Rhapsody of Fire – Dark Wings of Steel (2013)
(AFM
Records - Importado)
01. Vis Divina
02. Rising From Tragic Flames
03. Angel of Light
02. Rising From Tragic Flames
03. Angel of Light
04. Tears of Pain
05. Fly To Crystal Skies
06. My Sacrifice
07. Silver Lake of Tears
08. Custode Di Pace
09. A Tale of Magic
10. Dark Wings of Steel
11. Sad Mystic Moon
12. A Candle To Light (Bonus Track)
Quando
Luca Turilli rompeu com a banda e formou seu próprio Rhapsody, diga-se de
passagem, de forma amigável, me perguntei por que precisaríamos de mais um
Rhapsody no mundo, afinal de contas, o original já a muito vinha demonstrando
sinais de cansaço, com sua fórmula pomposa de fazer música. Quando a banda de
Turilli lançou Ascending To Infinity no ano passado, era exatamente o que todos
esperavam. Metal sinfônico cinematográfico, com toda gama de pompa e exageros
que se têm direito. Dessa forma, estava muito curioso para ver o que o original
iria apresentar nesse Dark Wings of Steel, se repetiria a fórmula já batida que
os consagrou como um dos maiores nomes do Melódico em todos os tempos ou se
procuraria novos rumos para sua música.
Felizmente,
para a surpresa de muitos, o Rhapsody capitaneado por Alex Staropoli escolheu a
segunda opção. Não que todas aquelas características que marcaram a carreira da
banda não estejam presentes, afinal de contas, as orquestrações, os coros e as
melodias continuam por aqui, mas agora de uma forma muito mais dosada, sem
exageros de outrora. Digamos que soam mais Metal e menos
teatral. Esse despojamento, essa organicidade maior, só fez muito bem a banda.
Podemos notar agora a guitarra, a cargo de Roberto De Micheli (que por sinal,
fez um belo trabalho), muito mais presente, com ótimos riffs e solos e mais
peso do que de costume em se tratando de um álbum dos italianos. As músicas
também estão menos velozes, saindo daquele clichê do Metal Melódico no qual
apostaram por anos, mostrando que uma pitada de modernidade e diversidade não
faz mal a ninguém. Claro que ainda temos músicas velozes por aqui, vide o
exemplo da ótima “Silver Lake of Tears”, mas esse lado mais “dark” é o que
predomina durante toda audição. Os destaques aqui vão para “Rising From Tragic
Flames”, umas das faixas onde o Rhapsody clássico dá as caras, “Angel of
Light”, “Tears of Pain”, a já citada “Silver Lake of Tears”, “A Tale of Magic”
e a faixa título, o elo entre o velho e o novo Rhapsody.
É
indiscutível que no passado o Rhapsody lançou verdadeiros clássicos do Metal
Melódico, mas já a muito que a banda havia caído no piloto automático, lançando
álbuns burocráticos e repetitivos. Com Dark Wings of Steel, resolveram sair da
zona de conforto e depois de muito tempo voltam a fazer um trabalho de
relevância. Se você, fã, estava preocupado em como a banda soaria sem Luca
Turilli, pode respirar aliviado, pois não irá se decepcionar com o resultado
final. Mostrando muita maturidade e provando a todos que ainda têm muita a
oferecer, o Rhapsody voltou lançando seu melhor álbum nos últimos 10 anos, pelo
menos.
NOTA: 8,0
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