In
Soulitary – Confinement (2014)
(Shinigami
Records – Nacional)
01.
Burning Tsa
02.
Hollow
03.
Written to Life
04.
Behind the Rows
05.
Mouth of Madness
06.
River of Souls
07.
Devil’s Playground
08.
Ministry of Truth
09.
Raven King
10.
The Key
11
Deep Fear
12.
True Religion
Após 12 anos de estrada, diversas mudanças de
formação e uma pausa de alguns anos, o sexteto paulista In Soulitary finalmente
chega a seu debut. Formado por Marcel Briani (vocal), Danny Schneider e Rafael
Pacheco (guitarras), Elder Oliveira (baixo), Andre Bortolai (teclado) e Matthew
Liles (bateria), já haviam lançado um EP ano passado, He Who Walks..., que já havia despertado a atenção de quem
acompanha o underground nacional, o que gerou certo interesse pelo lançamento
de Confinement.
O que escutei aqui definitivamente me
surpreendeu em muito. Por mais que o trabalho anterior fosse promissor, o salto
de qualidade dado pelo In Soulitary foi absurdo. Mais madura, a banda despeja
seu Death Metal Melódico para lá de diversificado e que tem tudo para agradar
os fãs do estilo, com composições fortes, ótimas melodias e solos, peso e uma
variedade sonora absurda. Durante toda a audição de Confinement, você não só irá encontrar o já citado Death Metal
Melódico, que está na base do som da banda, como também influências de estilos
diversos como Thrash, Power, Metal Tradicional e Gothic. Essa diversidade toda
se retrata na lista de participações especiais, que conta com Mario Pastore,
Dimitri Brandi (Psychotic Eyes), Lan Weiss, Verônica O. Rodriguez (Karkaos) e
Luigi Regolini (Darkener, Rebel 30). Obviamente, como em boa parte das bandas
que apostam em uma sonoridade tão ampla, a proposta sonora da banda não
funciona 100%, tendo em alguns poucos momentos me soado um pouco confusa, mas
ainda sim não se pode negar que estamos diante de uma banda com muita
personalidade e capaz de fazer música com cara própria, algo raro hoje em dia.
O grande trunfo da banda é sem duvida alguma, o vocalista Marcel Briani, que
consegue variar sua voz de forma absurda, soando sempre muito bem, seja
cantando gutural, rasgado ou de forma mais lírica. Para mim, os grandes
destaques aqui ficam por conta de “Hollow” (com participação de Mario Pastore),
“Written to Life” (com participação de Verônica Rodriguez), “Behind the Rows”,
com um grande refrão, “River of Souls” (outra com Pastore), “Devil’s
Playground” e “Raven King”.
O único ponto que realmente não me agradou
aqui foi a produção, que ficou a cargo de Danis Di Lallo (ex-Andralls). Apesar
de ter deixado tudo muito claro e pesado, fez com que o som ficasse um tanto
quanto abafado e agudo. Por mais que não tenha comprometido o resultado final
do álbum, fez com que eu me perguntasse como o mesmo soaria com uma produção de
ponta. De resto, o que temos aqui é uma banda absurdamente promissora, que tem
tudo para voar mais alto dentro do cenário nacional. Se depender do que ouvimos
aqui em Confinement, certamente irão longe.
NOTA:
8,0
Nenhum comentário:
Postar um comentário