quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Dark Avenger – Tales of Avalon: The Lament (2013)




Dark Avenger – Tales of Avalon: The Lament (2013)
(Rossom Records - Nacional)
               
01. From Father to Son     
02. Doomsday Night
03. The Knight on the Hill
04. Broken Vows
05. Stronger Than Death
06. Can You Feel It?
07. Utther Evil
08. Sicorax Scream
09. Dead Yet Alive (feat. Edu Falaschi, Tito Falaschi e Clarissa Moraes)
10. And So Be It…
11. The Thousand Ones

A geração mais nova de bangers brasileiros pode desconhecer totalmente o Dark Avenger, mas aqueles que viveram a segunda metade dos anos 90 e primeira metade dos 2000 se recordam muito bem o trabalho da banda brasiliense, principalmente seus dois ótimos álbuns, Dark Avenger (95) e Tales of Avalon: The Terror (01), que para mim é um dos melhores álbuns lançados sobre o rótulo de Power Metal no Brasil. Eis que após um hiato de 10 anos (em 2003 chegaram a lançar um EP, X Dark Years) o grupo capitaneado por Mario Linhares (um dos melhores vocalistas desse país) volta com força total com Tales of Avalon: The Lament.
Se a primeira parte é um verdadeiro clássico do Metal nacional, ouso dizer que sua continuação não fica nada a dever. Do ponto de vista musical, você encontrará aqui peso, arranjos épicos e de muito bom gosto, melodias fáceis e alguns refrões forjados a base de superbonder. Suas músicas, passeando com muita naturalidade entre o Metal Tradicional, o Power Metal e o Prog, em momento algum soam cansativas ou repetitivas, fazendo com que após o termino da audição, você fatalmente coloque o Cd para rodar novamente. Sinceramente, fico até meio receoso de destacar uma ou outra música e acabar soando injusto, mas como qualquer fã de Metal, tenho lá minhas preferidas aqui. Cito aqui então a faixa de abertura, “From Father to Son”, épica e pesada, “The Knight on the Hill”, “”Broken Vows”, cadenciada e com muito peso, “Stronger Than Death”, melódica e com o melhor refrão de todo álbum, “Sicorax Scream”, veloz e com grande atuação de Mario Linhares e “Dead Yet Alive” que tem seus vocais divididos entre Clarissa Moraes, Edu Falaschi (Almah) e seu irmão, Tito Falaschi, também um dos produtores do álbum. E abrindo um rápido parênteses, como canta esse Mário Linhares. O tempo passa e sua voz fica cada vez melhor!
Outro grande destaque desse trabalho é a produção, que ficou a cargo do já citado Tito e R. Schumann e tendo sua mixagem sido feita por Michael Wagener (Megadeth, Metallica, Ozzy, Dokken, Skid Row, entre outras). Trabalho de primeira qualidade. Tales of Avalon: The Lament é um trabalho praticamente impecável em todos os quesitos e um belíssimo retorno do Dark Avenger a cena. Que não demorem mais 10 anos para lançar um novo álbum, pois fazem muita falta à cena do Metal nacional.

NOTA: 9,0




quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Rhapsody of Fire – Dark Wings of Steel (2013)




Rhapsody of Fire – Dark Wings of Steel (2013)
(AFM Records - Importado)
               
01. Vis Divina  
02. Rising From Tragic Flames
03. Angel of Light
04. Tears of Pain
05. Fly To Crystal Skies
06. My Sacrifice
07. Silver Lake of Tears
08. Custode Di Pace
09. A Tale of Magic
10. Dark Wings of Steel
11. Sad Mystic Moon
12. A Candle To Light (Bonus Track)

Quando Luca Turilli rompeu com a banda e formou seu próprio Rhapsody, diga-se de passagem, de forma amigável, me perguntei por que precisaríamos de mais um Rhapsody no mundo, afinal de contas, o original já a muito vinha demonstrando sinais de cansaço, com sua fórmula pomposa de fazer música. Quando a banda de Turilli lançou Ascending To Infinity no ano passado, era exatamente o que todos esperavam. Metal sinfônico cinematográfico, com toda gama de pompa e exageros que se têm direito. Dessa forma, estava muito curioso para ver o que o original iria apresentar nesse Dark Wings of Steel, se repetiria a fórmula já batida que os consagrou como um dos maiores nomes do Melódico em todos os tempos ou se procuraria novos rumos para sua música.
Felizmente, para a surpresa de muitos, o Rhapsody capitaneado por Alex Staropoli escolheu a segunda opção. Não que todas aquelas características que marcaram a carreira da banda não estejam presentes, afinal de contas, as orquestrações, os coros e as melodias continuam por aqui, mas agora de uma forma muito mais dosada, sem exageros de outrora. Digamos que soam mais Metal e menos teatral. Esse despojamento, essa organicidade maior, só fez muito bem a banda. Podemos notar agora a guitarra, a cargo de Roberto De Micheli (que por sinal, fez um belo trabalho), muito mais presente, com ótimos riffs e solos e mais peso do que de costume em se tratando de um álbum dos italianos. As músicas também estão menos velozes, saindo daquele clichê do Metal Melódico no qual apostaram por anos, mostrando que uma pitada de modernidade e diversidade não faz mal a ninguém. Claro que ainda temos músicas velozes por aqui, vide o exemplo da ótima “Silver Lake of Tears”, mas esse lado mais “dark” é o que predomina durante toda audição. Os destaques aqui vão para “Rising From Tragic Flames”, umas das faixas onde o Rhapsody clássico dá as caras, “Angel of Light”, “Tears of Pain”, a já citada “Silver Lake of Tears”, “A Tale of Magic” e a faixa título, o elo entre o velho e o novo Rhapsody.
É indiscutível que no passado o Rhapsody lançou verdadeiros clássicos do Metal Melódico, mas já a muito que a banda havia caído no piloto automático, lançando álbuns burocráticos e repetitivos. Com Dark Wings of Steel, resolveram sair da zona de conforto e depois de muito tempo voltam a fazer um trabalho de relevância. Se você, fã, estava preocupado em como a banda soaria sem Luca Turilli, pode respirar aliviado, pois não irá se decepcionar com o resultado final. Mostrando muita maturidade e provando a todos que ainda têm muita a oferecer, o Rhapsody voltou lançando seu melhor álbum nos últimos 10 anos, pelo menos.

NOTA: 8,0





segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Leaves’ Eyes – Symphonies of the Night (2013)




Leaves’ Eyes – Symphonies of the Night (2013)
(Napalm Records - Importado)
               
01. Hell To The Heavens
02. Fading Earth
03. Maid Of Lorraine
04. Galswintha
05. Symphonie of the Night
06. Saint Cecelia
07. Hymn To The Lone Sands
08. Angel And The Ghost
09. Éléonore de Provence
10. Nightshade
11. Ophelia
12. Eileen’s Ardency (feat. Carmen Elise Espenaes) (bonus)
13. One Caress (Depeche Mode cover) (bonus)

Apesar de todo o talento de Liv Kristine e de acompanhar sua carreira desde os tempos de Theatre Of Tragedy, devo admitir que os trabalhos do Leaves’ Eyes nunca me empolgaram, principalmente os últimos, com um acento mais Folk. Sendo assim, não nutria tantas expectativas por esse 5º álbum de estúdio da banda, Symphonies of the Night.
Felizmente, já de cara, com “Hell To The Heavens”, torna-se perceptível que ouve uma mudança de direcionamento no trabalho da banda. Apostando em um Power Metal sinfônico, a faixa de abertura soa mais pesada, com, guitarras vibrantes e uma ótima interação entre os vocais de Liv e os rosnados de Alexander Krull (Atrocity), também responsável pelos teclados. À medida que o álbum vai rolando, essa impressão inicial se conforma cada vez mais e observamos que os elementos Folk, quando surgem, são apenas para enriquecer certas passagens das músicas. Ponto para eles. Além da ótima faixa de abertura, provavelmente umas das mais pesadas da carreira da banda, vale a pena destacar também “Maid Of Lorraine”, “Galswintha”, melhor do trabalho e com Liv cantando em irlandês, “Symphony Of The Night”, “Hymn To The Lone Sands” (com Liv cantando em norueguês), “Angel And The Ghost” e “Ophelia”. Além dos já citados elementos folk, podemos também observar aqui uma leve influência de Gothic, o que soa totalmente natural quando olhamos para a carreira de Liv Kristine.
No final, Symphonies of the Night acaba sendo um trabalho que surpreende positivamente. Ok, não temos aqui a reinvenção da roda, longe disso, mas indiscutivelmente, temos algumas das músicas mais legais de 2013 feitas sobre o rótulo de Power Metal Sinfônico. Os fãs certamente irão aprovar.

NOTA: 8,0





quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Deicide – In The Minds Of Evil (2013)




Deicide – In The Minds Of Evil (2013)
(Century Media - Importado)
               
01. In The Minds Of Evil
02. Thou Begone
03. Godkill
04. Beyond Salvation
05. Misery Of One
06. Between The Flesh And The Void
07. Even The Gods Can Bleed
08. Trample The Cross
09. Fallen To Silence
10. Kill The Light Of Christ
11. End The Wrath Of God

Que o Deicide sempre foi uma banda muito polêmica (principalmente a figura de seu vocalista e líder, Glenn Benton), isso ninguém discute, assim como ninguém nega que seus três primeiros álbuns, Deicide (90), Legion (92) e Once Upon The Cross (95), são verdadeiros clássicos do Death Metal. Infelizmente, de Serpents Of The Light (97) em diante, a banda se tornou inconstante e burocrática em seus lançamentos, só voltando a brilhar em 2006, com o excelente The Stench Of Redemption. Vindo de dois trabalhos que não empolgaram muito, Till Death Do Us (08) e The Hell With God (11), não vou negar a você, caro leitor, que não estava lá muito empolgado antes da audição de In The Minds Of Evil.
Sem inovações, sem modernidades e apenas praticando o bom e velho Death Metal made in Flórida, a faixa título explode infernal e direta nos falantes, me fazendo pensar que o bom e velho Deicide está de volta. Essa impressão é reforçada com as ótimas faixas seguintes, “Thou Begone”, “Godkill” e “Beyond Salvation”. Infelizmente, após isso a banda volta a entrar no piloto automático dos últimos trabalhos, com uma série de faixas que, se não são ruins, também passam longe do brilhantismo de outrora. Claro, os fãs da banda irão curtir tais músicas, mas os fãs “comuns” irão achar tudo um tanto burocrático e sem sal. Aquela banda empolgante do passado até volta a dar as caras em “Between The Flesh And The Void”, “Trample The Cross” e “Kill The Light Of Christ”, mas a verdade é que durante o restante da audição, fiquei com aquela sensação de que alguma coisa está faltando.
Não serei louco de negar que o trabalho executado aqui é agressivo, ríspido e com a dose característica de melodia que o Deicide impõe a sua música. E por mais que seja muito legal a banda continuar a levantar firmemente a bandeira do Death Metal Old School, procurando manter o estilo vivo, não podemos fechar os olhos para o fato de que hoje em dia, passam longe daquela banda que nos anos 90 se tornou um dos principais expoentes do estilo não só nos Estados Unidos como no mundo. É um álbum ruim? Longe disso, principalmente se confrontado com seus últimos lançamentos, mas nem o mais fanático fã de Benton e Cia pode negar que está a milhas de distância do brilhantismo do passado.

NOTA:8,0

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