Blues
Pills – Blues Pills (2014)
(Nuclear
Blast – Importado)
01. High Class
Woman
02. Ain’t No
Change
03. Jupiter
04. Black Smoke
05. River
06. No Hope Left
For Me
07. Devil Man
08. Astralplane
09. Gypsy
10. Little Sun
Ao lado do novo do Rival Sons, esse era um
dos álbuns mais esperados de 2014 por muitos fãs de Classic Rock. Com três Ep’s
(dois de estúdio e um ao vivo) e um single lançados, o multinacional Blues
Pills (formado por uma sueca, um francês e dois americanos), capitaneado pela
maravilhosa vocalista Elin Larsson, causou certo frisson nos últimos dois anos.
Mas uma pergunta permanecia na cabeça de todos. Será que em um álbum completo,
conseguiriam manter o fôlego dos Ep’s e apresentar um material realmente consistente?
Bem, agora temos a resposta.
Sim, não só mantiveram o fôlego como
conseguiram ir além. Ok, parte do material contido nesse autointitulado
trabalho de estreia já havia sido lançado anteriormente, o que ajuda demais no
resultado final, mas as faixas inéditas aqui presentes conseguem manter o
altíssimo nível já apresentado pelo quarteto. Tocando um Blues Rock com pesadas
influências de Hard setentista e Rock Psicodélico ( e algo de Soul aqui e ali),
fazem o ouvinte viajar no tempo, ao final dos anos 60 e início dos 70, com
músicas que vão remeter a lendas como Jimi Hendrix, Janis Joplin e outros do
período em questão. O mais interessante aqui é que, apesar de deixarem bem
claras as suas influências, em momento algum soam como cópia, transpirando
personalidade, criatividade e não soando datados em momento algum. E
convenhamos, tem de ser muito bom para alcançar tal resultado. Fica evidente
nas 10 faixas aqui presentes (cinco delas inéditas), que Elin Larsson (vocal),
Dorian Sorriaux (guitarra), Zack Anderson (baixo) e Cory Berry (bateria)
conhecem muitíssimo bem o pantanoso terreno em que estão pisado, evitando assim
as armadilhas do caminho e passando longe de qualquer clichê do estilo. A
guitarra despeja em nosso ouvidos melodias belíssimas e viajantes, a cozinha é
digna das melhores do gênero e Elin Larrson se mostra um caso a parte, com uma
voz incrível e completamente destoante das vocalistas femininas que pipocam por
ai nos dias de hoje. Que feeling, meu amigo! Destaques? Sinceramente, o álbum
inteiro e não estou exagerando! Nada aqui é descartável ou se encontra fora do
lugar, mas minhas preferidas são “High Class Woman”, “Ain’t No Change”,
“Jupiter”, “Astralpane” e principalmente, “Devil Man”.
A capa, uma pintura dos anos 60 feita por
Marijke Koger-Dunham é simplesmente uma das mais belas do ano, casando
perfeitamente com o conteúdo do álbum. Unindo o melhor do que já haviam lançado
até então, somado com material inédito de inegável qualidade, lançaram um trabalho
excelente e que vai mergulhar o ouvinte em uma viagem no tempo. Vai estar fácil
entre os melhores do ano. Certamente uma das bandas mais promissoras e
talentosas da atualidade.
NOTA:
9,0
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