Judas Priest – Redeemer of Souls (2014)
(Epic Records - Importado)
01. Dragonaut
02. Redeemer Of Souls
03. Halls Of Valhalla
04. Sword Of Damocles
05. March Of The Damned
06. Down In Flames
07. Hell & Back
08. Cold Blooded
09. Metalizer
10. Crossfire
11. Secrets Of The Dead
12. Battle Cry
13. Beginning Of The End
02. Redeemer Of Souls
03. Halls Of Valhalla
04. Sword Of Damocles
05. March Of The Damned
06. Down In Flames
07. Hell & Back
08. Cold Blooded
09. Metalizer
10. Crossfire
11. Secrets Of The Dead
12. Battle Cry
13. Beginning Of The End
Lá se vão 44 anos de história e
clássicos absolutos do Metal como Sad Wings of Destiny (76), Stained Class
(78), British Steel (80), Screaming For Vengeance (82), Defenders of the Faith
(84) e Painkiller (90), que fizeram do Judas Priest um dos pilares do Heavy
Metal como o entendemos hoje. Claro que nessa caminhada, ocorreram
turbulências. A fase que compreendeu os álbuns Turbo (86) e Ram It Down (88) e
o período com Ripper Owens nos vocais (96-03) são grandes exemplos disso. Quando
a banda anunciou em 2003 a volta do mítico Rob Halford, os fãs logo imaginaram
que o Judas retornaria glorioso a seus bons dias, lançando trabalhos dignos de
sua história. Dois álbuns se seguiram, Angel of Retribution (05) e Nostradamus
(08) e o que para muitos era esperança, se transformou em decepção. Alguns
gostaram, muitos execraram, mas o Priest continuou firme e forte em sua
trajetória, mesmo sofrendo o desfalque de um de seus fundadores, o guitarrista
K.K.Downing (substituído por Richie Faulkner).
Dos últimos trabalhos, talvez
Nostradamus tenha sido o que mais incomodou os fãs xiitas da banda. Trabalho
conceitual, duplo e com uma sonoridade complexa, poucos conseguiram digerir a
proposta do Judas Priest nesse álbum. Certamente por isso, aqui resolveram
voltar ao básico, fazendo o bom e velho Heavy Clássico que marcou a carreira do
grupo nessas mais de 4 décadas. Mas não é na sonoridade que se encontra o
segredo para gostar ou não de Redeemer of Souls, mas sim nos vocais de Rob
Halford. A verdade é que, doa a quem doer, sua voz não é mais a mesma, já não
possuindo a mesma potência do passado e isso fica evidente nas 13 faixas aqui
presentes (18 na versão Deluxe). Se você, fã de Judas, for capaz de aceitar
esse fato e entender que o tempo é inexorável, certamente irá curtir demais
esse trabalho. Agora, se você não conseguir aceitar o fato de Halford canta
dentro de seus novos limites e continuar esperando um novo Painkiller,
Screaming for Vengeance ou Sad Wings of Destiny, recomendo que passe a milhas
de distância desse lançamento. De cara, temos duas faixas que já eram mais
conhecidas, “Dragonaut”, pesada, empolgante, com um refrão grudento e perfeita
para abertura e a faixa título, com bons riffs e ótimo solo. “Halls Of
Valhalla” mantêm o bom nível inicial e é outra que possui riff agradável.
Aliás, é inegável que a entrada de Faulkner deu sangue novo a banda, tirando o
Judas da zona de comodismo e trazendo uma dose extra de criatividade. Outras
que irão agradar em muito são a cadenciada “March of the Damned”, com um refrão
simples e eficaz, além de ótimas guitarras, “Down In Flames”, “Crossfire”, que
me remeteu demais ao Sabbath fase Dio e “Battle Cry”. Vacilam em um ou outro
momento? Sim, como no caso das menos inspiradas “Hell & Back”, “Cold
Blooded” e “Beginning Of The End”, mas nada que venha a comprometer o bom
resultado final do álbum.
Não, Redeemer of Souls não se
equipara aos grandes clássicos da carreira da banda, mas ainda sim vai oferecer
ao ouvinte quase tudo aquilo que ele espera de um álbum do Judas. Heavy Metal
básico, com qualidade, riffs galopantes, ótimos solos, peso e refrões
grudentos. O que falta? O brilho dos vocais de Halford, que aqui variam do
correto ao burocrático (pelos motivos já expostos). Ainda sim, é um álbum do
Judas e sendo assim, a diversão é garantida. Heavy puro, clássico e acima de
tudo, verdadeiro.
NOTA: 8,0
Sim, o disco é bom, mas se fosse melhor produzido seria um clássico do Priest!
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