Gamma Ray - Sigh No More - Anniversary Edition (2015)
(Shinigami Records/earMUSIC - Nacional)
Disco 1:
01. Changes
02. Rich & Famous
03. As Time Goes By
04. (We Won't) Stop the War
05. Father and Son
06. One with the World
07. Start Running
08. Countdown
09. Dream Healer
10. The Spirit
11. Sail On (Live)
12. Changes (Live)
Disco 2:
01. One with the World (Live at Wacken 2011)
02. Dream Healer (Live in Montreal 2006)
03. Changes (Blast from the Past version)
04. Rich and Famous (Blast from the Past version)
05. One with the World (Blast from the Past version)
06. Dream Healer (Blast from the Past version)
07. Heroes (Preproduction)
08. Dream Healer (Preproduction)
09. As Times Goes By (Preproduction)
10. (We Won’t) Stop the War (Preproduction)
11. Dream Healer (Demo)
12. Rich and Famous (Demo)
Após sair do Helloween, Kai Hansen montou o Gamma Ray e começou a produzir freneticamente. Entre 1990 e 1991, soltou não só o elogiado debut da banda, Heading for Tomorrow, como também um EP (Heaven Can Wait), um vídeo da turnê de estreia (Heading for the East) e em seguida, já liberou seu 2º álbum, Sigh no More. Em um primeiro momento, não foi tão bem recebido, mas hoje, analisando de forma imparcial, podemos perceber como certas críticas foram injustas.
O maior “problema” de Sigh no More é não ser um típico álbum de Power Metal, como era esperado pelos fãs. Claro que temos presentes aqui canções com melodias, velozes, potentes, como manda a receita do estilo, mas na maior parte do tempo as influências de estilos como Metal Tradicional e Hard Rock ficam evidentes. Se isso por um lado o torna um trabalho menos típico do estilo, por outro dá a ele uma variedade maior.
Antes de falar mais um pouco do lado musical, vale ressaltar que Sigh no More apresentas duas mudanças em relação à formação que gravou Heading for Tomorrow, uma delas bem marcante. No lugar do baterista Matthias Burchardt, entrou Uli Kusch, que tempos depois assumiria as baquetas do Helloween, e a principal, Dirk Schlächter assumiu a outra guitarra, posto em que se manteve até 1997, quando migrou para o baixo (para quem não sabe, tocou o instrumento em duas músicas do debut, como convidado), onde permanece até hoje.
A sequência inicial é simplesmente matadora. “Changes” abre os trabalhos causando um pouco de estranhamento a quem esperava uma faixa típica do estilo, já que começa mais lenta e foge da fórmula tradicional. Com seu andamento mais variado, tem como destaques o desempenho de Ralf e o ótimo trabalho de guitarras. Em seguida, duas canções mais rápidas e de ótima qualidade, “Rich & Famous”, com refrão cativante e ótimos solos e “As Time Goes By”, uma das mais rápidas de Sigh no More, sendo outra que possui um refrão marcante. As três podem entrar tranquilamente no hall das faixas clássicas da banda. O problema é que dai para frente a inconstância toma conta do álbum, alternando entre faixas medianas ou fracas, como “(We Won't) Stop the War”, “Father and Son” e “Countdown” e que se aproximam em muito do trio inicial, como as típicas “One with the World” e “Start Running”, que possuem a sonoridade clássica do Gamma Ray e a quase épica e variada “Dream Healer”, com suas boas melodias e ótimo trabalho da dupla Kai e Dirk.
Essa edição de aniversário possui um Cd bônus muito legal, contendo versões ao vivo, regravações, demos e versões de pré-produção. Material que certamente fará a alegria dos fãs do Gamma Ray. Originalmente, Sigh no More foi gravado no KARO Studios, com produção e mixagem de Tommy Newton (Helloween, Kreator, Kamelot). Aqui, passou por uma remasterização pelas mãos de Eike Freese (Dark Age, Deep Purple, Deadlock) no Chameleon Studios. Já a capa original, de Roger Gorman (Metallica, Queensrÿche), foi substituída por uma de Hervé Monjeaud (Iron Maiden, Silent Force, Persuader) e o encarte, além de contar um pouco sobre essa fase da banda, também vem recheado de fotos. Ou seja, capricharam no pacote.
O tempo passa, as pessoas vão amadurecendo e deixando certos radicalismos de lado. Recebido com ressalvas na época de seu lançamento, Sigh no More acabou envelhecendo bem e se mostra hoje um álbum bem mais interessante, que foge da fórmula tradicional de se fazer Power Metal. Variado, pesado, com ótimas melodias e desempenhos individuais brilhantes, principalmente do trio Ralf, Kai e Dirk, talvez seja o momento de darmos uma segunda chance ao mesmo. Pode não ser o melhor trabalho dos alemães, mas ainda sim merece muito o nosso respeito.
NOTA: 8,0
Gamma Ray (gravação)
- Ralf Scheepers (vocal)
- Kai Hansen (guitarra)
- Dirk Schlächter (guitarra)
- Uwe Wessel (baixo)
- Uli Kusch (bateria)
Participações especiais:
- Piet Sielck (teclado/backings vocals)
- Tommy Hansen (teclado)
- Fritz Randow (tarol militar na faixa 6)
- Tommy Newton (guitarra nas faixas 5 e 8/backings vocals)
- Rolf Köhler (backings vocals)
Homepage
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(Shinigami Records/earMUSIC - Nacional)
Disco 1:
01. Changes
02. Rich & Famous
03. As Time Goes By
04. (We Won't) Stop the War
05. Father and Son
06. One with the World
07. Start Running
08. Countdown
09. Dream Healer
10. The Spirit
11. Sail On (Live)
12. Changes (Live)
Disco 2:
01. One with the World (Live at Wacken 2011)
02. Dream Healer (Live in Montreal 2006)
03. Changes (Blast from the Past version)
04. Rich and Famous (Blast from the Past version)
05. One with the World (Blast from the Past version)
06. Dream Healer (Blast from the Past version)
07. Heroes (Preproduction)
08. Dream Healer (Preproduction)
09. As Times Goes By (Preproduction)
10. (We Won’t) Stop the War (Preproduction)
11. Dream Healer (Demo)
12. Rich and Famous (Demo)
Após sair do Helloween, Kai Hansen montou o Gamma Ray e começou a produzir freneticamente. Entre 1990 e 1991, soltou não só o elogiado debut da banda, Heading for Tomorrow, como também um EP (Heaven Can Wait), um vídeo da turnê de estreia (Heading for the East) e em seguida, já liberou seu 2º álbum, Sigh no More. Em um primeiro momento, não foi tão bem recebido, mas hoje, analisando de forma imparcial, podemos perceber como certas críticas foram injustas.
O maior “problema” de Sigh no More é não ser um típico álbum de Power Metal, como era esperado pelos fãs. Claro que temos presentes aqui canções com melodias, velozes, potentes, como manda a receita do estilo, mas na maior parte do tempo as influências de estilos como Metal Tradicional e Hard Rock ficam evidentes. Se isso por um lado o torna um trabalho menos típico do estilo, por outro dá a ele uma variedade maior.
Antes de falar mais um pouco do lado musical, vale ressaltar que Sigh no More apresentas duas mudanças em relação à formação que gravou Heading for Tomorrow, uma delas bem marcante. No lugar do baterista Matthias Burchardt, entrou Uli Kusch, que tempos depois assumiria as baquetas do Helloween, e a principal, Dirk Schlächter assumiu a outra guitarra, posto em que se manteve até 1997, quando migrou para o baixo (para quem não sabe, tocou o instrumento em duas músicas do debut, como convidado), onde permanece até hoje.
A sequência inicial é simplesmente matadora. “Changes” abre os trabalhos causando um pouco de estranhamento a quem esperava uma faixa típica do estilo, já que começa mais lenta e foge da fórmula tradicional. Com seu andamento mais variado, tem como destaques o desempenho de Ralf e o ótimo trabalho de guitarras. Em seguida, duas canções mais rápidas e de ótima qualidade, “Rich & Famous”, com refrão cativante e ótimos solos e “As Time Goes By”, uma das mais rápidas de Sigh no More, sendo outra que possui um refrão marcante. As três podem entrar tranquilamente no hall das faixas clássicas da banda. O problema é que dai para frente a inconstância toma conta do álbum, alternando entre faixas medianas ou fracas, como “(We Won't) Stop the War”, “Father and Son” e “Countdown” e que se aproximam em muito do trio inicial, como as típicas “One with the World” e “Start Running”, que possuem a sonoridade clássica do Gamma Ray e a quase épica e variada “Dream Healer”, com suas boas melodias e ótimo trabalho da dupla Kai e Dirk.
Essa edição de aniversário possui um Cd bônus muito legal, contendo versões ao vivo, regravações, demos e versões de pré-produção. Material que certamente fará a alegria dos fãs do Gamma Ray. Originalmente, Sigh no More foi gravado no KARO Studios, com produção e mixagem de Tommy Newton (Helloween, Kreator, Kamelot). Aqui, passou por uma remasterização pelas mãos de Eike Freese (Dark Age, Deep Purple, Deadlock) no Chameleon Studios. Já a capa original, de Roger Gorman (Metallica, Queensrÿche), foi substituída por uma de Hervé Monjeaud (Iron Maiden, Silent Force, Persuader) e o encarte, além de contar um pouco sobre essa fase da banda, também vem recheado de fotos. Ou seja, capricharam no pacote.
O tempo passa, as pessoas vão amadurecendo e deixando certos radicalismos de lado. Recebido com ressalvas na época de seu lançamento, Sigh no More acabou envelhecendo bem e se mostra hoje um álbum bem mais interessante, que foge da fórmula tradicional de se fazer Power Metal. Variado, pesado, com ótimas melodias e desempenhos individuais brilhantes, principalmente do trio Ralf, Kai e Dirk, talvez seja o momento de darmos uma segunda chance ao mesmo. Pode não ser o melhor trabalho dos alemães, mas ainda sim merece muito o nosso respeito.
NOTA: 8,0
Gamma Ray (gravação)
- Ralf Scheepers (vocal)
- Kai Hansen (guitarra)
- Dirk Schlächter (guitarra)
- Uwe Wessel (baixo)
- Uli Kusch (bateria)
Participações especiais:
- Piet Sielck (teclado/backings vocals)
- Tommy Hansen (teclado)
- Fritz Randow (tarol militar na faixa 6)
- Tommy Newton (guitarra nas faixas 5 e 8/backings vocals)
- Rolf Köhler (backings vocals)
Homepage
Está aí uma das bandas que demorei pra conseguir entender a proposta. Curto mais Helloween que Gammaray porém é inegável a genialidade do Hensen, além de muito criativo, é um puta guitarrista e um exímio vocalista. Sobre Sigh No More, este é meu favorito deles, e nas palavras de sua resenha estão ditas as mesmas opiniões da qual compartilho. Baita texto.
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