Lyria –
Catharsis (2014)
(Independente
– Nacional)
01. The True War
02. Revenge
03. Jester
04. The Phoenix Cry
05. Reflection
06. Insanity
07. The Phoenix Rebirth
08. Light and Darkness
09. What Do You Want From Me?
10. Craven
O Lyria surgiu no ano de 2012, através das
mãos da vocalista Aline Happ e ao qual logo depois se juntaram o baixista
Thiago Zig e o baterista Eliezer Andre (a banda não possui guitarristas fixos).
Apesar do pouco tempo de estrada, pouco mais de 2 anos depois de sua fundação,
surgem com seu trabalho de estréia, intitulado Catharsis. Um fator interessante
é que esse álbum foi totalmente financiado através de uma campanha de
crowfunding, que contou com a participação tanto de fãs brasileiros quanto do
exterior, mostrando que já possuem uma boa base de apreciadores.
A aposta do trio é no Metal Sinfônico, um
gênero que convenhamos, saturou um pouco nos últimos anos. Pessoalmente não
tenho mais paciência para bandas que adotam essa linha, mas tenho que admitir
que o Lyria me conquistou de cara. Os motivos para isso foram vários e os irei
enumerar aqui. Primeiro, a mescla que fazem de Symphonic Metal com Metal
Alternativo, o que acaba gerando uma sonoridade bem interessante e acima de
tudo, moderna. E antes que se perguntem, não, nada tão americanizado como os
últimos trabalhos do Within Temptation. Em segundo lugar, tiveram a noção rara,
diga-se de passagem, de não cometer exageros na parte sinfônica, evitando que
assim seu som ficasse cansativo. O que temos aqui é Metal, pesado e com ótimos
riffs. Em terceiro lugar, Aline Happ, com sua voz de Mezzo Soprano, que comanda
tudo com muita capacidade e passando longe de soar enjoativa aos ouvidos, como
muitas cantoras por ai que pensam que basta ter grande alcance para sair
cantando Heavy Metal. Voz encorpada, de timbre muito agradável e suave, bom
alcance e capaz de imprimir linhas vocais cativantes. Certamente o grande
destaque de Catharsis. A música presente aqui é bem diversificada e eclética,
já que a mistura executada pela banda só enriquece sua sonoridade. Os teclados
estão muito bem encaixados nas faixas e não cometem qualquer tipo de exagero,
assim como os solos de guitarra presentes são muito bons. É possível pescar
também alguns toques de Eletrônico e Gothic aqui e ali. Destaque para as faixas
“The True War”, “Jester”, “The Phoenix Rebirth” e, principalmente, “Insanity”,
minha preferida em todo álbum.
A produção é de muito boa qualidade e vale
ressaltar que a banda contou com a colaboração de outros músicos no trabalho:
Marcelo Oliveira (ex-Hydria/guitarra, baixo e programação de bateria), Sergio
Filho (guitarra) e Rafael Picolo (flauta). Com um trabalho bem variado, o Lyria
demonstra já possuir bastante maturidade, apesar do pouco tempo de estrada.
Altamente indicado aos apreciadores de bandas como After Forever, Epica e
Evanescence. Uma das estréias mais promissoras que escutei em 2014.
NOTA:
8,0
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