quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Evil Sense - Fight for Freedom (2017)


Evil Sense - Fight for Freedom (2017)
(Erinnys Productions - Nacional)


01. No More Lies
02. Embrace of Death
03. Império Headbanger - O Ritual Metal
04. Traveling by Warriors Land
05. Force and Honor
06. Unit 731
07. Thrash Anger
08. Fight for Freedom
09. Evil Sense

A vida de uma banda de Heavy Metal no Brasil nunca será fácil, e a trajetória do Evil Sense mostra bem isso. Surgido em 2000, lutaram para estabilizar uma formação, gravaram 3 demos, Horseman of Apocalypse (02), Coma of Your Brain (06) e In Thrash We Trust, e finalmente, 17 anos depois de sua formação, finalmente conseguiram chegar ao seu debut, Fight for Freedom. Uma caminhada dura, árdua, mas que finalmente foi recompensada.

Musicalmente não apresentam qualquer novidade ou inovação. Sua aposta é cravar de forma bem firme seus pés nos anos 80, apresentando um Thrash/Speed que recebe boas influências de Metal Tradicional. Todos os clichês do período se fazem presentes aqui. Aí você certamente vai se perguntar: isso é ruim? Olha, de forma alguma, pois tudo é uma questão de como você vai utilizá-los, e no caso do Evil Sense, fazem isso de forma muito competente e sem procurar emular algum nome em específico.

Aqui temos uma música enérgica, crua e ríspida, com vocais bem agressivos, riffs cortantes, bons solos e uma parte rítmica que mostra boa técnica, se destacando em diversos momentos do CD. São 9 canções que vão direto ao ponto, sem qualquer enrolação, com destaque para  a agressiva “No More Lies”, que abre o trabalho, “Embrace of Death”, com riffs muito bons, a instrumental “Traveling by Warriors Land”, com influência de Metal Tradicional (lembra daquelas instrumentais dos primeiros álbuns do Maiden?) e um trabalho tão bom das guitarras que você nem sente a falta de um vocal, “Force and Honor”, outra com sonoridade mais Heavy, bom peso e ótimos riffs em seus mais de 8 minutos, “Thrash Anger”, que faz jus ao nome, carregada de energia e totalmente raivosa, e “Evil Sense”, que encerra o álbum e possui um trabalho muito bom da dupla de guitarristas.


Gravado e mixado no KW Home Estúdio/SP, com produção de Alexdog (Tenebrario) e da própria banda, o resultado, apesar de soar um pouco cru demais, não chega a comprometer, ainda mais se tratando de um debut. Algo um pouco mais bem trabalhado vai deixar a coisa ainda melhor aqui. O importante é que, acima de tudo, todos os instrumentos estão bem claros e pesados, além de bem timbrados. Até aqui o clima oitentista prevalece.

No final, temos em mãos um bom trabalho de estreia, indicado aos bangers mais saudosistas, e que mostra uma banda que, com pequenos ajustes aqui e ali (um pouco mais de identidade e uma produção levemente mais bem trabalhada), tem tudo para estar entre as principais do estilo no país. Altamente indicado para fãs de bandas como Slayer, Exciter, Artillery e afins.

NOTA: 8,0

Evil Sense é:
- Wagner “Capu” (vocal/guitarra);
- Thiago “Suco” (guitarra);
- Hugo (baixo);
- Ricardo (bateria).

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