domingo, 17 de setembro de 2017

Fast Review – Resenhas rápidas para consumo imediato!

Adagio - Life (2017)
(Zeta Nemesis Records – Importado)
 

Apesar de completar 17 anos de carreira, esse é apenas o 5º álbum de estúdio dos franceses, muito disso devido à alta rotatividade do posto de vocalista (Kelly Sundown Carpenter é quem ocupa o cargo agora). Após um hiato de 8 anos desde o lançamento de Archangels in Black (09), retornam apresentando um trabalho que consegue ser tão bom (ou quem sabe melhor) que o excelente Underworld (03). Podemos até dizer que, em matéria de estrutura musical, esse é um retorno à 1ª fase da banda, já que deixaram de lado os elementos mais extremos adotados nos últimos álbuns em prol de uma linha mais Prog/Power (pendendo mais para o primeiro). A diferença é que aqui soam bem atuais, muito pelos toques de Djent que surgem aqui e ali. Conseguiram também se afastar das comparações (que eram justas) com o Symphony X, parecendo que finalmente encontraram sua identidade. Life é um álbum grandioso, onde conseguem equilibrar muito bem ótimos refrões, melodias marcantes, partes atmosféricas, muita progressividade e peso. Uma das grandes surpresas de 2017. (9,0)

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Tau Cross  - Pillar Of Fire (2017)
(Relapse Records – Importado)
 

Quando Rob “The Baron” Miller (Amebix) e Michel “Away” Langevin (Voi Vod) juntaram suas forças em um novo projeto, criaram as melhores expectativas, que se confirmaram no autointitulado álbum de estreia do Tau Cross, onde mesclaram de forma primorosa Punk, Crust e Thrash Metal. Em Pillar Of Fire não só conseguem manter a qualidade mostrada no debut, como conseguem ir além, trazendo para sua música até mesmo alguns elementos acústicos que surgem aqui e ali. Os vocais de Miller continuam intensos e variados, e o ótimo trabalho de guitarra, com riffs simples, pesados e altamente funcionais, é um outro ponto a se destacar. Diversificado, divertido e cativante como poucos álbuns que escutei neste ano. (8,5)

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Masterplan – PumpKings (2017)
(AFM Records – Importado)
 

No meio da música, poder fazer algo não significa que tenha propriamente que fazer. Timing também é algo muito importante, já que, dependendo da situação, você pode passar a impressão de oportunismo. Roland Grapow tem uma história importante ao lado do Helloween, mas lançar um trabalho com versões de músicas dos alemães que ele ou escreveu ou coescreveu, em um momento em que esses estão em uma badalada turnê mundial ao lado de Kai Hansen e Michael Kiske (e da qual ele ficou fora por motivos mais que óbvios), faz com que PumpKings tenha um tremendo cheiro de caça-níqueis. Mas, sejamos justos, obstante essa sensação chata, estamos diante de um bom trabalho, já que o conteúdo do álbum, além de agradável, é bem coeso e sólido. Além disso, as versões ficaram bem legais, com uma cara mais próxima do que o Masterplan faz em seus álbuns, muitas vezes estando mais rápidas e pesadas que as originais. Certamente vai agradar aos fãs do seu trabalho, mas ainda assim aquela impressão de oportunismo não se dissipa. Aos interessados, PumpKings está saindo em versão nacional pela Valhall Music. (7,5)

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Lacrimosa - Testimonium (2017)
(Hall Of Sermon – Importado)
 

O 13º álbum de estúdio do Lacrimosa é, segundo Tilo Wolff, dedicado a grandes artistas que faleceram no ano de 2016 e que lhe serviram de inspiração. E como não poderia ser diferente, sua mescla de Música Clássica, Darkwave, Rock Gótico e Metal, possui aquela atmosfera escura que nos acostumamos em trabalhos do grupo. Pendendo um pouco mais para o Gothic Metal, Testimonium tem bom peso, mas peca por muitas vezes soar previsível, já que nada aqui surpreende o ouvinte. Além disso, falta ao álbum aquela canção bombástica, que gruda na sua cabeça e você demora dias e dias para esquecer. Ainda assim, é justamente por ser tão óbvio, que certamente fará a alegria dos fãs. (7,5)

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Desultory - Through Aching Aeons (2017)
(Pulverised Records – Importado)
 

Ah, o bom e velho Death Metal Sueco! Pois é isso que encontramos em Through Aching Aeons, 5º trabalho de estúdio dos veteranos do Desultory. O peso se faz presente com sobra aqui, enquanto as guitarras despejam riffs violentos e são responsáveis por melodias um tanto sombrias, fazendo com que sua sonoridade soe como uma mescla de Dismember, Entombed e At The Gates. Podem até não alcançar o nível de excelência de Into Eternity (93) e Bitterness (94), mas ainda assim nos apresentam um registro de Death Metal forte, feroz e potente, desses capazes de moer pescoços alheios. (8,0)

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Arthemis - Blood - Fury - Domination (2017)
(Scarlet Records – Importado)
 

Quando pensamos em uma banda de Power Metal vinda da Itália, de imediato já imaginamos algo na linha do Rhapsody (of Fire) e afins, com partes velozes e melodias e partes sinfônicas aos borbotões. Mas esse não é o caso do Arthemis, banda que está na ativa desde 1999 e que chega ao seu 8º álbum. Seu Power Metal é pesado, moderno, com alguns bons flertes com Thrash/Groove, fugindo assim de uma fórmula que já está pra lá de desgastada e que raramente tem rendido algo memorável nos últimos anos. Uma surpresa para lá de positiva. (7,5)

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