In Process – Surgery (2013) (EP)
(Inverse Records - Importado)
01. I Am
02. Enemy
03. ...---...
04. Flatline
05. Surgery
Finlândia, Finlândia, sempre me
surpreendendo com novas bandas, não é sua linda! Brincadeiras a parte, esse
quarteto fundado em 2006 é mais um a vir de tais terras geladas, por mais que
em um primeiro momento, ao iniciar a audição desse seu EP de estréia, o ouvinte
vá pensar que se trata de uma formação brasileira ou americana. Porque digo
isso? Logo entenderá.
Death? Black? Folk? Power? Não, nenhum dos estilos
citados. A aposta do In Process é em um Groove Metal enérgico, melódico e bem
diversificado, que na maior parte do tempo soa como um amálgama de Slipknot com
Sepultura, graças às batidas tribais que enriquecem em muito a música da banda.
Justamente por esse último detalhe, apesar do peso e da agressividade aqui
presentes (em um momento ou outro resvalam no Thrash), podemos dizer que o foco
todo da música dos finlandeses está no ritmo. Ok, a originalidade não é o forte
deles, mas isso não chega a ser um grande problema, pois as músicas, obstante
um ou outro momento mais cansativo, se deixa escutar sem grandes dramas. A
faixa de abertura, “I Am”, já deixa
bem claro tudo que o caro leitor irá encontrar aqui. Batidas tribais, vocais agressivos
e muita energia. Já “Enemy” é uma
faixa totalmente “chupinhada” do Roots, não só em virtude da percussão como
também dos riffs de guitarra. Outra que vai remeter demais a banda brasileira é
a instrumental “Flatline”, com
batidas tribais e que serve de introdução para a última e melhor faixa do
trabalho, “Surgery” (mais na linha do
Slipknot).
Essa falta de originalidade pode ser
perdoada se pensarmos que esse EP é a estreia da banda e que foi lançado
originalmente no ano de 2012, de forma independente, tendo sido relançado via
Inverse Records no ano passado. Ajuda também o fato do In Process demonstrar
muito potencial para crescimento nas cinco faixas presentes em Surgery, o que inevitavelmente nos deixa
mais esperançosos que em seu debut, essas arestas sejam aparadas e apresentem
um trabalho com mais identidade. Se você é fã das duas bandas citadas aqui,
esse é um trabalho que certamente irá gostar.
NOTA: 7,0
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