Atlantis – Summoning
the Witch (2015) (EP)
(Independente –
Nacional)
01. Intro/Dracul
02. Flight Malaysia
03. Cretan Labyrinth
04. Chained
05. Summoning the Witch
06. Angel Witch (Angel Witch Cover)
A paixão do headbanger brasileiro pelos anos 80 é algo que
beira a fixação doentia. Para muitos, só o que advém desse período ou se limita
a copiar o que lá foi feito é digno de atenção. No que tange a música, isso é
refletido na quantidade de bandas que surgem por esses lados que investem nesse
tipo de sonoridade, seja no campo do Metal Tradicional, do Thrash, do Death,
etc. Condenável? Não, nem um pouco, afinal, que mal tem se a música possuir
qualidade.
Vindo de Jaraguá/SC,
o Power Trio Atlantis é mais um nome que aposta no que foi feito nesse período,
neste caso, na NWOBHM. Esse é seu EP de estreia e por todos os lados podemos
perceber referências a grandes nomes do período, como Saxon, Angel Witch ou
Iron Maiden. Os riffs de qualidade pipocam por todos os lados, acompanhados de
solos interessantes e a parte rítmica mostra boa técnica e pegada. Os refrãos
também chamam bem a atenção pela qualidade e as canções presentes possuem boas
melodias. Ainda sim, alguns pontos podem
e devem ser melhorados. Os vocais são apenas medianos, muito por culpa de outro
fator, a produção, que está bem abaixo do nível atual do cenário nacional,
apesar de longe de ser trágica. Ainda sim, isso afeta o resultado final do
trabalho (rouba ao menos 1 ponto do resultado final).
Sobre as faixas aqui presentes, a abertura com
“Intro/Dracul”, peca por possuir uma desnecessária introdução de quase 2
minutos e meio de duração, soando cansativa. Quando finalmente a música entra,
vemos um bom Heavy, que se destaca pelo refrão. “Flight Malaysia” é outra faixa
que se encaixa nesse padrão de qualidade. Já “Cretan Labytinth” e a faixa título
são as melhores músicas do trabalho, onde podemos ver todo o potencial que o
Atlantis possui. Ótimos riffs e solos e mais uma vez, bons refrãos. A balada
“Chained” simplesmente não funcionou e soa totalmente descartável. Quanto ao
cover da clássica “Angel Witch”, bem, eu defendo a política de não se arriscar
em músicas perfeitas se você não puder ao menos, chegar próximo da qualidade
das mesmas. O instrumental está ótimo, muito fiel, mas me desculpem, o vocal sofreu
com a produção fraca.
No final, o que sobra é um bom trabalho de estreia de uma
banda muito promissora e com potencial para crescer e se colocar entre os
principais nomes do estilo no Brasil. Com uma produção de qualidade e aparando
algumas arestas aqui e ali, o Atlantis tem tudo para ir muito longe, como
conseguem demonstrar em pelo menos dois ótimos momentos desse EP. Aliás, são
eles que me fazem passar por cima dos não tão bons na hora de finalizar a nota
do trabalho. Um nome a se observar de perto de hoje em diante.
NOTA: 7,0
Atlantis (Gravação):
- Tino Barth
(Vocal/Guitarra)
- Felipe França
(Baixo)
- Ruben Lamin
(Bateria)
Atlantis é:
- Tino Barth
(Vocal/Guitarra)
- Jonathan Odorizzi (Baixo)
- Bruno Eggert (Bateria)
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