domingo, 10 de setembro de 2017

Fast Review – Resenhas rápidas para consumo imediato!

White Skull - Will of the Strong (2017)
(Dragonheart Records – Importado)
 

No final da década de 90 e início da de 2000, Tales from the North (99) e Public Glory, Secret Agony (00) colocaram o nome do italiano White Skull em evidência. E isso não se dava apenas pelo Power Metal de rara qualidade apresentado, mas também pelos incríveis vocais de Federica “Sister” De Boni. Após sua saída em 2001, até chegaram a lançar bons álbuns, mas nada que chegasse ao nível de excelência do passado. Apesar de seu retorno em 2010, Under This Flag (12) manteve a sequência de álbuns que variavam entre mediano e bom, chegando a ser meio decepcionante para quem recordava dos trabalhos passados. Mas eis que em Will of the Strong a magia do passado parece ter retornado. Além de apresentarem um Power Metal pesado e que chega a flertar com o Thrash em alguns momentos, mostram um uso equilibrado dos teclados e orquestrações que soam bombásticas. E quanto a Federica, bem, seus vocais estão soando mais fortes e agressivos do que nunca, mostrando que o tempo só fez bem à sua voz. Uma aula de Power Metal! (8,5)

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Hell Fire - Free Again (2017)
(Independente – Importado)
 

O Hell Fire não deixa qualquer dúvida quanto à sua fonte de inspiração, a NWOBHM. Tudo aqui remete àquele período do final dos anos 70 e início dos 80, e a trabalhos de bandas como Iron Maiden, Diamond Head, Raven e Satan. Temos boas harmonias e riffs, ótimas guitarras gêmeas, além de uma parte rítmica forte e coesa. Tudo o que esperamos de uma banda inglesa do período em questão, mas com um detalhe: o grupo é americano. E isso nos é despertado quando nos deparamos com uma faixa como “Beyond Nightmares”, um Proto-Thrash que nos remete de imediato aos primórdios de ninguém menos que o Metallica. Se você curte nomes dessa nova geração, como Enforcer, Cauldron, Skull Fist, Striker e Night Demon, temos aqui mais um nome para você acrescentar à sua lista. (8,0)

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Dawn of Disease - Ascension Gate (2017)
(Napalm Records – Importado)
 

A cena do Death Metal Melódico pode ter dado uma estagnada nos últimos anos, mas ainda é capaz de gerar bons trabalhos, como o 4º álbum de estúdio dos alemães do Dawn of Disease. Ok, sua música não transborda originalidade, e em diversos momentos suas influências (Amon Amarth, At the Gates, In Flames (antigo) e Dark Tranquility) ficam bem evidentes, mas ainda assim são capazes de forjar boas melodias e dar às suas canções um clima épico. Além disso, equilibram muito bem peso, agressividade e sim, acessibilidade. Os fãs do estilo e das bandas citadas acima certamente aprovarão. (7,5)

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Ereb Altor - Ulfven (2017)
(Hammerheart Records – Importado)
 

O Ereb Altor nunca escondeu sua veneração ao Bathory, tanto que seu trabalho anterior, Blot · Ilt · Taut (16), foi um álbum de covers da banda do saudoso Quorthon. Mas engana-se quem pensa que sua música é uma simples emulação da mesma, já que apesar de toda influência, seu Viking/Black Metal também possui elementos que remetem aos trabalhos atuais de bandas como Týr, Enslaved e Falkenbach. Em Ulfven, encontramos, além do clima épico, riffs fortes e marcantes, boas melodias e muita variação vocal, mas tudo isso sem perder a rispidez e a aspereza que lhe são características. Uma música realmente grandiosa e que deixaria Quorthon orgulhoso. (8,5)

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Serious Black – Magic (2017)
(AFM Records – Importado)
 

O Serious Black surgiu em 2014 unindo Urban Breed (vocal/ex-Tad Morose), Roland Grapow (guitarra/ex-Helloween), Dominik Sebastian (guitarra/Edenbridge), Mario Lochert (baixo/ex-Visions of Atlantis), Thomen Stauch (bateria/ex-Blind Guardian) e Jan Vacik (teclado/ex-Dreamscape), e logo a alcunha de “Supergrupo de Power Metal” pegou. Mas a verdade é que a coisa nunca engrenou de verdade. Roland e Thomen saíram, Bob Katsionis (Firewind) e Alex Holzwarth (ex-Luca Turilli's Rhapsody, ex-Rhapsody of Fire) chegaram, e o sexteto chega a seu 3º álbum em 3 anos. Se Mirrorworld (16) havia sido superior à estreia com As Daylight Breaks (15), o mesmo não se pode falar de Magic. Por mais que a história contada seja interessante (o trabalho é conceitual), musicalmente não apresentam absolutamente nada de novo. É o mesmo Power Metal com nuances de Prog que já foi explorado por muitas outras bandas. A sorte do Serious Black é que os músicos envolvidos são de 1ª linha, e compensam isso com muito talento, boa técnica, bons riffs, melodias agradáveis e refrões marcantes. No fim, é um álbum que certamente cativará os fãs do estilo, mas que convenhamos, está muito aquém do que poderia ser com músicos desse porte envolvidos. (7,5)

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Kal-El - Astrodoomeda (2017)
(Argonauta Records – Importado)
 

A capa e o título do CD não nos deixa enganar, estamos diante de uma banda de Stoner/Doom. Em seu 3º álbum de estúdio, os noruegueses do Kal-El nos entregam um dos melhores lançamentos do estilo nesse ano de 2017. Os vocais de Cpt Ulven nos remetem diretamente aos de Ozzy Osbourne, enquanto a guitarra de Roffe despeja riffs que são uma mistura de Black Sabbath, Nebula e Monster Magnet. Enquanto isso, a parte rítmica, com o baixo de Liz e a bateria de Bjudas, parece pesar uma tonelada de tão pesada que soa. De quebra, temos boas doses de Psychedelic e Desert Rock, e uma temática toda voltada para o Sci-fi, que deixa tudo ainda mais legal. Ah, já ia me esquecendo, Astrodoomeda encerra com um cover muito bem-feito para “Green Machine”, do lendário Kyuss, Imperdível! (9,0)

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