terça-feira, 3 de novembro de 2015

Cradle Of Filth - Hammer Of The Witches (2015)




Cradle Of Filth - Hammer Of The Witches (2015)
(Nuclear Blast/Voice Music – Nacional)

01. Walpurgis Eve
02. Yours Immortally
03. Enshrined In Crematoria
04. Deflowering The Maidenhead, Displeasuring The Goddess
05. Blackest Magick In Practice
06. The Monstrous Sabbat (Summoning The Coven)
07. Hammer Of The Witches
08. Right Wing Of The Garden Triptych
09. The Vampyre At My Side
10. Onward Christian Soldiers
11. Blooding The Hounds Of Hel

O Cradle Of Filth surgiu como um furacão em meados da década de 90, enfileirando 4 grandes álbuns, The Principle of Evil Made Flesh (94), Dusk and Her Embrace (96), Cruelty and the Beast (98) e Midian (00), além de 2 EP’s marcantes, V Empire of Dark Faerytales in Phallustein (96) e From the Cradle to Enslave (99). Dessa forma se estabeleceu ao lado do Dimmu Borgir como principal nome daquela geração do intitulado Black Metal Melódico, com sua música repleta de melodias e orquestrações, além de um sempre bem vindo acento gótico. Claro, existiram os detratores, mas a popularidade do COF era muito superior ao número desses.

Infelizmente, após isso a banda começou a “descer a ladeira”, lançando trabalhos que iam do mediano (Damnation and a Day (03), Darkly, Darkly, Venus Aversa (10)) ao fraco (Nymphetamine (04), Thornography (06)) e com The Manticore and Other Horrors (12) parecia que se estabilizaria naquele limbo dos lançamentos que se não desagradam, também não conseguem sequer arrancar um sorriso de canto de boca.

Eis então que surge Hammer Of The Witches, um álbum para sacudir a poeira que havia se estabelecido sobre a carreira do Cradle Of Filth. Estreando uma nova dupla de guitarristas, Rich Shaw e Ashok e contando com a preciosa aquisição da vocalista e tecladista Lindsay Schoolcraft, acabaram por lançar seu melhor trabalho dos últimos 15 anos. Aliando de forma equilibrada as características que marcaram a carreira da banda, ou seja, peso, velocidade, melodia, climas góticos e uma dose de rispidez, o COF mostra estar com sua criatividade em dia, como a muito não ocorria.

Shaw e Ashok se saem muito bem e podemos observar um desfile de guitarras gêmeas com nítidas influências de bandas clássicas da NWOBHM. Já os teclados de Lindsay surgem muito bem, sem exageros e muito bem encaixados, enquanto Daniel Firth (Baixo) e Mathus (Bateria) formam uma parte rítmica de muita qualidade, pesada e variada. Já Dani Filth, ao menos em estúdio, ainda se mostra um grande vocalista, mais maduro do que no passado e evitando cometer certos exageros. Vale citar também que as orquestrações presentes estão muito bem equilibradas em Hammer Of The Witches.

Apesar de todo o equilíbrio aqui apresentado, se torna impossível não apontar algumas músicas como destaques aqui, como “Yours Immortally”, “Enshrined In Crematoria”, “Deflowering The Maidenhead, Displeasuring The Goddess”, “Hammer Of The Witches”, “Right Wing Of The Garden Triptych” e “Onward Christian Soldiers”.

Assim como no trabalho anterior, todo processo de produção ficou a cargo de Scott Atkins e a belíssima capa é obra de Arthur Berzinsh. Apresentando um trabalho pesado, brutal, mas sem abrir mão de melodias grudentas, o Cradle Of Filth volta a acertar a mão, como a muito não fazia e mostra assim que quem é Rei, apesar de alguns percalços, nunca perde a majestade.

NOTA: 8,5

Cradle Of Filth é:

- Dani Filth (Vocal)
- Martin "Marthus" Skaroupka (Bateria)
- Daniel Firth (Baixo)
- Marek "Ashok" Smerda (Guitarra)
- Richard Shaw (Guitarra)
- Lindsay Schoolcraft (Vocal/Teclado)

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