Decapitated - Anticult (2017)
(Shinigami Records/Nuclear Blast Records - Nacional)
01. Impulse
02. Death Valuation
03. Kill The Cult
04. One-Eyed Nation
05. Anger Line
06. Earth Scar
07. Never
08. Amen
Eis aqui uma resenha controversa por diversos motivos. O primeiro deles é extramusical, afinal, qualquer headbanger minimamente informado sabe das pesadas acusações que recaem sobre a banda no momento, nas quais seus integrantes estão sendo acusados, em diferentes níveis, de terem estuprado uma fã da banda nos Estados Unidos. O julgamento se dará no dia 16 de janeiro de 2018 e atualmente Rafal Piotrowski (vocal), Vogg (guitarra), Hubert Więcek (baixo) e Michał Lysejko (bateria) aguardam o mesmo em liberdade, mas impedidos de manterem contato um com o outro sem a presença de advogados, e claro, com seus passaportes confiscados.
Agora, vamos abordar o lado musical. Quando surgiu em 2000, com Winds of Creation, o Decapitated se destacou não só pela juventude de seus integrantes (as idades variavam entre 16 e 19 anos), mas por executar um Technical Death Metal de primeiríssima qualidade. Não demorou muito para assumirem uma posição de destaque no cenário, graças aos álbuns seguintes, Nihility (02), The Negation (04) e Organic Hallucinosis (06). Então veio o fatídico dia 29 de outubro de 2007, quando um acidente com o Tourbus em uma estrada da Bielorússia vitimou o baterista Vitek e encerrou a carreira do vocalista Covan, devido às sequelas sofridas pelo mesmo. Após 2 anos de hiato, Vogg resolveu voltar acompanhado de novos músicos e continuar escrevendo a história do grupo.
De lá para cá, tivemos Carnival Is Forever (11), Blood Mantra (14) e agora Anticult, trabalhos que despertaram reações diversas nos fãs, já que Vogg nunca hesitou em fazer o Decapitated explorar novos territórios para a sua música. E aqui isso não é diferente, já que temos uma continuação e evolução natural de seu trabalho anterior, com o Groove Metal se fazendo ainda mais presente. Sendo assim, prezado amigos, não esperem aqui um retorno aos primórdios da banda, com aquele Technical Death Metal de outrora. O que temos em Anticult se aproxima bem mais de um álbum de Groove com toque de Death.
(Shinigami Records/Nuclear Blast Records - Nacional)
01. Impulse
02. Death Valuation
03. Kill The Cult
04. One-Eyed Nation
05. Anger Line
06. Earth Scar
07. Never
08. Amen
Eis aqui uma resenha controversa por diversos motivos. O primeiro deles é extramusical, afinal, qualquer headbanger minimamente informado sabe das pesadas acusações que recaem sobre a banda no momento, nas quais seus integrantes estão sendo acusados, em diferentes níveis, de terem estuprado uma fã da banda nos Estados Unidos. O julgamento se dará no dia 16 de janeiro de 2018 e atualmente Rafal Piotrowski (vocal), Vogg (guitarra), Hubert Więcek (baixo) e Michał Lysejko (bateria) aguardam o mesmo em liberdade, mas impedidos de manterem contato um com o outro sem a presença de advogados, e claro, com seus passaportes confiscados.
Agora, vamos abordar o lado musical. Quando surgiu em 2000, com Winds of Creation, o Decapitated se destacou não só pela juventude de seus integrantes (as idades variavam entre 16 e 19 anos), mas por executar um Technical Death Metal de primeiríssima qualidade. Não demorou muito para assumirem uma posição de destaque no cenário, graças aos álbuns seguintes, Nihility (02), The Negation (04) e Organic Hallucinosis (06). Então veio o fatídico dia 29 de outubro de 2007, quando um acidente com o Tourbus em uma estrada da Bielorússia vitimou o baterista Vitek e encerrou a carreira do vocalista Covan, devido às sequelas sofridas pelo mesmo. Após 2 anos de hiato, Vogg resolveu voltar acompanhado de novos músicos e continuar escrevendo a história do grupo.
De lá para cá, tivemos Carnival Is Forever (11), Blood Mantra (14) e agora Anticult, trabalhos que despertaram reações diversas nos fãs, já que Vogg nunca hesitou em fazer o Decapitated explorar novos territórios para a sua música. E aqui isso não é diferente, já que temos uma continuação e evolução natural de seu trabalho anterior, com o Groove Metal se fazendo ainda mais presente. Sendo assim, prezado amigos, não esperem aqui um retorno aos primórdios da banda, com aquele Technical Death Metal de outrora. O que temos em Anticult se aproxima bem mais de um álbum de Groove com toque de Death.
E isso é ruim? Obstante muitos fãs por aí estarem torcendo o nariz, o resultado passa longe de ser ruim, até porque mesmo que quisessem, o lado técnico da música do quarteto não conseguiria ser extirpado, algo que pode ser observado já na abertura, com “Impulse”, que apesar do Groove, possui boa dose de técnica e muitas mudanças de tempo. É um dos destaques aqui, assim como “Death Valuation”, que não esconde sua influência de Pantera, com sua bateria simplesmente furiosa e riffs que deixaria Dimebag orgulhoso. Outros destaques ficam com a grooveada “Kill The Cult”, com um ótimo trabalho de guitarra, a diversificada “One-Eyed Nation”, “Earth Scar”, com seus ótimos riffs e melodias e “Never”, com toda a sua agressividade e boas linhas vocais.
A produção ficou por conta de Vogg, com mixagem de Daniel Bergstrand (Abbath, Dimmu Borgir, Behemoth, In Flames, Meshuggah) e masterização realizada por Lawrence Mackrory, vocalista do Darkane. O resultado final é muito bom, já que apesar de tudo muito claro e audível, ainda assim o trabalho soa pesado e agressivo. Já a capa e o restante da parte gráfica foram obra de Lukasz Jaszak (Behemoth, Emperor, Alcest), sendo bem impactante.
Os fãs mais antigos torcerão o nariz com Anticult? Com toda certeza, e não tenho dúvidas que uma parte dos mesmos debandará. Por outro lado, tal sonoridade aqui adotada abre possibilidade de conquista de novos fãs, de um público maior, algo que parecia acontecer antes do lamentável episódio ocorrido alguns meses atrás, e que se confirmado, decretará merecidamente o fim da banda (afinal, se tal violência tiver realmente ocorrido, não podemos “passar pano” para a banda apenas por gostarmos de sua música). É esperar as cenas dos próximos capítulos e ver o que o futuro reserva para Piotrowski, Vogg, Wiecek e Lysejko, se a cadeia ou a continuação da carreira.
NOTA: 8,5
Decapitated é:
Rafal Piotrowski (vocal);
Vogg (guitarra);
Hubert Więcek (baixo);
Michal Lysejko (bateria).
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