Destruction - Under Attack (2016)
(Voice Music/Nuclear Blast - Nacional)
01. Under Attack
02. Generation Nevermore
03. Dethroned
04. Getting Used to the Evil
05. Pathogenic
06. Elegant Pigs
07. Second to None
08. Stand up for What You Deliver
09. Conductor of the Void
10. Stigmatized
Bônus
11. Black Metal (Venom cover feat. Alex Camargo)
12. Thrash Attack (Re-recorded)
13. Princess Of The Night (Saxon cover)
14. Carnivore [Guest Version]
Se descontarmos a controversa e hoje renegada fase pós Cracked Brain (90), que rendeu os EP’s Destruction (94), Them Not Me (98) e o álbum The Least Successful Human Cannonball (98) – nenhum consta na discografia oficial da banda – Under Attack é o 13º álbum de estúdio dessa verdadeira instituição do Thrash alemão.
Desde o retorno de Schmier, o Destruction vem mantendo uma constância de lançamentos, sendo que o maior hiato se deu justamente entre seu último trabalho em 2012 e esse Under Attack. E bem, acho que nem o mais fanático vai negar a inconstância dos lançamentos nesse período. Se por um lado, o início rendeu álbuns muito bons, como All Hell Breaks Loose (00) e The Antichrist (01), depois a banda entrou em uma descendente, seguida de trabalhos medianos, caso de Metal Discharge (03) e Inventor of Evil (05) e outros repetitivos, mais precisamente os dois últimos, Day of Reckoning (11) e Spiritual Genocide (12). Foram oito álbuns em doze anos, estando ai talvez a motivação para tal fato. Um outro fator que incomodava demais era a produção excessivamente saturada dos últimos álbuns, algo que certamente prejudicava em muito o resultado final.
Bem, então vamos às boas notícias. A primeira delas é que deixaram de lado toda a saturação da produção, procurando fazer algo mais simples. A segunda e melhor notícia é que essa simplificação também se refletiu no som, já que aqui o Destruction soa como uma versão mais moderna daquilo que escutávamos nos anos 80. Mas calma, não estou aqui querendo fazer comparações com clássicos do porte de Sentence of Death (84), Infernal Overkill (85) ou Eternal Devastation (86), até porque esses são inigualáveis, mas sim que o clima remete a esse período. Muito disso se dá pelo fato de terem saído do comodismo e nitidamente tocado com a faca entre os dentes em Under Attack.
O resultado final acabou sendo muito bom, talvez o melhor trabalho da banda desde All Hell Breaks Loose. Soando bem mais orgânico, bem mais cru, podemos notar uma maior versatilidade em diversos aspectos. Um exemplo são os vocais de Schmier, que apesar de manter sua sonoridade característica, se mostra mais variado. Mostrando que realmente resolveram sair da zona de conforto dos últimos álbuns, estão menos agressivos, mas soando muito mais enérgicos, mantendo assim o peso com o qual estamos acostumados. Mike faz um belo trabalho nas guitarras e, além de termos uma quantidade muito maior de riffs aqui do que vinha sendo apresentado, eles têm mais cara de Destruction, algo que não vinha ocorrendo. Vaaver apresenta seu melhor trabalho de bateria desde que entrou para o grupo alemão, esbanjando criatividade e técnica, se mostrando muito mais presente nas canções.
Quer ter uma amostra desse “novo” Destruction? Pode começar por “Under Attack”, agressiva e onde Schmier se destaca nos vocais, passar para a furiosa “Generation Nevermore”, com seu refrão grudento, seguir pela pesada e cativante “Dethroned” e finalizar em “Pathogenic”, com seu riffs destruidores e que remete diretamente ao passado glorioso da banda.
A produção ficou a cargo da própria banda, em parceria com V.O.Pluver, que já trabalha com a banda há algum tempo e cuidou da mixagem e masterização. Como já dito, o resultado final ficou muito bom, já que não soa saturado como os anteriores e está bem mais orgânico. Já a capa ficou mais uma vez por conta de Gyula Havancsák (Annihilator, Elvenking, Grave Digger, Stratovarius, Týr, Witherscape), em uma parceria que vem desde Inventor of Evil.
Soando como não soava há muito tempo, o Destruction sacudiu a poeira e resolveu mostrar todo o seu potencial, em um dos melhores trabalhos de sua carreira. Estava cansado daquele som repetitivo e saturado dos últimos trabalhos? Talvez devesse dar então uma chance a Under Attack. E para os fãs, no Brasil está saindo através da Voice, uma versão em digipack, limitada, numerada e exclusiva com 4 faixas bônus (o cover do Saxon só é encontrado na versão brasileira), incluindo um cover do Venom com participação de Alex Camargo, do Krisiun. Ou seja, vale a pena o investimento.
NOTA: 8,5
Destruction é:
- Schmier (vocal/baixo)
- Mike (guitarra)
- Vaaver (bateria)
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01. Under Attack
02. Generation Nevermore
03. Dethroned
04. Getting Used to the Evil
05. Pathogenic
06. Elegant Pigs
07. Second to None
08. Stand up for What You Deliver
09. Conductor of the Void
10. Stigmatized
Bônus
11. Black Metal (Venom cover feat. Alex Camargo)
12. Thrash Attack (Re-recorded)
13. Princess Of The Night (Saxon cover)
14. Carnivore [Guest Version]
Se descontarmos a controversa e hoje renegada fase pós Cracked Brain (90), que rendeu os EP’s Destruction (94), Them Not Me (98) e o álbum The Least Successful Human Cannonball (98) – nenhum consta na discografia oficial da banda – Under Attack é o 13º álbum de estúdio dessa verdadeira instituição do Thrash alemão.
Desde o retorno de Schmier, o Destruction vem mantendo uma constância de lançamentos, sendo que o maior hiato se deu justamente entre seu último trabalho em 2012 e esse Under Attack. E bem, acho que nem o mais fanático vai negar a inconstância dos lançamentos nesse período. Se por um lado, o início rendeu álbuns muito bons, como All Hell Breaks Loose (00) e The Antichrist (01), depois a banda entrou em uma descendente, seguida de trabalhos medianos, caso de Metal Discharge (03) e Inventor of Evil (05) e outros repetitivos, mais precisamente os dois últimos, Day of Reckoning (11) e Spiritual Genocide (12). Foram oito álbuns em doze anos, estando ai talvez a motivação para tal fato. Um outro fator que incomodava demais era a produção excessivamente saturada dos últimos álbuns, algo que certamente prejudicava em muito o resultado final.
Bem, então vamos às boas notícias. A primeira delas é que deixaram de lado toda a saturação da produção, procurando fazer algo mais simples. A segunda e melhor notícia é que essa simplificação também se refletiu no som, já que aqui o Destruction soa como uma versão mais moderna daquilo que escutávamos nos anos 80. Mas calma, não estou aqui querendo fazer comparações com clássicos do porte de Sentence of Death (84), Infernal Overkill (85) ou Eternal Devastation (86), até porque esses são inigualáveis, mas sim que o clima remete a esse período. Muito disso se dá pelo fato de terem saído do comodismo e nitidamente tocado com a faca entre os dentes em Under Attack.
O resultado final acabou sendo muito bom, talvez o melhor trabalho da banda desde All Hell Breaks Loose. Soando bem mais orgânico, bem mais cru, podemos notar uma maior versatilidade em diversos aspectos. Um exemplo são os vocais de Schmier, que apesar de manter sua sonoridade característica, se mostra mais variado. Mostrando que realmente resolveram sair da zona de conforto dos últimos álbuns, estão menos agressivos, mas soando muito mais enérgicos, mantendo assim o peso com o qual estamos acostumados. Mike faz um belo trabalho nas guitarras e, além de termos uma quantidade muito maior de riffs aqui do que vinha sendo apresentado, eles têm mais cara de Destruction, algo que não vinha ocorrendo. Vaaver apresenta seu melhor trabalho de bateria desde que entrou para o grupo alemão, esbanjando criatividade e técnica, se mostrando muito mais presente nas canções.
Quer ter uma amostra desse “novo” Destruction? Pode começar por “Under Attack”, agressiva e onde Schmier se destaca nos vocais, passar para a furiosa “Generation Nevermore”, com seu refrão grudento, seguir pela pesada e cativante “Dethroned” e finalizar em “Pathogenic”, com seu riffs destruidores e que remete diretamente ao passado glorioso da banda.
A produção ficou a cargo da própria banda, em parceria com V.O.Pluver, que já trabalha com a banda há algum tempo e cuidou da mixagem e masterização. Como já dito, o resultado final ficou muito bom, já que não soa saturado como os anteriores e está bem mais orgânico. Já a capa ficou mais uma vez por conta de Gyula Havancsák (Annihilator, Elvenking, Grave Digger, Stratovarius, Týr, Witherscape), em uma parceria que vem desde Inventor of Evil.
Soando como não soava há muito tempo, o Destruction sacudiu a poeira e resolveu mostrar todo o seu potencial, em um dos melhores trabalhos de sua carreira. Estava cansado daquele som repetitivo e saturado dos últimos trabalhos? Talvez devesse dar então uma chance a Under Attack. E para os fãs, no Brasil está saindo através da Voice, uma versão em digipack, limitada, numerada e exclusiva com 4 faixas bônus (o cover do Saxon só é encontrado na versão brasileira), incluindo um cover do Venom com participação de Alex Camargo, do Krisiun. Ou seja, vale a pena o investimento.
NOTA: 8,5
Destruction é:
- Schmier (vocal/baixo)
- Mike (guitarra)
- Vaaver (bateria)
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