Behemoth – The Satanist (2014)
(Nuclear
Blast - Importado)
01. Blow Your Trumpets Gabriel
02. Furor Divinus
03. Messe Noire
02. Furor Divinus
03. Messe Noire
04. Ora
Pro Nobid Lucifer
05. Amen
06. The Satanist
07. Ben Sahar
08. In the Absence ov Light
09. O
Father O Satan O Sun!
A partir
de The Apostasy (07), o Behemoth veio
crescendo exponencialmente em matéria de popularidade no meio Black/Death,
graças a uma sonoridade mais épica e carregada de orquestrações, tendo chegado
a seu auge com o lançamento do álbum seguinte, Evangelion, em 2009. Mais eis que em 2010 seu líder e principal
força motriz, Nergal, descobriu estar sofrendo de Leucemia (tendo passado por
um transplante de medula em 2011) e essa experiência acabou por afetar de forma
nítida o som da banda.
Esqueça
aquela sonoridade pomposa, épica e complexa dos últimos trabalhos. Com The Satanist, o Behemoth faz uma espécie
de resgate de suas raízes, apostando em um som mais orgânico, direto e
agressivo. Tudo aqui soa bem intenso, seja musicalmente ou liricamente, reflexo
direto da experiência vivida por Nergal. Apesar de o nível de qualidade aqui
ser altíssimo e The Satanist não
possuir qualquer faixa desnecessária, algumas músicas acabam por sobrepujar as
demais. A abertura, com a pesadíssima “Blow
Your Trumpets Gabriel” é um cartão de visitas perfeito para o ouvinte, “Messe Noire” é simplesmente sensacional
e “Ora Pro Nobid Lucifer” já nasceu
simplesmente clássica. Vale também a pena citar a faixa título, bem soturna,
pesada e cadenciada e a ótima “In the
Absence ov Light”.
Ter
voltado mais a suas raízes, deixando as orquestrações e o lado épico de seus
trabalhos anteriores para trás, em momento algum é um retrocesso por parte do
Behemoth. É justamente o oposto, pois aqui dão um passo à frente com a sua
música. Toda essa efetividade e simplicidade só lhes fizeram bem, já que
agressividade e intensidade nunca são demais para qualquer banda de
Black/Death. Mais direto e brutal, Nergal e seu Behemoth lançaram um dos grandes
trabalhos de sua carreira e que desde já, tem vaga certa entre os clássicos da
banda. Ainda é cedo para marcar sem medo, mas The Satanist tem potencial para entrar nas listas de melhores do
ano de muita gente por ai.
NOTA: 8,5