Sonata Arctica – Pariah’s Child (2014)
(Nuclear
Blast - Importado)
01. The Wolves Die Young
02. Running Lights
02. Running Lights
03. Take One Breath
04. Cloud Factory
05. Blood
06. What Did You Do In The War, Dad?
07. Half A Marathon Man
08. X Marks The Spot
09. Love
10. Larger Than Life
Quando
surgiram em 1999, com Eclíptica, o
Sonata Arctica empolgou muitos fãs de Power Metal Melódico, dando indicações de
que poderia vir a se tornar um dos gigantes do estilo. Nos três álbuns
seguintes essa expectativa se confirmou, mas então em 2007, com Unia, algo mudou. A cena Power Metal se
estagnou e a saída óbvia foi à busca por novos elementos para sua música.
Influências de Prog Metal foram adicionadas a sua sonoridade, o som ficou mais
lento e os fãs die hard caíram de pau em cima da banda. Tudo se tornou ainda
mais dramático para os mesmos quando, em 2012, lançaram Stones Grow Her Name, um álbum com pés ficados naquele Hard Rock
mais melódico.
Talvez
por isso tudo, quando a banda soltou o primeiro single, “The Wolves Die Young”, onde velhas características de sua
sonoridade voltam a dar as caras, mesmo que de forma um pouco mais tímida,
esses mesmos fãs se encheram de esperança. Estaria o Sonata Arctica retornando
as suas raízes? O que eu posso dizer a esses é que, se esperam um novo Eclíptica, nem percam tempo escutando Pariah’s Child. Por mais que em alguns
momentos resgatem certos elementos sonoros mais antigos (músicas um pouco mais
rápidas, teclados que remetem aos primeiros álbuns), os finlandeses ainda
passam longe daquele Power Metal de outrora (o que acho ótimo). Talvez esse
seja um álbum que venha para consolidar de vez essa nova sonoridade da banda,
misturando o velho com o novo e assim, encontrando de uma vez por todas um
norte para sua música.
Devo
admitir que nunca fui grande fã do Sonata até então, e peguei Pariah’s Child para escutar de cabeça
totalmente aberta. E querem saber, gostei do resultado aqui. Sempre achei que
acima de tudo, a audição de um álbum deveria ser algo divertida, afinal,
gostemos ou não, música é entretenimento, é feita para divertir. A música que
emana aqui passa longe de entediar o ouvinte, justamente por ser mais
diversificada e fugir dos clichês tanto do Power Metal do início da carreira
quanto do Prog Metal adotado posteriormente. Acho que a experiência Hard Rock
do álbum anterior acabou por fazer bem a eles. As músicas aqui conseguem te
cativar, soando como uma mistura de todas as fases do Sonata, como uma espécie
de continuação lógica do trabalho anterior. Destacam-se a já citada “The Wolves Die Young”, que vai agradar
aos fãs mais antigos, “Running Lights”,
“Blood”, a Hard “Half A Marathon Man”, minha preferida do álbum, a divertida “X Marks The Spot” e, principalmente, a
épica e teatral “Larger Than Life”,
com seus mais de 10 minutos. Talvez seja a menos acessível do álbum, sendo uma
espécie de Prog Power Sinfônico.
A
produção, muito clara e polida, me incomodou um pouco, já que gostaria de ver
aqui um pouco mais de sujeira e peso, mas ai também já seria pedir demais em se
tratando de um álbum do Sonata Arctica. Não, Pariah’s Child não é uma obra prima e não vai mudar os rumos do
estilo. Também não acredito que daqui a 10 anos será lembrado com um trabalho
clássico da história do Metal, mas e daí? Eu mesmo, provavelmente, não o estarei
escutando daqui a um ou dois meses. Isso faz dele um trabalho ruim ou menor?
Não seria à hora de deixarmos um pouco o radicalismo de lado, sermos menos
sisudos quando se trata de Heavy Metal, dar umas risadas, nos divertirmos um
pouco? A vida já é dura demais para levarmos até mesmo a música como algo tão
sério assim, afinal de contas, ela é uma expressão artística feita para nos
entreter e não para ficarmos elaborando tratados filosóficos a respeito da
mesma. Então, descole sua cópia, sente na sua cadeira, coloque os pés em cima
da mesa, de o play e passe alguns minutos sem se preocupar com os problemas da
vida. Divirta-se!
NOTA: 8,0
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