Scorpion Child – Scorpion Child (2013)
(Shinigami Records/Nuclear Blast - Nacional)
01. Kings Highway
02. Polygon of Eyes
03. The Secret Spot
04. Salvation Slave
05. Liquor
06. Antioch
07. In The Arms of Ecstasy
08. Paradigm
09. Red Blood (The River Flows)
10. Keep Goin (Lucifer’s Friend cover)
Antes de tudo, cabe dizer ao prezado leitor que a primeira revisão deste álbum foi publicada no ano de 2013 (resenha aqui). Com o mesmo finalmente ganhando uma versão nacional e já tendo se passado 3 anos de seu lançamento, optei por voltar a analisar o mesmo para uma nova resenha. Você certamente pode (e deve) estar se perguntando se isso é algo realmente necessário. Pretendo dar essa resposta nas próximas linhas.
Uma coisa é inegável, não só quando se trata de Metal, como de música em geral. Álbuns envelhecem. Alguns não perdem qualidade com a passagem do tempo e conseguem se manter relevantes, pois sua música consegue soar atemporal, mas outros não resistem ao teste do tempo e acabam por soar datados, perdendo parte de sua força. Não há nada de errado nisso, pois no final, são documentos que refletem o período em que foram compostos.
Felizmente o debut dos texanos do Scorpion Child parece se encaixar no primeiro grupo, por mais que um período de tempo de apenas 3 anos pareça pouco para se fazer tal afirmação. Talvez o fato de terem lançado e passado pelo teste de fogo do segundo álbum nesse ano de 2016 (resenha aqui) tenha influência em tal afirmativa minha, mas a verdade é que seu álbum de estreia me soa quase tão bom quanto da primeira vez em que o escutei.
Surgido em 2006, o grupo texano teve 7 anos para trabalhar e amadurecer bem suas composições antes do lançamento de seu primeiro trabalho e esse tempo foi de suma importância para irem construindo sua identidade. Em um período onde se tornou comum o surgimento de bandas que se enveredam pelos caminhos do Hard/Classic Metal setentista, com grande parte delas procurando emular a sonoridade do Black Sabbath, os americanos procuraram seguir outro caminho. Fazem parte de um seleto grupo de bandas, como Rival Sons, Uncle Acid and Deadbeats, Graveyard, Witchcraft ou Ghost, que mesmo sem negar suas influências, procuram dar suas caras às composições.
É inegável que a influência mais latente do Scorpion Child em seu debut foi o Led Zeppelin, com muito disso podendo ser colocado na conta do vocalista Aryn Jonathan Black, que em muitos momentos consegue soar como uma versão jovem de Robert Plant. Isso pode ser observado, por exemplo, em músicas como “Liquor”, com sua melodia contagiosa, “Antioch”, onde você jura se tratar de alguma faixa perdida do Led, “In The Arms of Ecstasy” e “Paradigm”. Mas limitar a música dos americanos a isso é soar raso. Temos aqui o Blues em “Kings Highway” (que refrão grudento), o Psicodélico em “The Secret Spot”, o Metal Tradicional em “Salvation Slave”, só para ficar em alguns exemplos. Querer negar a influência de outros nomes como Free, Humble Pie ou Lucifer’s Friend (que tem uma de suas músicas brilhantemente coverizada aqui) na música do Scorpion Child é querer dar murro em ponta de faca. Está tudo aqui, basta não se recusar a enxergar.
Excetuando-se “Paradigm”, que foi produzida pela própria banda, o restante do trabalho recebeu a produção de Chris Smith, com mixagem de Jason Buntz e masterização de Dave McNair. Conseguiram dar um ar retrô a gravação (você pode jurar em diversos momentos que o trabalho realmente foi gravado nos anos 70), mas com uma cara moderna, evitando que a mesma soasse datada. Já a capa foi obra de Dehron Hite-Benson.
Não foi sem motivo que tal trabalho entrou na minha lista de melhores de 2013, pois a qualidade demonstrada aqui é indiscutível. Já podíamos enxergar nele todo o potencial do Scorpion Child, que acabou por ser confirmado em seu novo álbum, Acid Roulette. “Ah, mas você está dando uma nota menor a ele hoje do que há 3 anos atrás!”. Sim, é verdade, mas isso se dá puramente pelo brilhantismo de seu novo trabalho e não por já não o considerar tão bom quanto antes. Como disse na época e repito, temos aqui uma banda que tem tudo para brilhar muito nos próximos anos.
NOTA: 8,5
Scorpion Child (gravação):
- Aryn Jonathan Black (vocal)
- Tom Frank (guitarra)
- Chris Cowart (guitarra)
- Shaun Avants (baixo)
- Shawn Alvear (bateria)
Homepage
Facebook
Instagram
Twitter
(Shinigami Records/Nuclear Blast - Nacional)
01. Kings Highway
02. Polygon of Eyes
03. The Secret Spot
04. Salvation Slave
05. Liquor
06. Antioch
07. In The Arms of Ecstasy
08. Paradigm
09. Red Blood (The River Flows)
10. Keep Goin (Lucifer’s Friend cover)
Antes de tudo, cabe dizer ao prezado leitor que a primeira revisão deste álbum foi publicada no ano de 2013 (resenha aqui). Com o mesmo finalmente ganhando uma versão nacional e já tendo se passado 3 anos de seu lançamento, optei por voltar a analisar o mesmo para uma nova resenha. Você certamente pode (e deve) estar se perguntando se isso é algo realmente necessário. Pretendo dar essa resposta nas próximas linhas.
Uma coisa é inegável, não só quando se trata de Metal, como de música em geral. Álbuns envelhecem. Alguns não perdem qualidade com a passagem do tempo e conseguem se manter relevantes, pois sua música consegue soar atemporal, mas outros não resistem ao teste do tempo e acabam por soar datados, perdendo parte de sua força. Não há nada de errado nisso, pois no final, são documentos que refletem o período em que foram compostos.
Felizmente o debut dos texanos do Scorpion Child parece se encaixar no primeiro grupo, por mais que um período de tempo de apenas 3 anos pareça pouco para se fazer tal afirmação. Talvez o fato de terem lançado e passado pelo teste de fogo do segundo álbum nesse ano de 2016 (resenha aqui) tenha influência em tal afirmativa minha, mas a verdade é que seu álbum de estreia me soa quase tão bom quanto da primeira vez em que o escutei.
Surgido em 2006, o grupo texano teve 7 anos para trabalhar e amadurecer bem suas composições antes do lançamento de seu primeiro trabalho e esse tempo foi de suma importância para irem construindo sua identidade. Em um período onde se tornou comum o surgimento de bandas que se enveredam pelos caminhos do Hard/Classic Metal setentista, com grande parte delas procurando emular a sonoridade do Black Sabbath, os americanos procuraram seguir outro caminho. Fazem parte de um seleto grupo de bandas, como Rival Sons, Uncle Acid and Deadbeats, Graveyard, Witchcraft ou Ghost, que mesmo sem negar suas influências, procuram dar suas caras às composições.
É inegável que a influência mais latente do Scorpion Child em seu debut foi o Led Zeppelin, com muito disso podendo ser colocado na conta do vocalista Aryn Jonathan Black, que em muitos momentos consegue soar como uma versão jovem de Robert Plant. Isso pode ser observado, por exemplo, em músicas como “Liquor”, com sua melodia contagiosa, “Antioch”, onde você jura se tratar de alguma faixa perdida do Led, “In The Arms of Ecstasy” e “Paradigm”. Mas limitar a música dos americanos a isso é soar raso. Temos aqui o Blues em “Kings Highway” (que refrão grudento), o Psicodélico em “The Secret Spot”, o Metal Tradicional em “Salvation Slave”, só para ficar em alguns exemplos. Querer negar a influência de outros nomes como Free, Humble Pie ou Lucifer’s Friend (que tem uma de suas músicas brilhantemente coverizada aqui) na música do Scorpion Child é querer dar murro em ponta de faca. Está tudo aqui, basta não se recusar a enxergar.
Excetuando-se “Paradigm”, que foi produzida pela própria banda, o restante do trabalho recebeu a produção de Chris Smith, com mixagem de Jason Buntz e masterização de Dave McNair. Conseguiram dar um ar retrô a gravação (você pode jurar em diversos momentos que o trabalho realmente foi gravado nos anos 70), mas com uma cara moderna, evitando que a mesma soasse datada. Já a capa foi obra de Dehron Hite-Benson.
Não foi sem motivo que tal trabalho entrou na minha lista de melhores de 2013, pois a qualidade demonstrada aqui é indiscutível. Já podíamos enxergar nele todo o potencial do Scorpion Child, que acabou por ser confirmado em seu novo álbum, Acid Roulette. “Ah, mas você está dando uma nota menor a ele hoje do que há 3 anos atrás!”. Sim, é verdade, mas isso se dá puramente pelo brilhantismo de seu novo trabalho e não por já não o considerar tão bom quanto antes. Como disse na época e repito, temos aqui uma banda que tem tudo para brilhar muito nos próximos anos.
NOTA: 8,5
Scorpion Child (gravação):
- Aryn Jonathan Black (vocal)
- Tom Frank (guitarra)
- Chris Cowart (guitarra)
- Shaun Avants (baixo)
- Shawn Alvear (bateria)
Homepage
Nenhum comentário:
Postar um comentário