segunda-feira, 30 de maio de 2016

Metal Church – XI (2016)


Metal Church – XI (2016)
(Shinigami Records – Nacional)


01. Reset
02. Killing Your Time
03. No Tomorrow
04. Signal Path
05. Sky Falls In
06. Needle and Suture
07. Shadow
08. Blow Your Mind
09. Soul Eating Machine
10. It Waits
11. Suffer Fools

O Metal Church sempre foi umas das bandas mais legais dos anos 80, apesar de nunca ter recebido todo o reconhecimento que merecia. Surgida em 1980 com o nome de Shrapnel (que perdurou até 82), através das mãos do guitarrista Kurdt Vanderhoof, sua história possui uma ligação com a do Metallica, já que ambas surgiram em São Francisco no início dos anos 80, Lars Ulrich chegou a tocar brevemente com o grupo em 1981 e John Marshall, substituto de Kurdt quando esse se afastou do grupo em 1987, foi roadie de James Hetfield, tendo inclusive substituído este em alguns shows nos anos de 86 e 92.

Com o saudoso David Wayne nos vocais, foram responsáveis por dois clássicos absolutos do Metal, Metal Church (84) e The Dark (86), e mesmo após a saída do “Reverendo” e a entrada de Mike Howe, ainda conseguiram manter o nível com 3 álbuns muito bons, com maior destaque para Blessing in Desguise (89) e Hanging in the Balance (93). Após esse último, se separaram para depois retornar em duas outras oportunidades. A primeira entre 1998-2009, que resultou em mais 4 álbuns, sendo um com David Wayne (Masterpeace (99)) e outros 3 com Ronny Munroe e a segunda em 2012, que rendeu mais um trabalho com Munroe.

A verdade é que em ambos os retornos, o Metal Church nunca chegou a lançar um álbum no nível de sua fase inicial, apresentando sempre a seus fãs trabalhos medianos. Após Generation Nothing (13), Munroe saiu da banda e eis que Kurdt trouxe de volta ninguém menos que Mike Howe. E olha, isso fez um bem tremendo à banda, já que o que ouvimos aqui pode não estar no nível dos dois primeiros trabalhos, mas recupera muito do brilho de seu início.

O Metal Church sempre navegou com muita naturalidade entre o Heavy, o Power e o Thrash, com seu Metal agressivo, pesado e carregado de ótimas melodias e isso fazia dela uma banda acima da média. Isso foi resgatado aqui e com uma vantagem, já que apesar de nos remeter diretamente ao seu passado, sua música soa bem atual, longe de ser datada. Mike Howe mostra a sua já conhecida categoria, chegando até mesmo a remeter a Wayne em alguns momentos. Já Kurdt e Rick van Zandt se mostram afiadíssimos, com um trabalho excepcional de guitarras, despejando ótimos riffs e solos, enquanto Steve Unger (baixo) e Jeff Plate (bateria) formam uma parte rítmica coesa, pesada e que dá variação às músicas.

As canções estão bem variadas e temos desde faixas mais velozes até outras mais cadenciadas, e aponto como minhas preferidas “Reset”, “Killing Your Time”, “No Tomorrow”, “Needle and Suture”, “Blow Your Mind”, “Soul Eating Machine” e “Suffer Fools”.

A produção e masterização ficaram a cargo de Kurdt, que também mixou XI ao lado de Chris Collier. Tudo muito bem feito. Pesado, agressivo, mas sem abrir mão da melodia e principalmente, com a criatividade em dia, O Metal Church volta a velha forma e lança seu melhor trabalho desde Hanging in the Balance. Certamente um dos grandes álbuns de 2016.

NOTA: 8,5

Metal Church é:
- Mike Howe (Vocal)
- Kurdt Vanderhoof (Guitarra)
- Rick van Zandt (Guitarra)
- Steve Unger (Baixo)
- Jeff Plate (Bateria)

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