quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Bloodred - Nemesis (2016)


Bloodred - Nemesis (2016)
(Independente - Importado)


01. Fell Voices on the Wind    
02. Tragedien i Svenskehuset
03. Nemesis
04. The Hail-Storm
05. Collateral Murder    
06. The Lost Ones
07. Spirits of the Dead   
08. Im kalten Licht der Ewigkeit

Com o tempo, a música extrema se dividiu em tantas ramificações, em tantos subestilos, que as vezes esquecemos de como o básico, o simples, pode ser muito bom. O Bloodred é uma one man band surgida na Alemanha, pelas mãos de Ron Merz, que só não toca bateria nas gravações. O projeto surgiu em 2009, mas só lançou seu primeiro registro, um EP intitulado The Lost Ones, em 2014. Finalmente em 2016, lançou seu primeiro álbum completo, Nemesis.

Basicamente, o que temos aqui é um trabalho que navega pelos mares do Blackned Death Metal, com vocais agressivos, que pendem para o Death Metal, riffs de qualidade puxados para o Black e uma bateria simplesmente furiosa, tocada pelo baterista do Atrocity, Joris Nijenhuis. Por sinal, a produção ficou por conta de Alexander Krull. Ainda assim, algumas boas melodias, que remetem àquele Death Metal tipicamente sueco podem ser notadas em muitos momentos e a variação entre passagens mais lentas e outras mais velozes dão a diversidade necessária ao Bloodred para que sua música não soe repetitiva.


Após uma breve instrumental, já temos de cara um dos destaques do álbum, a agressiva “Tragedien i Svenskehuset”, que possui um certo ar obscuro. O Black dá as caras já na faixa seguinte, a épica “Nemesis”, onde a guitarra consegue imprimir melodias bem interessantes. Essas características também podem ser notadas em outras faixas, como a pesada “The Hail-Storm” e a agressiva “Spirits of the Dead”. “Im kalten Licht der Ewigkeit” tem uma queda para aquele Black Metal mais atmosférico, com sua guitarra soando bem sombria, enquanto o lado Death Metal pode ser claramente notado na violenta “Collateral Murder”, enquanto “The Lost Ones” possui uma influência maior de Thrash.

A produção, como já citado mais acima, ficou por conta de Alexander Krull (Atrocity, Leaves’ Eyes) e soa condizente com a proposta musical apresentada. Os instrumentos estão audíveis, mas sem tirar aquela dose se sujeira e agressividade mais do que necessárias para o estilo. Já a capa é obra de Stefan Heilemann, que já trabalhou com nomes como Epica, Kreator, Pain, Kamelot, Xandria, Atrocity e muitos outros. Se você curte um Black/Death sem invenções, direto, agressivo e muito pesado, mas ainda não conhece o trabalho do Bloodred, está mais do que na hora de corrigir essa falha.

NOTA: 8,0

Bloodred é:
- Ron Merz (vocal, guitarra e baixo)

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