In Flames – Battles (2016)
(Shinigami Records/Nuclear Blast - Nacional)
01. Drained
02. The End
03. Like Sand
04. The Truth
05. In My Room
06. Before I Fall
07. Through My Eyes
08. Battles
09. Here Until Forever
10. Underneath My Skin
11. Wallflower
12. Save Me
13. Greatest Greed (bônus)
14. Us Against The World (bônus)
Quando se é fã de uma banda, nunca é fácil resenhar a mesma, para o bem e para o mal. É complicado encontrar um meio termo quando se escreve. Ainda me recordo bem do meu primeiro contato com a música do In Flames, em 1996. Nessa época, já residia em Minas, mas todo ano ia a Niterói, rever amigos e familiares. Aproveitava também para ir a uma loja, comprar camisas e cd’s, já que isso não era simples de se fazer morando em uma cidade do interior. Era uma época pré-internet e nem sempre se tinha fácil acesso a informações ou a novas bandas e no meu caso, as fontes eram a Rock Brigade, na época e principal revista do estilo do país, e as viagens que fazia, quando me atualizava em conversas com amigos. Em janeiro de 1998, me deparei com Whoracle, 3º álbum de estúdio do In Flames e não exitei em adquirir o cd.
De lá para cá muita água passou por debaixo da ponte e o In Flames já não é mais a mesma banda no que tange sua sonoridade. A partir de Reroute to Remain (02) os suecos começaram a modernizar seu som, gerando revolta nos fãs mais antigos, mas angariando uma multidão de novos admiradores. E no fim, o Death Metal Melódico de outrora acabou por se tornar o mais puro Metal Alternativo, bem “americanizado”, poderíamos dizer. Isso é ruim? Do meu ponto de vista, não. Se na primeira fase, a banda gerou clássicos como The Jester Race (96), Whoracle (97), Colony (99) e Clayman (00), nanova lançou ao menos dois belíssimos trabalhos, Come Clarity (06) e A Sense of Purpose (08). Infelizmente, após isso, Jesper Strömblad partiu e o In Flames perdeu seu principal motor criativo, resultando assim no fraco Sounds of a Playground Fading (11) e no péssimo Siren Charms (14).
(Shinigami Records/Nuclear Blast - Nacional)
01. Drained
02. The End
03. Like Sand
04. The Truth
05. In My Room
06. Before I Fall
07. Through My Eyes
08. Battles
09. Here Until Forever
10. Underneath My Skin
11. Wallflower
12. Save Me
13. Greatest Greed (bônus)
14. Us Against The World (bônus)
Quando se é fã de uma banda, nunca é fácil resenhar a mesma, para o bem e para o mal. É complicado encontrar um meio termo quando se escreve. Ainda me recordo bem do meu primeiro contato com a música do In Flames, em 1996. Nessa época, já residia em Minas, mas todo ano ia a Niterói, rever amigos e familiares. Aproveitava também para ir a uma loja, comprar camisas e cd’s, já que isso não era simples de se fazer morando em uma cidade do interior. Era uma época pré-internet e nem sempre se tinha fácil acesso a informações ou a novas bandas e no meu caso, as fontes eram a Rock Brigade, na época e principal revista do estilo do país, e as viagens que fazia, quando me atualizava em conversas com amigos. Em janeiro de 1998, me deparei com Whoracle, 3º álbum de estúdio do In Flames e não exitei em adquirir o cd.
De lá para cá muita água passou por debaixo da ponte e o In Flames já não é mais a mesma banda no que tange sua sonoridade. A partir de Reroute to Remain (02) os suecos começaram a modernizar seu som, gerando revolta nos fãs mais antigos, mas angariando uma multidão de novos admiradores. E no fim, o Death Metal Melódico de outrora acabou por se tornar o mais puro Metal Alternativo, bem “americanizado”, poderíamos dizer. Isso é ruim? Do meu ponto de vista, não. Se na primeira fase, a banda gerou clássicos como The Jester Race (96), Whoracle (97), Colony (99) e Clayman (00), nanova lançou ao menos dois belíssimos trabalhos, Come Clarity (06) e A Sense of Purpose (08). Infelizmente, após isso, Jesper Strömblad partiu e o In Flames perdeu seu principal motor criativo, resultando assim no fraco Sounds of a Playground Fading (11) e no péssimo Siren Charms (14).
Mesmo não fazendo parte dos fãs radicais e que abominam a fase atual, o último trabalho dos suecos havia me decepcionado profundamente. Sendo assim, peguei para escutar Battles, seu 12º trabalho de estúdio, sem grandes esperanças. E bem, acabei me surpreendendo positivamente. Não, o In Flames não voltou a fazer aquele som do passado, mas conseguiu nos entregar um trabalho muito mais sólido e cativante que os anteriores. Pode-se dizer que deram “um passo atrás”, se reaproximando do que escutamos em Come Clarity e A Sense of Purpose. Os vocais de Anders Fridén soam mais agressivos e mesmo as partes mais melódicas soam bem superiores. Björn Gelotte e Niclas Engelin conseguem, em boa parte do tempo, despejar riffs com boas melodias, além de alguns solos bem legais, enquanto na parte rítmica, Peter Iwers (baixo), que infelizmente anunciou sua saída da banda após a turnê americana, e o baterista estreante Joe Rickard conseguem fazer um bom trabalho, soando bem diversificados.
Na maior parte do tempo, o Metal Alternativo fala mais alto, mas é possível pescarmos alguns elementos do Death Metal Melódico de outrora aqui e ali. “Drained”, faixa de abertura, soa bem forte e cativante, com ótimos riffs e boa performance vocal. A faixa seguinte, “The End”, mantém o nível em cima, com aquelas guitarras gêmeas que sempre foram marca registrada da banda (mas em uma proposta mais voltada para o Rock), melodias grudentas, refrão que te pega com facilidade e mais uma vez, bons vocais de Anders. “The Truth” é outra que se destaca com suas ótimas melodias, um belo trabalho das guitarras (que vai sim te remeter ao passado da banda, apesar delas não estarem tão pesadas), elementos eletrônicos bem utilizados e aquele refrão que você cantará já na primeira audição. “Battles” soa bem pesada e possui ótimo solo, descrição que se encaixa também para “Underneath My Skin”. “Save Me” também se destaca e cativa fácil o ouvinte.
Mas infelizmente nem tudo são flores aqui e em alguns momentos, o In Flames soa um pouco maçante, comum e sem inspiração. “Like Sand” é um bom exemplo disso. Não chega a ser ruim, mas não tem nada que te faça lembrar da mesma depois. Isso também vale por exemplo, para “In My Room”, que possui guitarras um tanto genéricas e “Before I Fall”, onde soam como qualquer outra banda de Metal Alternativo, algo que definitivamente eles não são. Já “Here Until Forever” é totalmente dispensável e teria feito bem ao álbum se tivesse sido limada do mesmo. É a única que realmente podemos chamar de ruim.
Gravado e mixado no West Valley Studios, em Los Angeles, Battles teve produção de Howard Benson (Sepultura, Motörhead, Sanctuary, Apocalyptica) e co-produção de Mike Plotnikoff (Fear Factory, Saxon, Scorpions), que foi também o responsável pela mixagem. Quanto à masterização, a mesma foi realizada no Sterling Sound, em Nova York, por Tom Coyne (Deicide, Entombed A.D., Mercyful Fate, Pantera, Testament). O resultado final é de primeira linha.
Ao final, apesar de alguns momentos esquecíveis, Battles acaba tendo um saldo muito positivo, já que é muito mais sólido e coeso que seu antecessor. Ok, ele soa como uma versão mais leve dos ótimos Come Clarity e A Sense of Purpose, ainda podem fazer melhor, mas, ao mesmo tempo, recoloca os suecos de volta nos trilhos com material de qualidade. Na versão que está saindo no Brasil, temos ainda duas faixas bônus que, sinceramente, poderiam ter entrado com sobras na versão padrão, pois são muito boas. Você é desses que espera ouvir o In Flames retornando ao som dos anos 90? Recomendo que pare de se iludir, isso não vai ocorrer. Agora, se você faz parte do time que curte a fase atual da banda, mas andou decepcionado com os últimos trabalhos, pode adquirir Battles sem medo de arrependimento.
NOTA: 7,5
In Flames (gravação):
- Anders Fridén (vocal);
- Björn Gelotte (guitarra);
- Niclas Engelin (guitarra);
- Peter Iwers (baixo);
- Joe Rickard (bateria).
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