Cradle
Of Filth - Hammer Of The Witches (2015)
(Nuclear
Blast/Voice Music – Nacional)
01. Walpurgis Eve
02. Yours Immortally
03. Enshrined In Crematoria
04. Deflowering The Maidenhead,
Displeasuring The Goddess
05. Blackest Magick In Practice
06. The Monstrous Sabbat (Summoning The
Coven)
07. Hammer Of The Witches
08. Right Wing Of The Garden Triptych
09. The Vampyre At My Side
10. Onward Christian Soldiers
11. Blooding The Hounds Of Hel
O Cradle Of Filth surgiu como um furacão
em meados da década de 90, enfileirando 4 grandes álbuns, The Principle of Evil Made Flesh (94), Dusk and Her Embrace (96),
Cruelty and the Beast (98) e Midian
(00), além de 2 EP’s marcantes, V
Empire of Dark Faerytales in Phallustein (96) e From the Cradle to Enslave (99). Dessa forma se estabeleceu ao lado
do Dimmu Borgir como principal nome daquela geração do intitulado Black Metal
Melódico, com sua música repleta de melodias e orquestrações, além de um sempre
bem vindo acento gótico. Claro, existiram os detratores, mas a popularidade do
COF era muito superior ao número desses.
Infelizmente, após isso a banda começou
a “descer a ladeira”, lançando trabalhos que iam do mediano (Damnation and a Day (03), Darkly, Darkly,
Venus Aversa (10)) ao fraco (Nymphetamine
(04), Thornography (06)) e com The
Manticore and Other Horrors (12) parecia que se estabilizaria naquele limbo
dos lançamentos que se não desagradam, também não conseguem sequer arrancar um
sorriso de canto de boca.
Eis então que surge Hammer Of The Witches, um álbum para sacudir a poeira que havia se
estabelecido sobre a carreira do Cradle Of Filth. Estreando uma nova dupla de
guitarristas, Rich Shaw e Ashok e contando com a preciosa aquisição da
vocalista e tecladista Lindsay Schoolcraft, acabaram por lançar seu melhor
trabalho dos últimos 15 anos. Aliando de forma equilibrada as características
que marcaram a carreira da banda, ou seja, peso, velocidade, melodia, climas
góticos e uma dose de rispidez, o COF mostra estar com sua criatividade em dia,
como a muito não ocorria.
Shaw e Ashok se saem muito bem e podemos
observar um desfile de guitarras gêmeas com nítidas influências de bandas
clássicas da NWOBHM. Já os teclados de Lindsay surgem muito bem, sem exageros e
muito bem encaixados, enquanto Daniel Firth (Baixo) e Mathus (Bateria) formam uma
parte rítmica de muita qualidade, pesada e variada. Já Dani Filth, ao menos em
estúdio, ainda se mostra um grande vocalista, mais maduro do que no passado e
evitando cometer certos exageros. Vale citar também que as orquestrações
presentes estão muito bem equilibradas em Hammer
Of The Witches.
Apesar de todo o equilíbrio aqui
apresentado, se torna impossível não apontar algumas músicas como destaques
aqui, como “Yours Immortally”, “Enshrined
In Crematoria”, “Deflowering The Maidenhead, Displeasuring The Goddess”, “Hammer
Of The Witches”, “Right Wing Of The Garden Triptych” e “Onward Christian Soldiers”.
Assim como no trabalho anterior, todo
processo de produção ficou a cargo de Scott Atkins e a belíssima capa é obra de
Arthur Berzinsh. Apresentando um trabalho pesado, brutal, mas sem abrir mão de
melodias grudentas, o Cradle Of Filth volta a acertar a mão, como a muito não
fazia e mostra assim que quem é Rei, apesar de alguns percalços, nunca perde a
majestade.
NOTA:
8,5
Cradle
Of Filth é:
-
Dani Filth (Vocal)
-
Martin "Marthus" Skaroupka (Bateria)
-
Daniel Firth (Baixo)
-
Marek "Ashok" Smerda (Guitarra)
-
Richard Shaw (Guitarra)
-
Lindsay Schoolcraft (Vocal/Teclado)
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