Affront - Angry Voices (2016)
(Cianeto Discos - Nacional)
01. Scum of the World
02. Angry Voices
03. Affront
04. Conflicts
05. Terra Sem Males (Guerra Guaranítica)
06. Mestre do Barro
07. Religions Cancer
08. Under Siege
09. Carved in Stone
10. WarTime Conspiracy
11. Echoes of the Insanity
12. Under Siege (Participação especial: Marcelo Pompeu)
Devido ao sério problema de saúde pelo qual passou o vocalista Felipe Eregion, o Unearthly acabou por fazer uma pausa na carreira. Com isso, o baixista M. Mictian (que aqui também assume os vocais) e o guitarrista Rafael Rassan resolveram, ao lado do baterista Jedy Nahay (hoje a vaga é ocupada por Thiago Caneda, do Forkill), iniciar uma nova empreitada, que recebeu o nome de Affront. E sem perder tempo, no final de dezembro do ano passado já foram tratando de soltar o seu debut, Angry Voices.
Meus amigos, pensem em um álbum ignorante. Aqui você se depara com um Thrash/Death estupidamente rápido, agressivo e violento, que não tem nenhuma clemência com os pescoços alheios, mas que foge daquele clichê de apostar em uma sonoridade Old School, já que investe mais em andamentos quebrados e passagens mais intrincadas. Esse é um dos diferenciais do Affront. São 12 músicas que possuem altíssimo poder de destruição, com vocais rasgados, guitarras velozes e que despejam alguns riffs simplesmente brutais e uma bateria totalmente fora de controle (no bom sentido).
Um outro diferencial com relação ao trio é que eles não têm medo de experimentar. Vide, por exemplo, os elementos de música regional incorporados em algumas canções, o que acaba por enriquecer demais o resultado final de Angry Voices. E vale dizer também que, apesar da brutalidade e velocidade impostas aqui na maior parte do tempo, sua música mostra diversidade e ótimas melodias. A forma coesa e madura como conseguem equilibrar todos os elementos presentes em sua música é algo que definitivamente impressiona.
O álbum já abre de forma violenta, com “Scum of the World”, que se destaca pela agressividade e pelo belo trabalho da parte rítmica. “Angry Voices” vem na sequência, alternando algumas passagens um pouco mais cadenciadas com momentos velozes, além de esbanjar peso, sendo seguida por “Affront”, ríspida e com uma bateria avassaladora, e por “Conflicts”, outra que mescla cadência e velocidade, além de contar com boas melodias de guitarra. Temos então um momento de refresco para o pescoço, com a instrumental “Terra Sem Males (Guerra Guaranítica)”, com belos elementos acústicos que acabam por torná-la o momento mais sombrio do álbum.
(Cianeto Discos - Nacional)
01. Scum of the World
02. Angry Voices
03. Affront
04. Conflicts
05. Terra Sem Males (Guerra Guaranítica)
06. Mestre do Barro
07. Religions Cancer
08. Under Siege
09. Carved in Stone
10. WarTime Conspiracy
11. Echoes of the Insanity
12. Under Siege (Participação especial: Marcelo Pompeu)
Devido ao sério problema de saúde pelo qual passou o vocalista Felipe Eregion, o Unearthly acabou por fazer uma pausa na carreira. Com isso, o baixista M. Mictian (que aqui também assume os vocais) e o guitarrista Rafael Rassan resolveram, ao lado do baterista Jedy Nahay (hoje a vaga é ocupada por Thiago Caneda, do Forkill), iniciar uma nova empreitada, que recebeu o nome de Affront. E sem perder tempo, no final de dezembro do ano passado já foram tratando de soltar o seu debut, Angry Voices.
Meus amigos, pensem em um álbum ignorante. Aqui você se depara com um Thrash/Death estupidamente rápido, agressivo e violento, que não tem nenhuma clemência com os pescoços alheios, mas que foge daquele clichê de apostar em uma sonoridade Old School, já que investe mais em andamentos quebrados e passagens mais intrincadas. Esse é um dos diferenciais do Affront. São 12 músicas que possuem altíssimo poder de destruição, com vocais rasgados, guitarras velozes e que despejam alguns riffs simplesmente brutais e uma bateria totalmente fora de controle (no bom sentido).
Um outro diferencial com relação ao trio é que eles não têm medo de experimentar. Vide, por exemplo, os elementos de música regional incorporados em algumas canções, o que acaba por enriquecer demais o resultado final de Angry Voices. E vale dizer também que, apesar da brutalidade e velocidade impostas aqui na maior parte do tempo, sua música mostra diversidade e ótimas melodias. A forma coesa e madura como conseguem equilibrar todos os elementos presentes em sua música é algo que definitivamente impressiona.
O álbum já abre de forma violenta, com “Scum of the World”, que se destaca pela agressividade e pelo belo trabalho da parte rítmica. “Angry Voices” vem na sequência, alternando algumas passagens um pouco mais cadenciadas com momentos velozes, além de esbanjar peso, sendo seguida por “Affront”, ríspida e com uma bateria avassaladora, e por “Conflicts”, outra que mescla cadência e velocidade, além de contar com boas melodias de guitarra. Temos então um momento de refresco para o pescoço, com a instrumental “Terra Sem Males (Guerra Guaranítica)”, com belos elementos acústicos que acabam por torná-la o momento mais sombrio do álbum.
“Mestre do Barro” é uma homenagem ao artesão nordestino Vitalino Pereira dos Santos, também conhecido como Mestre Vitalino (1909-1963), respeitado em todo o mundo por sua arte feita com barro (possui obras expostas no Louvre, em Paris, dentre outros museus no Brasil e mundo afora). Aqui, temos elementos regionais muitíssimos bem encaixados, mesclados à agressividade e ao peso do Thrash/Death. “Religions Cancer” soa um pouco mais tradicional e mantém os níveis de violência e agressividade bem altos, enquanto “Under Siege” se destaca principalmente pelo bom trabalho de guitarra. “Carved in Stone” tem uma levada mais arrastada e boas melodias e “WarTime Conspiracy” vai na direção contrária, esbanjando velocidade e agressividade. Finalizando, a bela instrumental “Echoes of the Insanity” surge em toda a sua melancolia e com toques de violão flamenco. De bônus, ainda temos uma versão de “Under Siege” com participação para lá de especial de Marcelo Pompeu, do Korzus, que deixou a canção ainda melhor.
Gravado no Musicalico Studio, com produção de Rassan e Mictian, e com mixagem e masterização realizados por Daniel Escobar, o resultado final é muito bom, já que deixou tudo claro e audível, mas sem abrir mão da agressividade e de certa dose de sujeira. A arte da capa é mais um belo trabalho do renomado Marcelo Vasco, com concepção e layout feitos por Mictian. Ao final, temos um álbum equilibrado, bruto e violento, que faz jus à carreira dos músicos aqui envolvidos, além de nos deixar ansiosos pelos trabalhos vindouros do Affront. Mas já fique avisado, prepare o relaxante muscular e o telefone do ortopedista, pois as chances de ficar sem pescoço aqui são grandes.
NOTA: 8,5
Affront (gravação):
- M. Mictian (vocal/baixo);
- Rafael Rassan (guitarra);
- Jedy Najay (bateria).
Affront é:
- M. Mictian (vocal/baixo);
- Rafael Rassan (guitarra);
- Thiago Caneda (bateria).
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