Rage
Darkness - Engine Of Misanthropy (2015)
(Independente
– Nacional)
01. Intro
02. Morphine
03. Fear of Change
04. Virus
05. Behind Your Eyes
06. Thanks for Your Hostility
07. Pain Farewell
08. Trial of Hate
09. Inner Self
10. Silent War
11. Engine of Misanthropy
Nada contra bandas novas que investem em
sonoridades mais tradicionais, até porque já são 26 anos escutando Metal e
comecei justamente através de estilos como Thrash e Metal Tradicional, lá no
final dos anos 80. Ainda sim, hoje em dia me incomoda demais o fato de que os
novos nomes que surgem no cenário apostem quase que exclusivamente nessa linha.
Ok, o fã de Metal não é lá muito avesso a mudanças (o que considero algo
contraditório com a história do estilo), mas acho essencial que o Metal se renove,
se modernize para assim renovar seu público. Do meu ponto de vista, ao
contrario do que muitos pensam por ai, sonoridades mais modernas e mais
tradicionais podem conviver em total harmonia, não são excludentes.
Por isso fico imensamente satisfeito quando
me deparo com uma banda como o Rage Darkness, surgida em 2008 na cidade de
Curitiba e que apresenta uma proposta muito interessante e original em seu
debut (já haviam lançado dois Ep’s anteriormente). Aqui você, prezado leitor,
vai se deparar com uma sonoridade que mescla estilos como Dark Metal, Death,
Prog, Gothic, Black e até mesmo vertentes mais modernas do Metal e que acaba
por gerar músicas bem diversificadas e impossíveis de se rotular, tamanha a
variedade.
Descontando a introdução, são 10 músicas
bem agressivas, com riffs pesados, um trabalho primoroso da parte rítmica,
vocais que coneguem ir e tons mais agressivos e rasgados até os mais limpos e
melódicos e teclados que além de muito bem encaixados, não soam exagerados e
dão certo ar de melancolia nos momentos em que surgem. Vale destacar também os
ótimos arranjos e melodias aqui presentes. Um trabalho realmente de altíssimo
nível. Os maiores destaques aqui, ao menos para mim, ficam por contra de “Morphine”, “Fear of Change”, “Virus”,
“Thanks for Your Hostility”, “Silent War” e “Engine of Misanthropy”.
Todas as etapas da produção ficaram a
cargo de Alexandre Cegalla e o resultado em nada fica a dever se comparado a
boa parte das produções vindas do exterior, pois a qualidade sonora é muito boa.
Limpo, pesado e agressivo. Já a bela capa é obra de Jan Michel, que fez a arte do
último álbum do Keep Of Kalessin, além de já ter trabalhado com Incantation,
Ragnarok e bandas nacionais como NoWrong e Ravenland.
Equilibrando de forma impar uma grande
variedade de estilos, peso, agressividade, intensidade e uma boa dose de
melancolia, o quarteto curitibano estreou com o pé direito em Engine of Misanthropy. Nos últimos anos,
bandas como Tellus Terror, Dynahead e Omfalos despertaram minha atenção por
procurarem fugir do óbvio e apresentar uma sonoridade com personalidade
própria. Pois bem, agora nessa lista, posso incluir o Rage Darkness. Uma das
grandes surpresas de 2015 e que certamente estará na minha lista de grandes
lançamentos desse ano.
NOTA:
9,0
Rage
Darkness é:
-
Vinne (Vocal/Guitarra)
-
Juliano Moser (Guitarra)
-
Caco Ramos (Baixo)
-
Rafael Marques (Bateria)
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