Danzig - Black Laden Crown (2017)
(Shinigami Records/Nuclear Blast - Nacional)
01. Black Laden Crown
02. Eyes Ripping Fire
03. Devil On Hwy 9
04. Last Ride
05. The Witching Hour
06. But A Nightmare
07. Skulls & Daisies
08. Blackness Falls
09. Pull The Sun
Goste ou não da figura de Glenn Danzig, é impossível negar a sua importância para o Rock/Metal. Seja com seu trabalho à frente do The Misfits, ou posteriormente com o Samhain e o Danzig, seu nome está muito bem gravado na história do estilo. Além disso, sua voz de barítono, uma mescla de Jim Morrison com Elvis Presley, mas na versão “Evil”, está entre as mais marcantes do estilo. É dessas que você escuta e de cara já identifica. Simplesmente inconfundível.
Com o Danzig, teve um início arrebatador. Mesclando Metal, Doom, Southern Rock e Blues, lançou talvez a melhor sequência de uma banda no final dos 80 e início dos 90. Danzig (88), Danzig II - Lucifuge (90), Danzig III: How the Gods Kill (92) e Danzig: 4p (94) estão indiscutivelmente entre os melhores trabalhos gravados do período citado. Com o esfacelamento da formação original, seguiu-se uma fase para lá de controversa, com Danzig 5: Blackacidevil (96), Danzig 6:66: Satans Child (99) e Danzig 777: I Luciferi (02), onde seu som sofreu modificações e acabou por gerar insatisfação entre uma parcela de seus fãs.
A partir de 2004, já tendo juntado suas forças com o guitarrista Tommy Victor (Prong), as coisas começaram a mudar de figura, e dois bons álbuns foram lançados, Circle of Snakes (04) e Deth Red Sabaoth (10). Mesmo o trágico álbum de covers, intitulado Skeletons (15), não foi capaz de atrapalhar tal recuperação. Sendo assim, mesmo com a ausência de um baterista fixo, a expectativa pelo lançamento de Black Laden Crown era das melhores por parte de seus fãs.
E bem, acho que podemos dizer que esses não irão se decepcionar com o 11º álbum de estúdio do Danzig, já que talvez esse seja seu trabalho que mais se aproxima esteticamente da sua brilhante fase inicial. É como se estivéssemos diante de uma versão minimalista do mesmo. A voz de Glenn já começa a sentir o peso da idade e não é a mesma dos áureos tempos, mas ainda assim impõe muito respeito, mesmo com alguma limitação. Aliás, aí está a palavra chave para entender Black Laden Crown, limitação.
(Shinigami Records/Nuclear Blast - Nacional)
01. Black Laden Crown
02. Eyes Ripping Fire
03. Devil On Hwy 9
04. Last Ride
05. The Witching Hour
06. But A Nightmare
07. Skulls & Daisies
08. Blackness Falls
09. Pull The Sun
Goste ou não da figura de Glenn Danzig, é impossível negar a sua importância para o Rock/Metal. Seja com seu trabalho à frente do The Misfits, ou posteriormente com o Samhain e o Danzig, seu nome está muito bem gravado na história do estilo. Além disso, sua voz de barítono, uma mescla de Jim Morrison com Elvis Presley, mas na versão “Evil”, está entre as mais marcantes do estilo. É dessas que você escuta e de cara já identifica. Simplesmente inconfundível.
Com o Danzig, teve um início arrebatador. Mesclando Metal, Doom, Southern Rock e Blues, lançou talvez a melhor sequência de uma banda no final dos 80 e início dos 90. Danzig (88), Danzig II - Lucifuge (90), Danzig III: How the Gods Kill (92) e Danzig: 4p (94) estão indiscutivelmente entre os melhores trabalhos gravados do período citado. Com o esfacelamento da formação original, seguiu-se uma fase para lá de controversa, com Danzig 5: Blackacidevil (96), Danzig 6:66: Satans Child (99) e Danzig 777: I Luciferi (02), onde seu som sofreu modificações e acabou por gerar insatisfação entre uma parcela de seus fãs.
A partir de 2004, já tendo juntado suas forças com o guitarrista Tommy Victor (Prong), as coisas começaram a mudar de figura, e dois bons álbuns foram lançados, Circle of Snakes (04) e Deth Red Sabaoth (10). Mesmo o trágico álbum de covers, intitulado Skeletons (15), não foi capaz de atrapalhar tal recuperação. Sendo assim, mesmo com a ausência de um baterista fixo, a expectativa pelo lançamento de Black Laden Crown era das melhores por parte de seus fãs.
E bem, acho que podemos dizer que esses não irão se decepcionar com o 11º álbum de estúdio do Danzig, já que talvez esse seja seu trabalho que mais se aproxima esteticamente da sua brilhante fase inicial. É como se estivéssemos diante de uma versão minimalista do mesmo. A voz de Glenn já começa a sentir o peso da idade e não é a mesma dos áureos tempos, mas ainda assim impõe muito respeito, mesmo com alguma limitação. Aliás, aí está a palavra chave para entender Black Laden Crown, limitação.
Esse é um álbum construído em torno de limitações. As músicas se mostram mais lentas, mais cadenciadas, aproximando ainda mais sua sonoridade do Doom. Tommy Victor, como não poderia deixar de ser, faz um belo trabalho na guitarra, se aproximando demais do que foi feito por John Christ no auge da banda, mas é um trabalho simples, com bons riffs, pesados e diria até despreocupados, estando aí talvez seu maior mérito. A parte rítmica faz bem o seu serviço, de forma correta, sendo que o baixo foi assumido pelo próprio Glenn e a bateria ficou a cargo de nomes como Johnny Kelly, Joey Castillo, Karl Rokfist, com participações em álbuns anteriores da banda, e Dirk Verbeuren (Megadeth).
Boa parte das 9 canções aqui presentes se mostram dentro da média, com alguns destaques óbvios. “Eyes Ripping Fire” e “Devil On Hwy 9” se mostram bons rocks, com destaque para o trabalho da guitarra em ambos. Já “Last Ride” é mais cadenciada e tem um ar mais introspectivo, trazendo aquela aura obscura, muito dela em virtude dos ótimos vocais de Glenn. “But A Nightmare” tem bom peso e “Pull the Sun” se mostra bem melancólica. Mas no final, essa abordagem mais minimalista das composições acaba por gerar uma sensação de que as músicas poderiam ter sido um pouco mais bem trabalhadas, mais aprofundadas. São boas, mas poderiam ser ainda melhores.
A produção, que ficou a cargo do vocalista, também ajuda demais nisso. Seca e orgânica como de praxe, afinal Glenn prima por gravar seu material sempre com equipamento analógico, até está dentro da média, mas em muitos momentos deixa a música um tanto magra, sem força. Ainda assim, ao final de tudo, temos o trabalho mais coeso e forte do Danzig em anos. Se não é um clássico, passa longe de ser trágico, já que optam por não inventar e muito menos reinventar, entregando ao fã o que ele espera e deseja de um álbum da banda.
NOTA: 7,0
Danzig é (gravação):
- Glenn Danzig (vocal, guitarra, baixo e bateria nas faixas 2, 4 e 6)
- Tommy Victor (guitarra/baixo)
- Johnny Kelly (bateria nas faixas 1 e 5)
- Joey Castillo (bateria nas faixas 3 e 8)
- Karl Rokfist (bateria na faixa 9)
- Dirk Verbeuren (bateria na faixa 6)
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