quarta-feira, 11 de abril de 2018

Anvil - Pounding The Pavement (2018)


Anvil - Pounding The Pavement (2018)
(SPV/Steamhammer/Shinigami Records - Nacional)


01. Bitch In The Box
02. Ego
03. Doing What I Want
04. Smash Your Face
05. Pounding The Pavement
06. Rock That Shit
07. Let It Go
08. Nanook Of The North
09. Black Smoke
10. World Of Tomorrow
11. Warming Up
12. Don´t Tell Me (Bonus Track)

Muitos consideram o Anvil uma banda subestimada, e que merecia estar em uma posição muito melhor do que se encontra. Já outros, afirmam que são superestimados, muito em virtude do documentário de 2009, Anvil! The Story of Anvil, que mostrou as agruras pelas quais passaram Steve “Lips” Kudlow (vocal/guitarra) e Robb Reiner (bateria) nas últimas décadas para manter o Anvil vivo, o que acabou fazendo com que angariassem a simpatia de muitos fãs de Metal que até então ignoravam a existência do mesmo.

No fim, o que conta é que já são 41 anos de serviços bem prestados ao Heavy Metal, e álbuns como Metal on Metal (82), Forged in Fire (83) e Pound for Pound (88) que podem ser, goste você ou não da banda, colocados entre os clássicos do estilo nos anos 80. A fidelidade do Anvil ao estilo, mesmo nos nebulosos anos 90, assim como sua obstinação em enfrentar todos os obstáculos e situações adversas com as quais se depararam nessas 4 décadas, são prova do amor incondicional de Steve e Robb pelo Metal.

Em Pounding The Pavement, seu 17º trabalho de estúdio, o que vamos encontrar é exatamente aquilo que esperamos de um trabalho do Anvil, para o bem e para o mal, ou seja, aquela mescla de Hard e Heavy, com toques de Speed aqui e ali, que sempre marcou sua carreira. O Anvil não muda e nem vê motivos para fazer isso. Os vocais roucos de Lips continuam ali, firmes, fortes e característicos, enquanto sua guitarra despeja riffs sólidos e de qualidade. Chris Robertson, em seu 2º álbum com a banda, mostra um bom trabalho, enquanto Robb Reiner nos entrega exatamente o que esperamos, ou seja, um trabalho muito sólido de bateria.


Se não apresenta novidades, ao menos o Anvil acerta a mão na maior parte dos temas aqui apresentados, por mais que tenhamos um ou outro momento na qual a qualidade decai um pouco. A sequência de abertura é bem positiva, com “Bitch In The Box”, uma típica música do Anvil, com riffs totalmente oitentistas, e as barulhentas e “motorheadianas” “Ego” e “Doing What I Want”, que são vibrantes e divertidas como devem ser. “Black Smoke” é outra nessa mesma pegada, não negando as influências de Lemmy & Cia. Outros destaques ficam por conta da instrumental "Pounding The Pavement", com um ótimo trabalho de bateria, e as surpreendentes “Rock That Shit” e “Warming Up”, com seus pés fincados naquele Rock and Roll dos anos 50 e influências de Chuck Berry. Em contrapartida, “Smash Your Face” não empolga e, se não chega a ser ruim, é no mínimo uma canção genérica, assim como “Nanook Of The North” (apesar da boa cadência) e “World Of Tomorrow”, quase um plágio de “Sweet Leaf”, do Black Sabbath.

Gravado no Soundlodge Studio, na Alemanha, o trabalho teve produção de Jörg Uken, com um resultado final muito bom, já que tudo está bem claro e audível, mas sem excessos. A capa, seguindo o padrão Anvil de sempre, foi obra de Christoph "Stripe" Schinzel, que já vem trabalhando com o grupo desde Still Going Strong (02). Como sempre, um trabalho divertido e que cumpre bem a sua função. Se persistência é uma virtude, nenhuma banda é mais virtuosa que o Anvil.

NOTA: 83

Anvil é:
- Steve "Lips" Kudlow (vocal/guitarra);
- Chris Robertson (baixo);
- Robb Reiner (bateria).

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