Blasphematorium - Blasphematorium (2019)
(Tales From The Pit Records/Your Poison Records/Violent Records/Steel Sword Records/Tevas Nascemos Distro/Underground Voice Records/Totem Records)
01. The Four Horsemen
02. Monolith to Foolishness
03. Decay of Men
04. Found in the Dark
05. Fornication Be Thy Name
06. The Blasphematorium
07. The Dark Council
Em um mundo cada vez mais midiático, existem artistas que optam por manter suas identidades ou rostos em segredo. Talvez o maior exemplo disso, atualmente, seja Banksy. No meio da música, isso nunca foi novidade, já que no passado, nomes como Kiss e Daft Punk, e mais recentemente, o Slipknot, se utilizaram por um tempo desse estratagema. Marketing, uma forma de focar apenas na arte, um ato de resistência em uma realidade recheada de subcelebridades, ou simples escolha artística? Não existe uma resposta exata para tal fato. Onde quero chegar com isso tudo? Surgido no ano de 2018, em São Paulo, o Blasphematorium é mais um nome que opta pelo anonimato, já que seus músicos não só escondem seus nomes por detrás de pseudônimos, como também seus rostos são um mistério.
Musicalmente, sua sonoridade é muito bem definida, e remete diretamente ao que convencionou-se chamar de 1ª geração do Black Metal, ou seja, aquelas bandas que mesclavam estilos como o Heavy Tradicional e o Speed Metal, usando de uma estética anticristã. O resultado é uma música veloz, abrasiva e muito pesada, com vocais mais urrados, guitarras com riffs ríspidos, um baixo marcante e uma bateria muito boa. Além disso, elementos daquele Doom mais épico e tradicional, que remetem diretamente ao Cirith Ungol, podem ser observados, e ajudam a, em muitos momentos, criar um clima mais sombrio. Em si, o Blasphematorium não apresenta uma sonoridade inovadora, mas consegue ter uma identidade própria, não soando como simples cópia de bandas mais consagradas no estilo.
(Tales From The Pit Records/Your Poison Records/Violent Records/Steel Sword Records/Tevas Nascemos Distro/Underground Voice Records/Totem Records)
01. The Four Horsemen
02. Monolith to Foolishness
03. Decay of Men
04. Found in the Dark
05. Fornication Be Thy Name
06. The Blasphematorium
07. The Dark Council
Em um mundo cada vez mais midiático, existem artistas que optam por manter suas identidades ou rostos em segredo. Talvez o maior exemplo disso, atualmente, seja Banksy. No meio da música, isso nunca foi novidade, já que no passado, nomes como Kiss e Daft Punk, e mais recentemente, o Slipknot, se utilizaram por um tempo desse estratagema. Marketing, uma forma de focar apenas na arte, um ato de resistência em uma realidade recheada de subcelebridades, ou simples escolha artística? Não existe uma resposta exata para tal fato. Onde quero chegar com isso tudo? Surgido no ano de 2018, em São Paulo, o Blasphematorium é mais um nome que opta pelo anonimato, já que seus músicos não só escondem seus nomes por detrás de pseudônimos, como também seus rostos são um mistério.
Musicalmente, sua sonoridade é muito bem definida, e remete diretamente ao que convencionou-se chamar de 1ª geração do Black Metal, ou seja, aquelas bandas que mesclavam estilos como o Heavy Tradicional e o Speed Metal, usando de uma estética anticristã. O resultado é uma música veloz, abrasiva e muito pesada, com vocais mais urrados, guitarras com riffs ríspidos, um baixo marcante e uma bateria muito boa. Além disso, elementos daquele Doom mais épico e tradicional, que remetem diretamente ao Cirith Ungol, podem ser observados, e ajudam a, em muitos momentos, criar um clima mais sombrio. Em si, o Blasphematorium não apresenta uma sonoridade inovadora, mas consegue ter uma identidade própria, não soando como simples cópia de bandas mais consagradas no estilo.
O ataque começa com a apocalíptica “The Four Horsemen”, com claras influências de Metal Tradicional, riffs ríspidos e um belo trabalho da dupla baixo/bateria. “Monolith to Foolishness” é mais cadenciada e possui aqueles riffs cavalgados, bem típicos dos anos 80, além de soar bem sombria, muito pelo belo trabalho vocal. O solo, bem melódico, é outro ponto de destaque e serve de contraponto para a abrasividade das guitarras. “Decay of Men” é outra onde as melodias Heavy se destacam, com ótimos riffs, bases pesadas e um baixo marcante. “Found in the Dark” apresenta guitarras bem ríspidas, além de boas mudanças de tempo, com destaque para as passagens mais cadenciadas, que dão a canção uma aura mais escura. “Fornication Be Thy Name” tem uma pegada bem Metal Tradicional, por mais que trechos mais arrastados tragam um peso maior para a mesma, e entrega não só boas melodias, como também um ótimo solo, sendo seguido pela igualmente melódica “The Blasphematorium”, com seu ótimo trabalho de guitarra. São quase irmãs gêmeas. Encerrando, a arrastada e opressiva “The Dark Council” traz o foco para aquele Doom mais épico.
A produção está totalmente dentro do padrão esperado para a proposta sonora apresentada, já que apesar de deixar os instrumentos bem audíveis, possui a crueza e a aura impura e blasfêmica que a música pede. Isso também pode ser notado na capa, que deixa bem escancarada o que pretendem passar com suas canções. O Blasphematorium não apresenta nenhuma inovação sonora, mas esse em momento algum é o foco da banda, e isso não têm absolutamente nada de errado. Sua maior qualidade é, como já citado, possuir personalidade, já que por mais que em muitos momentos suas influências possam ser notadas, de forma alguma soam como cópia ou emulação. Ríspido, cru e agressivo, foram buscar inspiração nos primórdios do Black Metal, e acabaram por lançar um dos trabalhos nacionais mais legais de 2019.
NOTA: 88
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