Necrofobia – Membership (2019)
(Independente - Nacional)
01. Membership
02. Silent Protest
03. Perpétua 136
04. Blindness
05. Rotten Brain
06. Real Fiction
07. Apatia Social
08. Cemetery of Oblivion
09. Circle of Trust
10. Devil´s Lap
11. Unused Right
12. Worthless Lives
13. Guzzardi (faixa bônus)
Você pode desconhecer o Necrofobia e pensar que se trata de uma banda iniciante, mas a verdade é que o grupo oriundo de Ribeirão Preto/SP, já está na estrada desde 1994. Esse desconhecimento certamente se dá pelo fato de que, em 25 anos de carreira, Membership é apenas seu segundo álbum de estúdio, sendo que o mesmo está separado do debut, Dead Soul, por nada menos do que 15 anos. Nesse tempo, não pausaram as atividades, e continuaram na ativa, fazendo shows, mas passaram pelas inevitáveis mudanças de formação, inclusive com o falecimento de seu guitarrista, Raphael Guzzardi, durante o período de composição e gravação do álbum.
Quem teve a oportunidade de escutar Dead Soul, se deparou com um Thrash Metal tipicamente noventista, calcado principalmente no Sepultura da fase Chaos. A.D., e em Pantera, com destaque para a força dos riffs. Padecia um pouco de originalidade? Sim, mas ainda era um trabalho de muita qualidade, que mostrava uma banda que tinha tudo para figurar entre as grandes do cenário nacional. Pois bem! Nesses 15 anos, o Necrofobia evoluiu e aperfeiçoou seu som, alcançando aquele patamar que todos imaginavam que podiam chegar. Hoje, conseguem soar ainda mais pesados e diversificados, além de ter uma cara própria.
A qualidade dos temas aqui encontrados é algo que não se pode discutir. A agressividade e energia que emana de seu Thrash Metal é algo impressionante, e mesmo que sua sonoridade remeta diretamente as bandas dos anos 90, de forma alguma soam como uma emulação. É aquela situação onde você pode até notar as influências, mas não fica com a sensação do “eu já ouvi isso antes”. Os vocais de Romulo Felício são fortes, e em alguns momentos chegam a remeter aos de Max Cavalera, enquanto as guitarras despejam riffs realmente impressionantes. Vale dizer que boa parte das guitarras foram gravadas por Raphael Guzzardi, exceto os solos, que foram feitos por Rodrigo Tarelho, Romulo Felício (em “Circle of Trust”) e Alexandre Boetto (na faixa bônus “Guzzardi”). Quanto a parte rítmica, com João Manechini (baixo) e André Faggion (bateria), se mostra precisa, técnica e diversificada.
(Independente - Nacional)
01. Membership
02. Silent Protest
03. Perpétua 136
04. Blindness
05. Rotten Brain
06. Real Fiction
07. Apatia Social
08. Cemetery of Oblivion
09. Circle of Trust
10. Devil´s Lap
11. Unused Right
12. Worthless Lives
13. Guzzardi (faixa bônus)
Você pode desconhecer o Necrofobia e pensar que se trata de uma banda iniciante, mas a verdade é que o grupo oriundo de Ribeirão Preto/SP, já está na estrada desde 1994. Esse desconhecimento certamente se dá pelo fato de que, em 25 anos de carreira, Membership é apenas seu segundo álbum de estúdio, sendo que o mesmo está separado do debut, Dead Soul, por nada menos do que 15 anos. Nesse tempo, não pausaram as atividades, e continuaram na ativa, fazendo shows, mas passaram pelas inevitáveis mudanças de formação, inclusive com o falecimento de seu guitarrista, Raphael Guzzardi, durante o período de composição e gravação do álbum.
Quem teve a oportunidade de escutar Dead Soul, se deparou com um Thrash Metal tipicamente noventista, calcado principalmente no Sepultura da fase Chaos. A.D., e em Pantera, com destaque para a força dos riffs. Padecia um pouco de originalidade? Sim, mas ainda era um trabalho de muita qualidade, que mostrava uma banda que tinha tudo para figurar entre as grandes do cenário nacional. Pois bem! Nesses 15 anos, o Necrofobia evoluiu e aperfeiçoou seu som, alcançando aquele patamar que todos imaginavam que podiam chegar. Hoje, conseguem soar ainda mais pesados e diversificados, além de ter uma cara própria.
A qualidade dos temas aqui encontrados é algo que não se pode discutir. A agressividade e energia que emana de seu Thrash Metal é algo impressionante, e mesmo que sua sonoridade remeta diretamente as bandas dos anos 90, de forma alguma soam como uma emulação. É aquela situação onde você pode até notar as influências, mas não fica com a sensação do “eu já ouvi isso antes”. Os vocais de Romulo Felício são fortes, e em alguns momentos chegam a remeter aos de Max Cavalera, enquanto as guitarras despejam riffs realmente impressionantes. Vale dizer que boa parte das guitarras foram gravadas por Raphael Guzzardi, exceto os solos, que foram feitos por Rodrigo Tarelho, Romulo Felício (em “Circle of Trust”) e Alexandre Boetto (na faixa bônus “Guzzardi”). Quanto a parte rítmica, com João Manechini (baixo) e André Faggion (bateria), se mostra precisa, técnica e diversificada.
A sequência de abertura é simplesmente destruidora, com a enérgica e rápida “Membership”, e a agressiva “Silent Protest”, com partes mais cadenciadas e ótima parte rítmica. “Perpétua 136” é um ótimo Crossover, sendo seguida pela intensa e mais cadenciada “Blindness”. “Rotten Brain” se destaca pelos ótimos vocais; “Real Fiction” é cariada e com um ótimo trabalho de guitarras; “Apatia Social” é outro Crossover violento, enquanto “Cemetery of Oblivion” e “Circle of Trust” tem aquela pegada Thrash típica dos anos 90, carregadas de groove e agressividade. Na sequência final temos a violenta “Devil´s Lap”, a curta, intensa e direta “Unused Right”, a veloz e enérgica “Worthless Lives”, e a faixa bônus “Guzzardi”, bem diversificada e com um solo que se destaca pelas boas melodias.
A produção, a cargo de Romulo Felício, ficou muito boa, tendo sido muito feliz na escolha dos timbres, além de conseguir equilibrar muito bem clareza, peso e agressividade. Soa orgânica, mas sem perder aquela pegada mais moderna e atual. A parte gráfica também ficou boa, tendo sido obra de Roger Gaulês. Apresentando uma música diversificada, e que esbanja intensidade e energia, o Necrofobia agrada em cheio aos fãs daquele Thrash mais “moderno”, com groove, e que remete diretamente aos anos 90. Desde já, um dos melhores álbuns nacionais de 2019.
NOTA: 87
Necrofobia é:
- Romulo Felício (Vocal/Guitarra)
- Rodrigo Tarelho (Guitarra)
- João Manechini (Baixo)
- André Faggion (Bateria)
Homepage
YouTube
Spotify
Nenhum comentário:
Postar um comentário