é de 2014), o Maat continua sua evolução e tem tudo para se tornar uma das grandes bandas do estilo nos próximos anos. (8,0)
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