quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Hammerfall - Glory to the Brave (Anniversary Edition) (1997/2017)


Hammerfall - Glory to the Brave (Anniversary Edition) (1997/2017)
(Nuclear Blast/Shinigami Records – Nacional)


CD1
01. The Dragon Lies Bleeding
02. The Metal Age
03. HammerFall
04. I Believe
05. Child Of The Damned  (Warlord cover)
06. Steel Meets Steel
07. Stone Cold
08. Unchained
09. Glory To The Brave
10. Ravenlord (Stormwitch Cover) *
11. Glory To The Brave (radio edit) *
CD2 – Live
1. The Metal Age (1998)
2. Steel Meets Steel (1998)
3. Stone Cold (1998)
4. Glory To The Brave (2012)
5. Hammerfall (2012)
6. The Dragon Lies Bleeding (2012)
7. Glory To The Brave Medley (2017)
DVD
The First Crusade:
1. Introduction
2. Steel Meets Steel - First Live Show
3. Glory To The Brave - Clip 1
4. HammerFall
5. Steel Meets Steel – Live
6. Glory to the Brave - Clip 2
7. The Making of “Glory To The Brave”
8. Ravenlord - Live (Stormwitch Cover)
9. The Metal Age - Live
10. Nominated for the Swedish Grammy Award
11. Stone Cold – Live
Interview 2017:
12. Chapter I: The Early Days
13. Chapter II: The Rockslaget Festival
14. Chapter III: The Album
15. Chapter IV: New Members, Wacken & Touring
Live: Dynamo Festival 1998
16. Child Of The Damned
17. The Metal Age
18. Steel Meets Steel
19. Eternal Dark
20. The Dragon Lies Bleeding
21. Stone Cold
22. HammerFall

O Hammerfall surgiu no ano de 1993, como um projeto despretensioso de ex-membros e membros de bandas como Cerimonial Oath, In Flames e Dark Tranquillity. Em virtude disso, o grupo meio que ficou em segundo plano, já que o foco dos músicos aqui envolvidos estava em seus grupos principais. Até que 1996 chegou, marcando a grande virada na história do Hammerfall. Foi nesse ano que, quando do impedimento do vocalista Mikael Stanne (Dark Tranquillity) em se apresentar com a banda em um concurso, deu-se a entrada de Joacim Cans. A química foi tão boa, que ele foi efetivado no posto, e no ano seguinte, receberam o convite da Nuclear Blast para lançarem um álbum. Daí em diante, a coisa tomou outra figura.

Para você entender a importância de Glory to the Brave no cenário do Heavy Metal, precisa compreender bem a conjuntura do momento em que foi lançado. A década de 90 foi cruel com o estilo, que foi relegado pelo grande público em prol do Grunge, do Rock Alternativo e do Nu Metal. Agravando o panorama, os grandes nomes do Metal não passavam por sua melhor fase, com trocas de membros importantes e lançamentos de álbum que foram muito contestados, não só pela imprensa especializada, como também por uma parcela dos fãs. Em 1997, bandas como Silverchair, Radiohead, Oasis, No Doubt, Prodigy, Korn e Limp Bizkit estavam se tornando cada vez mais populares, enquanto o Metallica lançava nada menos que o catastrófico ReLoad. Muitos diziam que o Heavy Metal estava ultrapassado, morto. E quer saber? Era meio difícil ir contra tal afirmação, dado a falta de novidades e o vazio criativo existente.

Direto, sem espaço para modernidades e focando em um Heavy/Power rápido e clássico, Glory to the Brave tomou de assalto a cena, sendo sem dúvida alguma, ao lado de Legendary Tales do Rhapsody, o principal responsável por alavancar o estilo, o tornando novamente popular entre os apreciadores de música pesada. Era um trabalho que nos remetia diretamente a era de ouro do Hard/Heavy oitentista, com suas guitarras simples, afiadas e rápidas, sua parte rítmica forte e firme, ótimas melodias, muita musicalidade e refrões simplesmente grudentos. A sensação de saudosismo, de retorno a um passado nem tão distante assim, onde a realidade do fã de Metal parecia mais simples, foi inevitável. A sonoridade, calcada em nomes como Iron Maiden, Helloween e Manowar, dentre outras, também ajudava muito. 


Mas sejamos sinceros, nada disso ajudaria se a música em si não possuísse qualidades, e isso ela tem de sobra. Glory to the Brave é um dos álbuns clássicos dos anos 90 quando falamos de Heavy Metal, e esse relançamento comemorativo é muito bem-vindo. As canções aqui presentes foram remasterizadas, e o CD recebeu farto material extra. Além de duas faixas bônus que já eram conhecidas do público, o cover para “Ravenlord” do Stormwitch, e a versão editada de “Glory to the Brave”, temos um segundo CD, com 7 músicas ao vivo, gravadas em períodos diferentes da carreira, um DVD contendo parte do documentário The First Crusade, que até então só era acessível através das boas e velhas fitas VHS, uma entrevista de 2017 e o show de 1998 no Dynamo Open Air. Tudo isso vem embalado em formato digipack e com um encarte riquíssimo, cheio de memorabília da banda.

Quanto as músicas em si, são clássicas dentro do repertório do Hammerfall. O trabalho de remasterização foi muito bem-feito, deixando as canções mais claras e vivas, confirmando a força das mesmas. Impossível não se empolgar com a básica e eficiente “The Dragon Lies Bleeding”, a agressiva “The Metal Age” e suas boas guitarras gêmeas, a explosiva “HammerFall”, a versão mais do que definitiva para “Child Of The Damned”, do Warlord – curiosamente, Cans acabou fazendo parte da banda entre 2002 e 2003, gravando inclusive um álbum – e a ótima  “Unchained”. Além disso, mostram uma competência ímpar nas duas belíssimas baladas aqui presentes, “I Believe” e a incrível “Glory of the Brave”. Um clássico mais do que obrigatório na coleção de qualquer fã de Heavy/Power.

NOTA: 91

Hammerfall (gravação)
- Joacin Cans (vocal);
- Oscar Dronjak (guitarra);
- Glenn Ljungström (guitarra);
- Fredrik Karsson (baixo);
Convidados
- Patrik Räfling (bateria);
- Stefan  Elmgren (guitarra e violão em I Believe);
- Mats Hansson (guitarra);
- Fredrik Nordström (piano e teclado).
- Jesper Strömblad (composição e letras nas faixas de 1 à 3 e de 7 à 9).

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