quarta-feira, 20 de março de 2019

Children of Bodom - Hexed (2019)


Children of Bodom - Hexed (2019)
(Nuclear Blast/Shinigami Records – Nacional)


01. This Road
02. Under Grass and Clover
03. Glass Houses
04. Hecate's Nightmare
05. Kick in a Spleen
06. Platitudes and Barren Words
07. Hexed
08. Relapse (The Nature of My Crime)
09. Say Never Look Back
10. Soon Departed
11. Knuckleduster
12. I Worship Chaos (live)
13. Morrigan (live)
14. Knuckleduster (remix)

O início do Children of Bodom foi arrasador, com Something Wild (97), Hatebreeder (99), Follow the Reaper (00) e Hate Crew Deathroll (03). O resultado? Os finlandeses se tornaram reféns desses trabalhos, principalmente porque os lançamentos seguintes não conseguiram manter a qualidade que eles mesmo se impuseram. É inegável que a sequência formada por Are You Dead Yet? (05), Blooddrunk (08) e Relentless Reckless Forever (11) nivelou tudo meio que por baixo. Felizmente nos dois últimos álbuns da banda, Halo of Blood (13) e I Worship Chaos (15), as coisas voltaram a seguir um rumo interessante, o que acabou por criar certa expectativa com relação a Hexed.

O 10º trabalho de estúdio do Children of Bodom tem tudo para agradar, não só aos que aprovaram os dos dois últimos álbuns, como aos que apreciam o início de sua carreira. Haxed é um álbum carregado daquela energia de 20 anos atrás, e em muitos momentos, remete o ouvinte àquela banda do início, mas sem renunciar a suas características atuais. Acredito que muito disso possa ser colocado na conta do guitarrista Daniel Freyberg, que estreia em estúdio com o COB, e que parece ter dado nova vida ao grupo.

A voz de Alexi Laiho soa renovada, reenergizada, muito mais natural que nos últimos álbuns. Também é responsável, ao lado de Daniel, por ótimos riffs e solos, sendo que a dupla entrega o melhor trabalho de guitarra do COB em mais de 15 anos. O baixista Henkka Blacksmith e o baterista Jaska Raatikainen formam uma parte rítmica certeira e afiada, que prima pela variedade, enquanto, como de praxe, o tecladista Janne Warman se destaca principalmente nos solos, com quelas transições características entre ele e Alexi. As canções se mostram muito bem estruturadas, e conseguem equilibrar fúria, agressividade e ótimas melodias.


A sequência inicial é simplesmente matadora, com a pesada e feroz “This Road”, a cativante e melódica “Under Grass and Clover”, e a furiosa e veloz “Glass Houses”. Aqui você percebe que o COB não está para brincadeiras. “Hecate's Nightmare” é uma canção forte, que se destaca pelos teclados atmosféricos, e “Kick in a Spleen” possui riffs pesados e agressivos. “Platitudes and Barren Words” é outra faixa que se sobressai pelos riffs, melodias, peso e por ter um refrão bem melódico. “Hexed” conta com alguns elementos neo-clássicos e boas guitarras, e “Relapse (The Nature of My Crime)” se mostra uma canção bem direta e pesada. “Say Never Look Back” é rude, forte e possui boas melodias, enquanto “Soon Departed” e “Knuckleduster”, se mostram mais cadenciadas e muito pesadas. De quebra, temos de bônus 2 faixas ao vivo, “I Worship Chaos” e “Morrigan” e o remix de “Knuckleduster”.

Outro ponto de destaque aqui é a produção. Ela, assim como a mixagem, ficou a cargo do já conhecido pelos fãs da banda, Mikko Karmila, com a masterização feita por Mika Jussila. O resultado é excelente, já que apesar de terem conseguido deixar tudo limpo e cristalino, conseguiram manter uma organicidade muito bem-vinda. Não é aquela coisa asséptica, fria, robótica. É um álbum que soa vivo. Já a capa é obra de Denis Forkas, e está dentro do padrão que esperamos dos finlandeses. Dando um passo a frente em relação aos seus antecessores, Hexed não só mostra muito daquela energia inicial e primordial do Children of Bodom, como também cativa com muita facilidade o ouvinte. Se você se encaixa no grupo dos que nunca se empolgaram com a banda, não será com esse trabalho que mudará de ideia, mas se você faz é fã, temos aqui um álbum que tem tudo para agradar em cheio e no qual vale a pena investir.

NOTA: 8,5

Children of Bodom é:
- Alexi Laiho (guitarra e vocal);
- Janne Wirman (teclados);
- Daniel Freyberg (guitarra);
- Henkka Blacksmith (baixo);
- Jaska Raatikainen (bateria).

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