The Goths - The Death (2016)
(Independente - Nacional)
01. The Death
02. Killing Your Fate
03. Kingdom of Sorrow
04. Waiting for Changes
05. Me… My Own Enemy
06. Strange Way of Living
07. Nightmares in Your Head
08. Too Late
Por mais que o Brasil tenha sonoridades mais extremas em seu DNA metálico, isso nunca impediu que aparecessem por aqui bandas de qualidade se enveredando por sonoridades mais tradicionais e melódicas. Surgido no ano de 2004 na cidade de Campinas/SP, o The Goths, que chega a seu trabalho de estréia, se envereda exatamente por esses caminhos. E bem, isso é algo louvável, ao menos do meu sincero ponto de vista.
Aqui nos deparamos com uma música que transita entre o Heavy e o Thrash, mantendo um pé em sonoridades mais Old School e o outro nas mais modernas, o que acaba por dar um ar mais atual a seu trabalho. De cara um ponto chama muito a atenção e permeia toda a audição de The Death, que é a similaridade assustadora dos vocais de Felipe Disselli com os de James Hetfield. Por mais que o mesmo seja um pouco mais grave, a sombra de James e do Metallica, principalmente sua fase mais melódica (entenda-se Black Album), se faz presente com certa intensidade em diversos momentos. Não chega a soar como cópia, longe disso, mas em algumas ocasiões me atrapalhou a detectar outras influências que se fazem presentes aqui, como Megadeth, Anthrax e algo de NWOBHM (prestem atenção nos riffs).
Tecnicamente falando, ouvimos muita qualidade aqui. O trabalho de guitarras é muito bom, tendo ficado a cargo de Felipe e Bruno Gusman (o posto hoje é ocupado por Felipe Hervoso). Boas bases, riffs fortes e como já dito, com influência de Metal Tradicional e algumas melodias simplesmente grudentas. Os caras estão de parabéns! Já a parte rítmica mostra bastante solidez, com o baixo de Fabio Ferrucio, que gravou o álbum (hoje o posto de baixista pertence a Will Costa) se mostrando bem marcante e a bateria de Lucas Disselli dando peso e diversidade as canções.
Das 8 músicas presentes aqui, a única que realmente não me agradou foi a power ballad "Waiting for Changes". Me soou desinteressante e vai ser aquela faixa que de hoje em diante vou pular quando for escutar o CD. Em contrapartida, "The Death", "Killing Your Fate", "Me… My Own Enemy" e "Strange Way of Living" (Imaginem um Metallica com suas influências NWOBHM escancaradas) te fazem esquecer por completo de tal deslize, já que possuem muita qualidade.
A produção ficou a cargo de Renato Napty e conseguiu equilibrar muito bem peso e melodia. Me incomodou um pouco o que considerei como um certo excesso de crueza na mesma, algo que pode vir a ser um pouco mais refinado no próximo álbum, mas nesse ponto talvez estejamos falando muito mais de um gosto pessoal meu e com certeza a sonoridade de The Death vai agradar a muita gente. A parte gráfica também mostra muita qualidade, com uma capa bem legal de Marcelo Nespit e fotos por Maya Rossi.
Claro que arestas sempre devem ser aparadas aqui e ali, ainda mais nesse caso que se trata de um trabalho de estréia e no caso do The Goths, a similaridade com a fase Black Album do Metallica que ocorre em algumas passagens é algo que pode ser lapidado, mas nem de longe isso tira os méritos ou a identidade do som da banda. Justamente o contrário, mostrando muito potencial e uma música que alia muito bem o passado e o presente em sua sonoridade, o quarteto campineiro te deixa com aquele gosto de quero mais e ansioso por um próximo trabalho.
NOTA: 8,0
The Goths (Gravação):
- Felipe Disselli (Vocal/Guitarra)
- Bruno Gusman (Guitarra)
- Fabrício Ferrucio (Baixo)
- Lucas Disselli (Bateria)
The Goths é:
- Felipe Disselli (Vocal/Guitarra)
- Felipe Hervoso (Guitarra)
- Will Costa (Baixo)
- Lucas Disselli (Bateria)
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01. The Death
02. Killing Your Fate
03. Kingdom of Sorrow
04. Waiting for Changes
05. Me… My Own Enemy
06. Strange Way of Living
07. Nightmares in Your Head
08. Too Late
Por mais que o Brasil tenha sonoridades mais extremas em seu DNA metálico, isso nunca impediu que aparecessem por aqui bandas de qualidade se enveredando por sonoridades mais tradicionais e melódicas. Surgido no ano de 2004 na cidade de Campinas/SP, o The Goths, que chega a seu trabalho de estréia, se envereda exatamente por esses caminhos. E bem, isso é algo louvável, ao menos do meu sincero ponto de vista.
Aqui nos deparamos com uma música que transita entre o Heavy e o Thrash, mantendo um pé em sonoridades mais Old School e o outro nas mais modernas, o que acaba por dar um ar mais atual a seu trabalho. De cara um ponto chama muito a atenção e permeia toda a audição de The Death, que é a similaridade assustadora dos vocais de Felipe Disselli com os de James Hetfield. Por mais que o mesmo seja um pouco mais grave, a sombra de James e do Metallica, principalmente sua fase mais melódica (entenda-se Black Album), se faz presente com certa intensidade em diversos momentos. Não chega a soar como cópia, longe disso, mas em algumas ocasiões me atrapalhou a detectar outras influências que se fazem presentes aqui, como Megadeth, Anthrax e algo de NWOBHM (prestem atenção nos riffs).
Tecnicamente falando, ouvimos muita qualidade aqui. O trabalho de guitarras é muito bom, tendo ficado a cargo de Felipe e Bruno Gusman (o posto hoje é ocupado por Felipe Hervoso). Boas bases, riffs fortes e como já dito, com influência de Metal Tradicional e algumas melodias simplesmente grudentas. Os caras estão de parabéns! Já a parte rítmica mostra bastante solidez, com o baixo de Fabio Ferrucio, que gravou o álbum (hoje o posto de baixista pertence a Will Costa) se mostrando bem marcante e a bateria de Lucas Disselli dando peso e diversidade as canções.
Das 8 músicas presentes aqui, a única que realmente não me agradou foi a power ballad "Waiting for Changes". Me soou desinteressante e vai ser aquela faixa que de hoje em diante vou pular quando for escutar o CD. Em contrapartida, "The Death", "Killing Your Fate", "Me… My Own Enemy" e "Strange Way of Living" (Imaginem um Metallica com suas influências NWOBHM escancaradas) te fazem esquecer por completo de tal deslize, já que possuem muita qualidade.
A produção ficou a cargo de Renato Napty e conseguiu equilibrar muito bem peso e melodia. Me incomodou um pouco o que considerei como um certo excesso de crueza na mesma, algo que pode vir a ser um pouco mais refinado no próximo álbum, mas nesse ponto talvez estejamos falando muito mais de um gosto pessoal meu e com certeza a sonoridade de The Death vai agradar a muita gente. A parte gráfica também mostra muita qualidade, com uma capa bem legal de Marcelo Nespit e fotos por Maya Rossi.
Claro que arestas sempre devem ser aparadas aqui e ali, ainda mais nesse caso que se trata de um trabalho de estréia e no caso do The Goths, a similaridade com a fase Black Album do Metallica que ocorre em algumas passagens é algo que pode ser lapidado, mas nem de longe isso tira os méritos ou a identidade do som da banda. Justamente o contrário, mostrando muito potencial e uma música que alia muito bem o passado e o presente em sua sonoridade, o quarteto campineiro te deixa com aquele gosto de quero mais e ansioso por um próximo trabalho.
NOTA: 8,0
The Goths (Gravação):
- Felipe Disselli (Vocal/Guitarra)
- Bruno Gusman (Guitarra)
- Fabrício Ferrucio (Baixo)
- Lucas Disselli (Bateria)
The Goths é:
- Felipe Disselli (Vocal/Guitarra)
- Felipe Hervoso (Guitarra)
- Will Costa (Baixo)
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Muito obrigado, fico extremamente feliz com as palavras e com as críticas construtivas, sensacional a resenha, muito obrigado pelo apoio e incentivo
ResponderExcluirAss,
Felipe Disselli