Epica - The Solace System (EP) (2017)
(Nuclear Blast/Shinigami Records)
01. The Solace System
02. Fight Your Demons
03. Architect Of Light
04. Wheel Of Destiny
05. Immortal Melancholy
06. Decoded Poetry
Não nego que por muito tempo eu tinha os dois pés atrás com o Epica. Por mais que eu soubesse que seus fãs amavam álbuns como The Phantom Agony (03) e Consign to Oblivion (05), a banda realmente não me empolgava. Por mais ridículo que possa soar o que vou falar agora, para mim não passava “daquela banda holandesa com a vocalista ruiva bonitinha pela qual o povo aí fica babando”. E sinceramente, continuei com essa visão meio tosca até o lançamento de Requiem for the Indifferent (12), o álbum que disparou um gatilho interno e de certa forma me tornou fã do trabalho do sexteto formado hoje por Simone Simons (vocal), Mark Jansen (guitarra/vocal), Isaac Delahaye (guitarra/vocal), Rob van der Loo (baixo), Coen Janssen (teclado) e Ariën van Weesenbeek (bateria/vocal).
A maturidade musical que o Epica vem mostrando desde então é algo que me impressiona. Mais do que nunca, souberam trazer sua música para os tempos atuais, mas sem deixar de lado qualquer uma de suas características básicas, e seu trabalho anterior, The Holographic Principle (16) é a maior prova disso. E o que temos aqui em The Solace System é a continuação natural deste, até porque as músicas aqui presentes foram compostas na mesma época e só não entraram no álbum por uma questão limitação de espaço do CD, e de o formato de CD duplo não ser algo do agrado da banda. Dessa forma, optaram por guardar as canções e soltar um EP em 2017.
O mais legal é que, apesar de teoricamente serem sobras de estúdio, na prática todas poderiam ter entrado em The Holographic Principle sem qualquer problema. A qualidade das 6 músicas aqui presentes é exatamente a mesma do trabalho principal, o que acaba por fazer desse um material que o fã precisa ter em sua coleção, já que não se trata de um simples caça-níquel. Os vocais de Simone estão ali, no centro de tudo, brilhando cada vez mais, e as orquestrações e coros são definitivamente grandiosos. As guitarras soam pesadas, e com uma sonoridade bem moderna, o que dá um diferencial à banda, pois sua música não soa parada no tempo. É esse peso que acaba por colocar o Epica bem à frente da concorrência, já que o Sinfônico nunca prevalece sobre as guitarras, mas sim as complementa. É um álbum de Heavy Metal acima de tudo.
(Nuclear Blast/Shinigami Records)
01. The Solace System
02. Fight Your Demons
03. Architect Of Light
04. Wheel Of Destiny
05. Immortal Melancholy
06. Decoded Poetry
Não nego que por muito tempo eu tinha os dois pés atrás com o Epica. Por mais que eu soubesse que seus fãs amavam álbuns como The Phantom Agony (03) e Consign to Oblivion (05), a banda realmente não me empolgava. Por mais ridículo que possa soar o que vou falar agora, para mim não passava “daquela banda holandesa com a vocalista ruiva bonitinha pela qual o povo aí fica babando”. E sinceramente, continuei com essa visão meio tosca até o lançamento de Requiem for the Indifferent (12), o álbum que disparou um gatilho interno e de certa forma me tornou fã do trabalho do sexteto formado hoje por Simone Simons (vocal), Mark Jansen (guitarra/vocal), Isaac Delahaye (guitarra/vocal), Rob van der Loo (baixo), Coen Janssen (teclado) e Ariën van Weesenbeek (bateria/vocal).
A maturidade musical que o Epica vem mostrando desde então é algo que me impressiona. Mais do que nunca, souberam trazer sua música para os tempos atuais, mas sem deixar de lado qualquer uma de suas características básicas, e seu trabalho anterior, The Holographic Principle (16) é a maior prova disso. E o que temos aqui em The Solace System é a continuação natural deste, até porque as músicas aqui presentes foram compostas na mesma época e só não entraram no álbum por uma questão limitação de espaço do CD, e de o formato de CD duplo não ser algo do agrado da banda. Dessa forma, optaram por guardar as canções e soltar um EP em 2017.
O mais legal é que, apesar de teoricamente serem sobras de estúdio, na prática todas poderiam ter entrado em The Holographic Principle sem qualquer problema. A qualidade das 6 músicas aqui presentes é exatamente a mesma do trabalho principal, o que acaba por fazer desse um material que o fã precisa ter em sua coleção, já que não se trata de um simples caça-níquel. Os vocais de Simone estão ali, no centro de tudo, brilhando cada vez mais, e as orquestrações e coros são definitivamente grandiosos. As guitarras soam pesadas, e com uma sonoridade bem moderna, o que dá um diferencial à banda, pois sua música não soa parada no tempo. É esse peso que acaba por colocar o Epica bem à frente da concorrência, já que o Sinfônico nunca prevalece sobre as guitarras, mas sim as complementa. É um álbum de Heavy Metal acima de tudo.
Definir as 6 canções aqui presentes é muito simples. É um Power/Prog Metal Sinfônico, com alguns elementos típicos do Death Metal surgindo aqui e ali, pesado, agressivo e grandioso, com partes sinfônicas e coros bombásticos e impactantes. Abrindo o EP temos “The Solace System”, que de cara nos entrega corais explosivos (que perpassam toda a canção), seguidos de guitarras pesadas e ótimas melodias. Se a abertura já impressiona, o que dizer da música seguinte, “Fight Your Demons”. As orquestrações e coros são de cair o queixo, acompanhadas de muito peso, melodias grudentas e com uma dinâmica vocal muito boa. Por mais que seja algo clichê, essa mistura dos vocais de Simone com os guturais de Jansen funciona com perfeição para o Epica. “Architect Of Light” mantém o nível do EP no alto, com ótimas guitarras e um refrão empolgante, enquanto “Wheel Of Destiny” se mostra bem variada, esbanjando peso e energia. “Immortal Melancholy” é uma balada muito emocional e bonita, baseada na guitarra, algo que não me lembro da banda ter feito antes (sempre tiveram como base para as baladas o Piano), e encerrando, “Decoded Poetry”, mais uma a nos entregar muito peso unido a orquestrações marcantes e grandiosas.
Toda a parte de produção ficou por conta de Joost van den Broek e Jacob Hansen, e em nada difere do que tivemos em The Holographic Principle, até porque como já dito, tudo saiu das mesmas sessões de gravação. A capa, novamente ficou por conta de Stefan Heilemann, e também remete em alguns aspectos à do trabalho anterior. O Epica, mais do que tudo, soa enérgico e intenso, e mesmo com tanta coisa ocorrendo ao mesmo tempo, a verdade é que suas canções conseguem soar bem orgânicas e naturais, algo raro nos dias de hoje. E que bom que resolveram presentear seus fãs com tais músicas, pois seria um pecado músicas de tamanha qualidade ficarem esquecidas.
NOTA:91
Epica é:
- Simone Simons (vocal)
- Mark Jansen (guitarra/vocal)
- Isaac Delahaye (guitarra/vocal)
- Rob van der Loo (baixo)
- Coen Janssen (teclado)
- Ariën van Weesenbeek (bateria/vocal)
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