Inervo – Aos Pés da Máquina (2014)
(Independente - Nacional)
01. Intrabdução
(Intro)
02. Martelo
das Bruxas
03. Silêncio Sepulcral
04. Mundo dos Fracos
05. Sopro
Nuclear
06. Exoesqueleto
Mental
07. Maldita
Raça
08. Algoz
09. Aos Pés da
Máquina
10. Exército de Almas Secas (bônus track)
Sempre que falo de Djent, alguém
vira e me pergunta: Di o que? Então, antes de tudo, vou tentar explicar
minimamente e de forma simples, do que se trata esse tal Djent, que muitos hoje
discutem se é ou não um novo estilo dentro do Metal. Trata-se de uma derivação
do Metal Progressivo, mas que deste tem apenas a alta complexidade
instrumental, já que de resto, se difere radicalmente pelos riffs agressivos,
abafados e distorcidos, vocais que remetem a estilos mais extremos e toques de
Industrial e Ambient aqui e ali. Isso de uma forma mais geral, pois no caso de
algumas bandas, essas diferenças podem ser muito maiores com a introdução de
elementos ainda mais diversos. Se você já teve a oportunidade de escutar bandas
como Meshuggah ou Born Of Osíris, então prezado leitor, você já escutou Djent
sem nem saber disso.
Posto isso, vamos falar do Inervo,
banda de Praia Grande, litoral de São Paulo e que chega ao seu debut, Aos Pés da Máquina, justamente apostando
no estilo em questão. Investindo nas letras em português (ótimas por sinal),
uma tendência que vêm crescendo cada vez mais em nosso cenário e seguindo o manual
do estilo, usando e abusando de peso, complexidade e agressividade nos riffs,
conseguem criar um clima minimalista e caótico. Apesar de aqui termos elementos
de estilos diversos como Djent, Thrash, Death, Prog e Industrial, em momento
algum sua música fica sem sentido para o ouvinte, algo raro quando a proposta é
algo assim mais abrangente. Apesar de em um ou outro momento terem me soado um
pouco repetitivos (nada exagerado, ok), não temos aqui nenhuma faixa que
desmereça o trabalho da banda. Destaques aqui vão para a minha preferida, “Martelo das Bruxas”, “Sopro Nuclear”, “Exoesqueleto
Mental” e “Maldita Raça”.
É uma pena que poucas bandas apostem
em algo nessa linha hoje no Brasil (na minha cabeça, só me recordei dos
brasilienses do Dynahead). Felizmente o Inervo surge para preencher um vácuo
existente em nosso cenário, apresentando um trabalho consistente e que vai
agradar apreciadores de bandas como Monuments, Periphery, Meshuggah, Tesseract
ou Born Of Osíris. E para os que se interessaram no trabalho, o cd está sendo
disponibilizado para download no Facebook da banda.
NOTA: 8,0
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