Destruction - Born to Perish (2019)
(Nuclear Blast/Shinigami Records - Nacional)
01. Born To Perish
02. Inspired By Death
03. Betrayal
04. Rotten
05. Filthy Wealth
06. Butchered For Life
07. Tyrants Of The Netherworld
08. We Breed Evil
09. Fatal Flight 17
10. Ratcatcher
11. Hellbound (bonus track)
O status de lenda do Thrash Metal mundial conquistado pelo Destruction, não pode e nem deve ser discutido. Estamos falando de uma das bandas mais influentes e seminais do estilo, membro do Big 4 Teutônico, ao lado de Kreator, Sodom e Tankard, e responsável por clássicos indiscutíveis nos anos 80, como o EP Sentence of Death (84), além dos maravilhosos Infernal Overkill (85) e Eternal Devastation (86). É verdade que após o “retorno” em 2000, com All Hell Breaks Loose, alternaram entre ótimos lançamentos, como The Antichrist (01), trabalhos medianos, como Inventor of Evil (05), e outros sem muita inspiração, caso do fraco Spiritual Genocide (12), mas com Under Attack as coisas aparentemente voltaram a entrar nos eixos.
Descontando a fase compreendida entre 1994 e 1998 – que rendeu dois EP’s, Destruction (94) e Them Not Me (95), e um álbum, The Least Successful Human Cannonball (98) –, desconsiderada pela banda no que tange sua discografia oficial, e os dois álbuns de regravações, Thrash Anthems I (07) e II (17), Born to Perish é o seu 13º trabalho de estúdio, e continua do ponto em que seu antecessor parou. Marca também mudanças importantes na formação da banda, com a entrada do baterista Randy Black (Primal Fear, Annihilator, Rebellion), que substituiu Vaaver, e a inclusão de um segundo guitarrista, Damir Eskić (ex-Gonoreas), transformando-os novamente em um quarteto, algo que não ocorria desde os anos 90.
Mantendo a pegada de Under Attack, o Destruction continua o processo de aproximação com suas raízes, mas sem perder suas características mais modernas, que adquiriu desde o retorno. Tecnicamente falando, a entrada de Randy e Damir elevou o nível da banda, já que ambos são muito talentosos e agregaram qualidade. Os vocais de Schmier soam mais odiosos e corrosivos a cada lançamento, mostrando que o tempo só faz bem a sua voz. Mike dispensa apresentações, mas é indiscutível que a inclusão de Eskić tornou o que era ótimo, ainda melhor. As canções ganham uma nova dimensão, e a parede de guitarras chega a ser opressora em alguns momentos, sem contar os ótimos solos que surgem aqui e ali. Sem dúvida, temos os melhores riffs da banda em anos aqui. Quando a Randy, talvez seja o baterista mais capaz a comanda o kit da banda nessas quase 4 décadas, e seu trabalho é preciso e grandioso.
(Nuclear Blast/Shinigami Records - Nacional)
01. Born To Perish
02. Inspired By Death
03. Betrayal
04. Rotten
05. Filthy Wealth
06. Butchered For Life
07. Tyrants Of The Netherworld
08. We Breed Evil
09. Fatal Flight 17
10. Ratcatcher
11. Hellbound (bonus track)
O status de lenda do Thrash Metal mundial conquistado pelo Destruction, não pode e nem deve ser discutido. Estamos falando de uma das bandas mais influentes e seminais do estilo, membro do Big 4 Teutônico, ao lado de Kreator, Sodom e Tankard, e responsável por clássicos indiscutíveis nos anos 80, como o EP Sentence of Death (84), além dos maravilhosos Infernal Overkill (85) e Eternal Devastation (86). É verdade que após o “retorno” em 2000, com All Hell Breaks Loose, alternaram entre ótimos lançamentos, como The Antichrist (01), trabalhos medianos, como Inventor of Evil (05), e outros sem muita inspiração, caso do fraco Spiritual Genocide (12), mas com Under Attack as coisas aparentemente voltaram a entrar nos eixos.
Descontando a fase compreendida entre 1994 e 1998 – que rendeu dois EP’s, Destruction (94) e Them Not Me (95), e um álbum, The Least Successful Human Cannonball (98) –, desconsiderada pela banda no que tange sua discografia oficial, e os dois álbuns de regravações, Thrash Anthems I (07) e II (17), Born to Perish é o seu 13º trabalho de estúdio, e continua do ponto em que seu antecessor parou. Marca também mudanças importantes na formação da banda, com a entrada do baterista Randy Black (Primal Fear, Annihilator, Rebellion), que substituiu Vaaver, e a inclusão de um segundo guitarrista, Damir Eskić (ex-Gonoreas), transformando-os novamente em um quarteto, algo que não ocorria desde os anos 90.
Mantendo a pegada de Under Attack, o Destruction continua o processo de aproximação com suas raízes, mas sem perder suas características mais modernas, que adquiriu desde o retorno. Tecnicamente falando, a entrada de Randy e Damir elevou o nível da banda, já que ambos são muito talentosos e agregaram qualidade. Os vocais de Schmier soam mais odiosos e corrosivos a cada lançamento, mostrando que o tempo só faz bem a sua voz. Mike dispensa apresentações, mas é indiscutível que a inclusão de Eskić tornou o que era ótimo, ainda melhor. As canções ganham uma nova dimensão, e a parede de guitarras chega a ser opressora em alguns momentos, sem contar os ótimos solos que surgem aqui e ali. Sem dúvida, temos os melhores riffs da banda em anos aqui. Quando a Randy, talvez seja o baterista mais capaz a comanda o kit da banda nessas quase 4 décadas, e seu trabalho é preciso e grandioso.
A sequência inicial é destruidora. De cara, temos a agressiva “Born To Perish”, um desses sons clássicos da banda, e perfeito para bater cabeça, seguida pela sombria “Inspired By Death”, com seus riffs fortes e afiados, e a direta “Betrayal”, uma canção capaz de empolgar até mesmo um zumbi, graças as suas ótimas guitarras e vocais variados. O álbum segue com “Rotten”, canção um pouco genérica, mas com riffs violentos e linha de baixo bem marcante; “Filthy Wealth”, com uma pegada bem Motörhead, e a densa “Butchered For Life”, que foge um pouco do padrão da banda. “Tyrants Of The Netherworld” recupera muito da fúria primal da banda, sendo impossível não lembrar dos tempos de Sentence of Death, muito pela crueldade dos seus riffs. Sem dúvida, um dos destaques aqui. “We Breed Evil” é furiosa, e conta com riffs duros e violentos; “Fatal Flight 17” é veloz e tem ótimas guitarras, e “Ratcatcher”, apesar de um pouco repetitiva, tem uma ótima linha de bateria. De bônus, temos uma ótima versão para “Hellbound”, clássico dos ingleses do Tygers of Pan Tang.
As produções mais recentes do Destruction pecavam pelo excesso de saturação, algo que foi finalmente corrigido em Under Attack e Thrash Antems. A produção, mixagem e masterização ficaram mais uma vez a cargo de V. O. Pulver (Burning Witches, Nervosa, Pänzer). O resultado é muito bom. A capa é obra de Gyula Havancsák (Accept, Blind Guardian, Grave Digger, Tankard). Estamos diante de um novo clássico, de um álbum que pode ser colocado frente a frente com os trabalhos do período inicial da banda? Não. Mas de forma algum significa que este não seja um bom trabalho, digno da história do Destruction. Sólido, bruto, e apresentando uma banda revigorada, Born to Perish, é um grito de resistência, uma prova de que Schmier, Mike e cia, ainda tem muita lenha para queimar.
NOTA: 85
Destruction é:
- Schmier (vocal, baixo)
- Mike (guitarra)
- Damir Eskić (guitarra)
- Randy Black (bateria)
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