sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Opeth – Pale Communion (2014)




Opeth – Pale Communion (2014)
(Roadrunner Records - Importado)

01. Eternal Rains Will Come  
02. Cusp Of Eternity 
03. Moon Above, Sun Below 
04. Elysian Woes   
05. Goblin   
06. River   
07. Voice Of Treason   
08. Faith In Others   

“Mimimi o Opeth deixou totalmente o Death de lado”, “Mimimi o Akerfeldt não faz mais gutural”, “Mimimi viraram Rock Progressivo”. Já estou até escutando antecipadamente a fala dos fãs das antigas da banda. Desde seu primeiro trabalho, Orchid (1995), os suecos do Opeth primaram pelo experimentalismo, adicionando elementos diversos a seu Death Metal tipicamente escandinavo. Daí em diante, a banda foi evoluindo álbum a álbum, deixando os elementos mais brutais cada vez mais de lado, até resultar em Heritage (2011), um trabalho totalmente voltado para o Rock Progressivo e sem os resquícios do passado, onde não só foram elogiados pela crítica como também conquistaram seu maior sucesso comercial (19º na Billboard 200).
Novamente produzido por Steven Wilson (Porcupine Tree), Pale Comunion é a extensão natural do que foi apresentado em Heritage. Então, se você espera por algo que vá remeter a um Blackwater Park (2001), um Deliverance (2002) ou a um Damnation (2003), pode tirar seu cavalo da chuva. O que temos aqui é Rock Progressivo na linha dos medalhões dos anos 70, com um grande foco nas melodias e citações a bandas como King Crimson, Genesis, Emerson Lake and Palmer ou Van der Graaf Generator, dentre outros. Pale Comunion possui um clima melancólico e sombrio, emanando tristeza durante boa parte de seus 55 minutos de duração, além de ritmos quebrados, passagens acústicas, teclados bem encaixados, guitarras sem qualquer tipo de excesso e alguns dos solos mais bonitos desse ano de 2014. Sim, certamente esse não é um trabalho de fácil digestão para os que não apreciam o estilo, mas isso não diminui sua qualidade. Destaques vão para “Eternal Rains Will Come”, “Cusp Of Eternity”, com muito de Pink Floyd, “Moon Above, Sun Below”, a instrumental jazzística “Goblin” e “River”, a mais “alegre” de todas.
Se você é um apreciador da fase antiga do Opeth, recomendo que passe longe de Pale Comunion, pois esse é um álbum de Rock Progressivo e, sendo assim, recomendado aos amantes do estilo, que certamente pescarão detalhes novos a cada audição do álbum. O Death Metal virou passado e hoje se encontram em um novo patamar na carreira, mas ainda sim, fazendo musica de muita qualidade. E nesse caso, que diferença faz se a música não continua a mesma?
                                             
NOTA: 8,0



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