Sunroad - Wing Seven (2017)
(Musik Records - Nacional)
01. Destiny Shadows
02. White Eclipse
03. In The Sand
04. Misspent Youth
05. Tempo (What Is Ever!)
06. Whatever
07. Skies Eyes
08. Day By Day (Delaying)
09. Craft Of Whirlwinds
10. Drifting Ships
11. Brighty Breakdown
12. Pilot Of Your Heart
13. Last Sunray In The Road
Quem acompanha com atenção o cenário do Hard Rock no Brasil, certamente já se deparou com os goianos do Sunroad, banda surgida no ano de 1996 e que, descontada uma coletânea e incluindo o EP Light Up the Sky (01), chega ao seu 7º trabalho de estúdio, intitulado Wing Seven. E se você conhece a carreira do quarteto, hoje formado por André Adonis (vocal/teclado), Netto Mello (guitarra), Akasio Angels (baixo) e Fred Mika (bateria, e único integrante original), já sabe que vai encontrar aqui um Hard Rock forte e enérgico, calcado na sonoridade oitentista do estilo e em bandas como Def Leppard, Europe, Stryper e Dokken, mas também capaz de trafegar com muita naturalidade entre polos opostos como o Heavy e o AOR. É essa mescla de melodia, peso e certa acessibilidade que torna a música deles tão interessante.
Quem teve a oportunidade de escutar seu trabalho anterior, o bom Carved in Time (13), foi capaz de detectar duas pequenas falhas que felizmente foram corrigidas aqui. A primeira dela tinha a ver com o trabalho vocal. Não que fosse ruim, ao contrário, já que a voz de Harion Vex era agradabilíssima, mas faltava agressividade nos momentos em que as canções pediam algo assim. E como uma falha puxa outra, isso causou o inconveniente de, apesar de o álbum ter canções criativas e bem tocadas, ele não possuir aquela canção marcante e que grudasse na cabeça do ouvinte.
Em Wing Seven temos a estreia do novo vocalista da banda, André Adonis, e ele consegue justamente dar esse algo a mais que faltou no trabalho anterior. Sua voz é bem variada e ele consegue trafegar de forma bem natural entre tons mais melódicos e mais agressivos, trazendo junto consigo a música do quarteto, já que agora sim temos aqueles momentos bombásticos e grudentos que haviam ficado em falta.
Vale dizer que a música do Sunroad não é chegada a grandes arroubos de técnica, por mais que sim, todos sejam bons em suas funções. Mas é justamente nisso que está um dos pontos positivos dos goianos, já que suas músicas acabam soando bem diretas, indo sempre direto ao ponto, como deve ser todo Hard Rock. Os riffs são simples e precisos e os solos possuem qualidade. A parte rítmica possui boa técnica e imprime não só peso, como boa variação, enquanto os teclados não surgem de forma exagerada, estando sempre muito bem encaixados nas canções. Os refrões são de fácil memorização, e boa parte deles te pega de primeira e, além disso, conseguem equilibrar muito bem momentos mais pesados com outros mais melódicos e até mesmo mais acessíveis. Em suma, os caras sabem muito bem o que estão fazendo e são certeiros dentro do que propõem em matéria de sonoridade.
(Musik Records - Nacional)
01. Destiny Shadows
02. White Eclipse
03. In The Sand
04. Misspent Youth
05. Tempo (What Is Ever!)
06. Whatever
07. Skies Eyes
08. Day By Day (Delaying)
09. Craft Of Whirlwinds
10. Drifting Ships
11. Brighty Breakdown
12. Pilot Of Your Heart
13. Last Sunray In The Road
Quem acompanha com atenção o cenário do Hard Rock no Brasil, certamente já se deparou com os goianos do Sunroad, banda surgida no ano de 1996 e que, descontada uma coletânea e incluindo o EP Light Up the Sky (01), chega ao seu 7º trabalho de estúdio, intitulado Wing Seven. E se você conhece a carreira do quarteto, hoje formado por André Adonis (vocal/teclado), Netto Mello (guitarra), Akasio Angels (baixo) e Fred Mika (bateria, e único integrante original), já sabe que vai encontrar aqui um Hard Rock forte e enérgico, calcado na sonoridade oitentista do estilo e em bandas como Def Leppard, Europe, Stryper e Dokken, mas também capaz de trafegar com muita naturalidade entre polos opostos como o Heavy e o AOR. É essa mescla de melodia, peso e certa acessibilidade que torna a música deles tão interessante.
Quem teve a oportunidade de escutar seu trabalho anterior, o bom Carved in Time (13), foi capaz de detectar duas pequenas falhas que felizmente foram corrigidas aqui. A primeira dela tinha a ver com o trabalho vocal. Não que fosse ruim, ao contrário, já que a voz de Harion Vex era agradabilíssima, mas faltava agressividade nos momentos em que as canções pediam algo assim. E como uma falha puxa outra, isso causou o inconveniente de, apesar de o álbum ter canções criativas e bem tocadas, ele não possuir aquela canção marcante e que grudasse na cabeça do ouvinte.
Em Wing Seven temos a estreia do novo vocalista da banda, André Adonis, e ele consegue justamente dar esse algo a mais que faltou no trabalho anterior. Sua voz é bem variada e ele consegue trafegar de forma bem natural entre tons mais melódicos e mais agressivos, trazendo junto consigo a música do quarteto, já que agora sim temos aqueles momentos bombásticos e grudentos que haviam ficado em falta.
Vale dizer que a música do Sunroad não é chegada a grandes arroubos de técnica, por mais que sim, todos sejam bons em suas funções. Mas é justamente nisso que está um dos pontos positivos dos goianos, já que suas músicas acabam soando bem diretas, indo sempre direto ao ponto, como deve ser todo Hard Rock. Os riffs são simples e precisos e os solos possuem qualidade. A parte rítmica possui boa técnica e imprime não só peso, como boa variação, enquanto os teclados não surgem de forma exagerada, estando sempre muito bem encaixados nas canções. Os refrões são de fácil memorização, e boa parte deles te pega de primeira e, além disso, conseguem equilibrar muito bem momentos mais pesados com outros mais melódicos e até mesmo mais acessíveis. Em suma, os caras sabem muito bem o que estão fazendo e são certeiros dentro do que propõem em matéria de sonoridade.
São 13 canções, incluindo aí uma vinheta que, sinceramente, soa totalmente desnecessária e poderia ser limada do tracklist sem dó alguma. Por mais que esse seja um trabalho deveras homogêneo, algumas faixas acabam se destacando mais que outras. A sequência inicial nos dá um belo panorama do que é o Sunroad. De cara, a pesada “Destiny Shadows” mostra o lado mais Heavy da banda, com ótimos riffs e um refrão pra lá de marcante. Em seguida, “White Eclipse” tem seus pés fincados no Hard Rock, com suas ótimas melodias e boas guitarras, assim como a cadenciada “In The Sand”, que se mostra muito cativante. E ambas tem aquele ar mais acessível, algo de AOR implícito. Vale citar também a variada “Craft Of Whirlwinds”, onde peso e acessibilidade se equilibram muito bem, além de possuir um bom refrão (duvido você não se lembrar do Scorpions nessa hora), “Brighty Breakdown”, moderna e com bom peso, e a belíssima balada “Last Sunray In The Road”, com um ótimo arranjo de piano.
A produção, mixagem e masterização ficaram por conta da dupla Fred Mika e Netto Mello, com bons resultados. Está clara, audível, enérgica e pesada, mas com uma dose de sujeira que ajuda demais no resultado final. Ainda assim, um pouquinho menos de crueza seria legal, mas isso parece ser uma tendência seguida por todas as bandas de Hard Rock nacionais que escutei nos últimos tempos, e não chega a comprometer o resultado final. Já a belíssima capa foi obra de Rogério Paulo Menezes, com a parte gráfica do encarte tendo sido criada com Fred Mika.
Mesclando com muita competência o peso do Heavy Metal com a melodia do Hard Rock, e conseguindo dar às suas canções um ar mais acessível mas sem soar exagerado, o Sunroad lançou um dos grandes álbuns de Hard Rock no Brasil nesse ano de 2017, e tem tudo para agradar em cheio aos fãs do estilo. É manter essa pegada nos próximos trabalhos e quem sabe, poder começar a sonhar com objetivos bem maiores.
NOTA: 8,0
Sunroad é:
- André Adonis (vocal/teclado);
- Netto Mello (guitarra);
- Akasio Angels (baixo);
- Fred Mika (bateria).
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