Paradise
Lost - Symphony For The Lost (2015)
(Century
Media – Importado)
CD1
(Com Orquestra)
01. Tragic Idol
02. Last Regret
03. Your Own Reality
04. Over The Madness
05. Joys Of Empitness
06. Victim Of The Past
07. Soul Courageous
08. Gothic
CD2
(Sem Orquestra)
01. The Enemy
02. Erased
03. Isolate
04. Faith Divides Us, Death Unites Us
05. As I Die
06. One Second
07. True Belief
08. Say Just Words
09. The Last Time
Draconian
Times (95)
sempre será o auge do Paradise Lost musicalmente falando, pois é impossível
chegar novamente ao nível de perfeição ali alcançado. Mas obstante tal fato,
podemos afirmar sem medo, que nos últimos 6 anos a banda vive seu auge
criativo, com uma sequência fantástica de 3 álbuns simplesmente clássicos, Faith Divides Us, Death Unites Us (09),
Tragic Idol (12) e o atual e aclamado The
Plague Within, lançado nesse ano de 2015.
Junto a isso, veio a reconquista da popularidade perdida na época da
dobradinha Host (99)/Believe in Nothing (01) (pois a
importância e o respeito, esses nunca perderam) e uma infinidade de turnês,
shows e participações em Festivais mundo afora.
Sendo assim, para marcar esse grande
momento que vivem, nada melhor do que presentear seus fãs com algo especial e a
escolha recaiu sobre um álbum ao vivo, já que é no palco que esses ingleses de
Halifax mostram todo o seu poder de fogo. Mas, como de 2008 para cá já foram
dois trabalhos nessa linha, The Anatomy
Of Melancholy (08) e Tragic Illusion
Live at the Roundhouse, London (13), algo de especial precisava ser apresentado.
E bem, disso surgiu Symphony For The Lost.
Esse trabalho consiste em um álbum
duplo, o primeiro CD contando com a partcipação de uma Orquestra e o segundo
apenas com a banda sobre o palco. Normalmente quando falamos de algo assim, a
primeira lembrança que nos vêm à cabeça é o medonho S&M do Metallica, uma
verdadeira aula de como não se unir Metal e Música Clássica, mas cabe lembrar
que o Paradise Lost em diversos momentos de sua carreira, já se utilizou de
orquestrações em suas músicas, sempre obtendo ótimos resultados.
Sendo assim, um álbum ao vivo,
orquestrado, não soa como absurdo em se tratando do quinteto inglês. Gravado em
um antigo teatro romano, na Bulgária, a banda se faz acompanhada da Orquestra
Estatal de Plovdiv e do Rodna Pesen Choir, sob regência de Levon Manukyan, que
já trabalhou com diversos artistas de Rock/Metal. O resultado acabou sendo
ótimo, pois o índice de acerto é grande, já que a maioria dos 8 temas
escolhidos eram bem adequados a receber orquestrações. As exceções ficaram a
cargo de “Joys Of Empitness”, que
soou insossa e “Soul Courageous”, que
com todo respeito, ficou mais com cara de tema de banda de Escola de Ensino
Fundamental. Poderiam ter sido substituídas por “Faith Divides Us, Death Unites Us”, que possui uma belíssima
versão orquestrada pela Sinfônica de Praga que se faz presente de bônus no
álbum de mesmo nome e “So Much Is Lost”,
que têm uma String Version de bônus no Host
e sempre me deixou curioso de saber como soaria com orquestrações completas.
Fora isso, os arranjos clássicos ficaram
muito bem encaixados nas composições e, se não trazem muita coisa de novo, acompanham
muito bem as mesmas. A fusão desses elementos com o Metal praticado pela banda
acabou sendo muito bem feita, isso é inegável, vide “Tragic Idol”, “Over The Madness” e “Victim Of The Past”, essa última já composta pensando nas
orquestrações. A única resalva que faço aqui é o fato de o Cd2 ser sem a
presença da Orquestra, pois adoraria escutar a mesma acompanhando músicas como “The Enemy”, “Erased”, “Isolate”, “One
Second”, “Say Just Words” e “The Last
Time”. Ainda sim essa parte do trabalho é excelente, pois mostra toda a
energia e solidez do Paradise Lost sobre o palco.
Um fator que me chamou bem a atenção foi
à produção, que optou por não soar muito pomposa, deixando a sonoridade do
álbum com certa crueza, já que aparentemente não optaram por encher o mesmo de
overdubs, o que pode ser notado por pequenos erros aqui e ali que foram
mantidos, dando ao trabalho uma cara realmente de álbum ao vivo. Nada soa mais
irritante do que aqueles álbuns ao vivo onde cada nota é tocada e polida a
beira da perfeição e desse mal Symphony
For The Lost não padece.
Ao final fica um gosto de quero mais e a
esperança de que um dia possamos não só escutar um álbum inteiro com essa
proposta, mas quem sabe uma turnê completa com apresentações ao lado de uma
Orquestra. É um sonho um tanto megalomaníaco de minha parte? Certamente, mas ao
menos por enquanto, ainda não pagamos para ter sonhos. Enquanto muitas bandas,
mesmo consagradas, andam penando para conseguir lançar um trabalho ao menos
mediano, o Paradise Lost consegue soltar dois belos trabalhos em um único ano.
Um verdadeiro presente para os fãs!
NOTA:
8,5
Paradise
Lost é:
-
Nick Holmes (Vocal)
-
Gregor Mackintosh (Guitarra)
-
Aaron Aedy (Guitarra)
-
Stephen Edmondson (Baixo)
-
Adrian Erlandsson (Bateria)
Normalmente eu concordo com as suas reviews mas nesse caso, vou ter de discordar. Eu odiei esse CD. Achei o som ruim, a banda parecia desanimada e achei que a orquestra não adicionou em nada. Esperava muito mais.
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