sexta-feira, 2 de maio de 2014

Armahda – Armahda (2013)




Armahda – Armahda (2013)
(Independente - Nacional)

01. Ñorairô
02. Echoes from the River
03. Queen Mary Insane
04. Canudos
05. Armahda
06. Flags in the Wind
07. Paiol em Chamas
08. Matinta
09. Spears of Freedom
10. Uiara
11. The Iron Duke
12. What Could Never Be
13. Pathfinder

Costumo brincar com alguns amigos, que o fã de Metal no Brasil conhece muito mais de mitologia viking ou do folclore europeu do que da história de nosso país. E talvez, se formos analisar com frieza, seja a mais pura verdade. Foi para suprir essa lacuna que, em 2011, Renato Domingos e Mauricio Guimarães resolveram formar o Armahda. A proposta era unir Metal com letras que tratassem de temas tipicamente nacionais, tanto fatos históricos como folclóricos. E bem, parece que conseguiram.  
Musicalmente, o Armahda pratica um Power/Heavy com doses de Melódico e pitadas aqui e ali de Speed Metal, seguindo a linha mais germânica do estilo, remetendo o ouvinte muitas vezes ao Blind Guardian. O som é bem pesado e, apesar de não apresentar absolutamente nada de novo, vai agradar em cheio aqueles que curtem essa proposta. As letras são um caso a parte, pois abordam temas históricos e folclóricos com Canudos, Duque de Caxias, Revolta da Armada, Uiara, Matinta ou Revolução Farroupilha. Senti um foco maior em temas militares (o próprio nome da banda foi inspirado na Marinha Brasileira), o que pode vir também a chamar a atenção dos fãs de bandas como o Sabaton. Os principais destaques aqui ficam para “Queen Mary Insane” (sobre a Rainha Maria, a Louca), “Canudos”, com elementos típicos brasileiros e que me remeteu que o Angra fez em Holy Land, “Armahda” (sobre a Revolta da Armada), “Paiol em Chamas”, sobre a explosão do Paiol de Deodoro, uma das passagens mais obscuras de nossa história e cantada em português, “Spears of Freedom” (sobre os lanceiros negros em Farrapos) e a balada “Uiara” (Iara).
A produção é muito boa e ficou a cargo de Rafael Zeferino, que também tocou bateria no álbum. Uma curiosidade aqui é que a narração em primeira pessoa de Floriano Peixoto em “Armahda”, foi feita por Silvio Navas, dublador do personagem Mun-Rá (Thundercats) nos anos 80. Se musicalmente o Armahda não nos trás qualquer novidade, no campo lírico surge como um sopro de ar fresco mais do que necessário a cena nacional. Porque falar de Vikings e Gnomos, se temos uma história e folclores riquíssimos? Palmas para Renato e Maurício.

NOTA: 8,0






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