quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Rhapsody of Fire – Dark Wings of Steel (2013)




Rhapsody of Fire – Dark Wings of Steel (2013)
(AFM Records - Importado)
               
01. Vis Divina  
02. Rising From Tragic Flames
03. Angel of Light
04. Tears of Pain
05. Fly To Crystal Skies
06. My Sacrifice
07. Silver Lake of Tears
08. Custode Di Pace
09. A Tale of Magic
10. Dark Wings of Steel
11. Sad Mystic Moon
12. A Candle To Light (Bonus Track)

Quando Luca Turilli rompeu com a banda e formou seu próprio Rhapsody, diga-se de passagem, de forma amigável, me perguntei por que precisaríamos de mais um Rhapsody no mundo, afinal de contas, o original já a muito vinha demonstrando sinais de cansaço, com sua fórmula pomposa de fazer música. Quando a banda de Turilli lançou Ascending To Infinity no ano passado, era exatamente o que todos esperavam. Metal sinfônico cinematográfico, com toda gama de pompa e exageros que se têm direito. Dessa forma, estava muito curioso para ver o que o original iria apresentar nesse Dark Wings of Steel, se repetiria a fórmula já batida que os consagrou como um dos maiores nomes do Melódico em todos os tempos ou se procuraria novos rumos para sua música.
Felizmente, para a surpresa de muitos, o Rhapsody capitaneado por Alex Staropoli escolheu a segunda opção. Não que todas aquelas características que marcaram a carreira da banda não estejam presentes, afinal de contas, as orquestrações, os coros e as melodias continuam por aqui, mas agora de uma forma muito mais dosada, sem exageros de outrora. Digamos que soam mais Metal e menos teatral. Esse despojamento, essa organicidade maior, só fez muito bem a banda. Podemos notar agora a guitarra, a cargo de Roberto De Micheli (que por sinal, fez um belo trabalho), muito mais presente, com ótimos riffs e solos e mais peso do que de costume em se tratando de um álbum dos italianos. As músicas também estão menos velozes, saindo daquele clichê do Metal Melódico no qual apostaram por anos, mostrando que uma pitada de modernidade e diversidade não faz mal a ninguém. Claro que ainda temos músicas velozes por aqui, vide o exemplo da ótima “Silver Lake of Tears”, mas esse lado mais “dark” é o que predomina durante toda audição. Os destaques aqui vão para “Rising From Tragic Flames”, umas das faixas onde o Rhapsody clássico dá as caras, “Angel of Light”, “Tears of Pain”, a já citada “Silver Lake of Tears”, “A Tale of Magic” e a faixa título, o elo entre o velho e o novo Rhapsody.
É indiscutível que no passado o Rhapsody lançou verdadeiros clássicos do Metal Melódico, mas já a muito que a banda havia caído no piloto automático, lançando álbuns burocráticos e repetitivos. Com Dark Wings of Steel, resolveram sair da zona de conforto e depois de muito tempo voltam a fazer um trabalho de relevância. Se você, fã, estava preocupado em como a banda soaria sem Luca Turilli, pode respirar aliviado, pois não irá se decepcionar com o resultado final. Mostrando muita maturidade e provando a todos que ainda têm muita a oferecer, o Rhapsody voltou lançando seu melhor álbum nos últimos 10 anos, pelo menos.

NOTA: 8,0





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