segunda-feira, 14 de julho de 2014

Vintersorg – Noturbal (2014)




Vintersorg – Noturbal (2014)
(Napalm Records - Importado)

1. Ur aska och sot
2. Överallt och ingenstans
3. En blixt från klar himmel
4. Lågornas rov
5. Rymdens brinnande öar
6. Natten visste vad skymningen såg
7. Elddraken
8. Urdarmåne
9. Själ i flamma

Lá se vão 20 anos que Vintersorg criou seu projeto auto-intitulado. De lá para cá, esse é o 9º álbum e o 3º de um quadrilogia que visa falar sobre os elementos da natureza: terra, ar, fogo e água. Com alguns altos e baixos durante essas duas décadas, em companhia de Mattias Marklund (desde o clássico Cosmic Genesis (2000)), Vintersorg consolidou uma sonoridade que mistura Black Metal, Folk e Progressivo, que com o tempo foi ficando cada vez mais técnica.
Jordplus (2011) tratou da terra, seu sucessor Orkan (2012), do ar e agora, Noturbal trata do fogo. Por mais que do ponto de vista da sonoridade, em todos tenhamos o som básico do Vintersorg, ou seja, Folk/Prog/Black, de alguma forma a dupla conseguiu em cada um deles, incorporar elementos que deram um aspecto único e condizente com o tema. Aqui a banda vai retornando um pouco a sua sonoridade passada e o trabalho meio que soa como uma mistura de Cosmic Genesis com Till Fjälls (1998), mas com toda a técnica e produção mais moderna encontrada em seus últimos Cd’s. Uma coisa que sempre me impressionou em todos os álbuns é a forma como conseguem alternar os momentos mais Black com os mais Folk. Mesmo em seus trabalhos mais fracos, conseguem fazer isso de forma natural e totalmente coerente, não sendo diferente em Noturbal, onde equilibram muito bem elementos variados dentro das músicas e indo da luz (Folk) a escuridão (Black), com riffs e baterias pesadas, elementos sinfônicos muito bem colocados e mais do que nunca, melodias vocais marcantes. Vintersorg consegue, como sempre, ser perfeito na passagem dos vocais guturais para os limpos e temos ainda a adição de alguns vocais femininos que enriquecem ainda mais as músicas em que aparecem. Ouso dizer que de todos os álbuns que escutei esse ano, esse possui o melhor trabalho vocal. Pontos negativos? Certamente aqui e ali, principalmente no que diz respeito à bateria eletrônica, que tira um pouco da vibração e passagens excessivamente limpas em que surgem vocais femininos, que acabam se aproximando um pouco do pop.
Independente de existirem ressalvas, Noturbal é um bom trabalho, que consegue equilibrar muito bem agressividade e melodia e que, olhando do ponto de vista de um fã do Vintersorg, irá agradar em cheio tanto os mais novos quanto os mais antigos. Não é brilhante, mas cumpre muito bem o que se propõem.
                                             
NOTA: 8,0




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