quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Malkuth – Voodoo (2018)


Malkuth – Voodoo (2018)
(Obskure Chaos Distro – Nacional)


01. Rites Of Fullmoon Over The Sepultures
02. Shoot To Kill (je$u$)
03. The Old Blade
04. Anticristum (Bellicus)
05. Dead (Cold… As The Graveyard)
06. Voodoo (Demoni Invocation)
07. Dense Forest, Nocturnal Paths
08. Place Of Pain, Desolation, Sadness And War
09. Shadows

Não é de hoje que o Nordeste revela grandes nomes para o cenário metálico brasileiro, e o pernambucano Malkuth é um exemplo. Na estrada desde 1993, chamaram a atenção de imediato dos fãs de Black Metal com o EP Under Delight of the Black Candle (97), e os álbuns The Dance of the Satan's Bitch (98) e Extreme Bizarre Seduction (01). Os 4 trabalhos de estúdio que vieram na sequência, Destroying the Symbols of Lies (02), Fourth Empire (03), Nekro Kult Khaos (06) e Strongest (11), serviram para consolidá-los como uma das principais hordas do estilo no país.

Após 7 anos, onde lançaram um trabalho ao vivo, Noite de Necromancia (15), e um EP, Shoot to Kill (Je$us) (17), finalmente retornam com seu 7º álbum de estúdio, intitulado Voodoo. Quem acompanhou a horda nessas mais de 2 décadas, pode observar como, trabalho a trabalho, foram evoluindo e amadurecendo sua música, sem que para isso necessitassem fazer concessões estilísticas. Maturidade não significa virar as costas para duas raízes, e aqui temos a prova disso. Sendo assim, a música aqui presente continua simples, brutal, agressivo e sim, melódico. Mesclando a escola nórdica e a grega, conseguem moldar um som unicamente seu, e que apesar da fidelidade, consegue soar atual aos ouvidos de quem escuta (méritos da produção).


A mescla de velocidade e cadência dá diversidade as canções, que se destacam pelo ótimo trabalho das guitarras, assim como pela parte rítmica, bem variada. Os teclados surgem de forma bem pontual e discreta, sem querer assumir o papel de protagonista, ajudando a dar um clima mais sombrio as músicas. Riffs ríspidos e cortantes dão as caras em canções como a esmagadora “Shoot To Kill (je$u$)”, a veloz “The Old Blade”, a pesada e fria “Anticristum (Bellicus)”, cantada em português, a gélida “Dead (Cold… As The Graveyard)”, onde o teclado e a parte rítmica assumem papel de destaque, e a simples e direta “Dense Forest, Nocturnal Paths”. “Voodoo (Demoni Invocation)” tem tudo para se tornar um hino da banda, com sua bateria avassaladora e melodias na medida certa, não podendo ser esquecida de forma alguma.

A produção, que ficou por conta da banda e de Joel Lima, soa muito menos crua que em trabalhos anteriores, mas sem cometer nenhum exagero, já que a agressividade, o peso e a sujeira continuam presentes. A timbragem também está ótima. Isso acabou fazendo muito bem a sonoridade do álbum e ajudou demais no resultado positivo que temos. Já a parte gráfica foi obra de Wagner de Matos, com layout de Dmysteriis e Destroyer. Ao final, temos um dos melhores álbuns de Black Metal que você escutará em 2018, agressivo, blasfemo, enérgico, e que certamente assumirá uma posição de destaque dentro da discografia do Malkuth.

NOTA: 86

Malkuth (gravação):
- Sir Ashtaroth (vocal/guitarra);
- Agares (guitarra/teclado);
- Dmysteriis (baixo);
- Destroyer (bateria).

Malkuth é:
- Sir Ashtaroth (vocal/guitarra);
- Rangda Daeva (guitarra/teclado);
- Ghoul (baixo);
- Destroyer (bateria).

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Sangue Frio Produções (Assessoria)

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