segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Hutt - Apocalipster (2018)



Hutt - Apocalipster (2018)
(Black Hole Productions - Nacional)


01. Flores, Velas e Caixão
02. Perdedor    
03. Tiro e Teco    
04. AUSC    
05. Estopim    
06. Nasceu pra Ser Inglês    
07. Ressurreição do Rico    
08. Fume    
09. Sete Palmos de Esperança    
10. Serão os Esquimós Índios em Iglus    
11. Carimbador   
12. Seja Bem-Vindo ao Circo    
13. HUTT    
14. Burzulão   
15. Faniquito Sorumbático    
16. Danzig In Tha Rain   
17. Salve    
18. Eldorado    
19. Shurimburi    
20. Trágico e Não Letal    
21. Desempregrind    
22. Papai Sabe Tudo    
23. Sem Alma na Alba    
24. Restou Você    
25. Medusa

Quando falamos de Metal, talvez nenhum estilo seja mais vil e infame do que o Grindcore. O Hutt surgiu em São Paulo no ano de 2001, e desde então, vem escrevendo sua história dentro do cenário nacional como uma das principais bandas do estilo, com sua música baixa e abjeta (isso é um elogio, ok). Mas apesar de já estar completando 17 anos de história, sua carreira é marcada por poucos lançamentos, com destaque para seus dois ótimos álbuns, Sessão Descarrego (04) e Monstruário (11). Mas eis que após 7 anos de hiato, nos entregam seu 3º trabalho completo de estúdio, Apocalipster.

Se você tem ouvidos delicados e sensíveis, já vou avisando, mantenha a distância desse artefato, pois o poder de destroçar tímpanos que o mesmo possui é algo assustador. Mal comparando, é uma espécie de Bomba H em formato de áudio. Aqui temos música ríspida, agressiva, bruta e literalmente extrema. Os vocais de Marcelo Appezatto soam totalmente insanos e em muitos momentos, ininteligíveis, exatamente como devem ser. Liandro nos entrega riffs ferozes e capazes de destroçar o que surgir pela frente, enquanto o baixo de André soa forte. A bateria, que aqui foi gravada por Marcelo Choukri, tem o efeito de uma explosão atômica, tamanho seu poder de devastação.

São nada menos do que 25 canções em cerca de 26 minutos, onde personificam o caos em forma de música. Apontar destaques? Sabe aquele clichê do “todas as músicas se destacam”? Então, é bem por aí. As minhas preferidas são “Tiro e Teco”, “Nasceu pra Ser Inglês”, “Ressurreição do Rico”, “Serão os Esquimós Índios em Iglus” (tem banda por ai que em 12 minutos, não consegue fazer algo com a qualidade que o Hutt fez em 12 segundos), “Carimbador”, “HUTT”, “Danzig In Tha Rain”, “Salve” (difícil acreditar que só possui 36 segundos, de tão boa que é), “Shurimburi”, “Trágico e Não Letal”, “Desempregrind” (a melhor de todas), “Sem Alma na Alba” e “Restou Você”.

Apocalipster foi gravado e mixado no Da Tribo, por Ciero e André Stuchi, com masterização de William Blackmoon. Ficou excelente, já que mesmo deixando tudo audível, não tirou nada da agressividade, do extremismo e da sujeira necessárias ao estilo do Hutt. Já a parte gráfica é fantástica, toda em forma de HQ, tendo sido tiradas das revistas Calafrio Edição de Colecionador 1989, Mestres do Terror 53, Almanaque de Histórias Satânicas e Cripta do Terror edições 1, 2 e 3. Mesmo estando ainda em fevereiro, posso afirmar sem medo que esse é um dos melhores álbuns de Metal Extremo que você irá escutar em 2018.

NOTA: 9,0

Hutt é:
 - Appezzato (Vocal);
 - Liandro (Guitarra) ;
 - André (Bateria).

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Bandcamp (Black Hole Productions)


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