quarta-feira, 31 de maio de 2017

Dimmu Borgir - Forces Of The Northern Night (2017)


Dimmu Borgir - Forces Of The Northern Night (2017)
(Shinigami Records/Nuclear Blast - Nacional)


CD1
1. Xibir (Orchestra)
2. Born Treacherous
3. Gateways
4. Dimmu Borgir (Orchestra)
5. Dimmu Borgir
6. Chess With The Abyss
7. Ritualist
8. A Jewel Traced Through Coal
9. Eradication Instincts Defined (Orchestra)

CD2
1. Vredesbyrd
2. Progenies Of The Great Apocalypse
3. The Serpentine Offering
4. Fear And Wonder (Orchestra)
5. Kings Of The Carnival Creation
6. Puritania
7. Mourning Palace
8. Perfection Or Vanity (Orchestra)

Dia 28 de maio de 2011, Oslo, capital da Noruega. No Spektrum, o Dimmu Borgir executou mais um show da turnê de seu 9º álbum de estúdio, o controverso Abrahadabra (10). Mas essa não foi só mais uma apresentação. Acompanhando o trio principal da banda (o vocalista Shagrath e os guitarristas Silenoz e Galder), além de Cyrus (baixo), Daray (bateria) e Gerlioz (teclados), que tocavam ao vivo com a mesma, tivemos a participação mais que especial de 53 membros da Orquestra da Rádio da Noruega e 30 membros do coro Schola Cantorum, além da vocalista Agnete Kjølsrud em uma das canções.

Para tornar tudo ainda mais diferenciado, a apresentação foi filmada e transmitida em forma de documentário pela rádio e TV governamental norueguesa, a NRK. Um DVD com a mesma foi prometido pela banda, mas com a demora na época, versões piratas e de qualidade discutível do show começaram a surgir no mercado, tornando o material oficial extremamente desejado pelos fãs. E eis que, após 6 longos anos de espera, finalmente Forces Of The Northern Night deixa de ser um mito para se tornar uma realidade.

De cara, o ouvinte pode torcer um pouco o nariz para o setlist apresentado. Nada menos que 8 das 17 músicas aqui presentes saíram de Abrahadabra. Natural, já que o Dimmu Borgir estava divulgando o mesmo. Mas das 9 restantes, apenas “Mourning Palace” é do período referente aos anos 90, que para muitos fãs é o que concentra os melhores trabalhos e maior quantidade de clássicos. Felizmente, praticamente ignoraram In Sorti Diaboli (07), se concentrando principalmente no ótimo Puritanical Euphoric Misanthropia (01) e no bom Death Cult Armageddon (03).

Obstante essa ressalva no setlist, é inegável a força da apresentação. Se o colocarmos então lado a lado com os trabalhos de estúdio da banda a partir de 2003, ele adquire ainda mais força. O desempenho da Orquestra e do Coral beira o sublime, tamanha a perfeição. Não só tornam tudo grandioso ao extremo, como em muitos momentos conseguem dar um ar mais sinistro às canções aqui presentes. Ainda assim, vale dizer que em momento algum suplantam as guitarras de Silenoz e Galder, que imprimem muito peso à apresentação, lembrando que sim, estamos diante de um show de Metal. Vale destacar também o desempenho de Shagrath, superior ao que vinha apresentando nos trabalhos de estúdio da banda até então. Quanto aos demais músicos, Cyrus (baixo/Susperia) e Daray (bateria/ex-Vader) formam uma parte rítmica excelente, mas com uma orquestra e um coral tocando, o tecladista Gerlioz (ex-God Seed, ex The Kovenant) ficou meio deslocado na maior parte do tempo.


O CD1 se concentra principalmente nas músicas do Abrahadabra. Aqui, os destaques maiores vão para as ótimas “Gateways”, que conta com participação da vocalista Agnete Kjølsrud, “Dimmu Borgir”, essa tanto na belíssima versão orquestrada quanto na versão metálica e “Chess With The Abyss”. Já o CD2 se mostra superior, até por contar com um repertório superior em qualidade. Músicas como “Vredesbyrd”, a fantástica “Progenies Of The Great Apocalypse” e principalmente, as mais que clássicas “Kings Of The Carnival Creation” e “Mourning Palace” ficaram ainda mais grandiosas com orquestra e coral. E mesmo as demais, como “The Serpentine Offering” e “Puritania”, mantêm o nível de grandiosidade e qualidade lá no alto.

A produção não poderia ser menos do que primorosa, ainda mais para um trabalho que demorou 6 anos para ficar pronto. Você consegue perceber cada mínimo detalhe das canções e não soa como exagero algum dizer que a mesma conseguiu captar a essência do Symphonic Black Metal praticado pelo Dimmu Borgir nos dias de hoje. No fim, um trabalho mais que indicado para os fãs da banda, que finalmente podem aposentar as gravações piratas de Forces Of The Northern Night enquanto aguardam o novo trabalho de estúdio do trio, prometido para o final desse ano de 2017 (mas não se empolguem, Forces era para ter saído em 2012).

NOTA: 8,0

Dimmu Borgir é:
- Shagrath (vocal);
- Silenoz (guitarra);
- Galder (guitarra).

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