quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Sonata Arctica – The Ninth Hour (2016)


Sonata Arctica – The Ninth Hour (2016)
(Shinigami Records/Nuclear Blast - Nacional)


01. Closer to an Animal
02. Life
03. Fairytale
04. We Are What We Are
05. Till Death’s Done Us Apart
06. Among the Shooting Stars
07. Rise a Night
08. Fly, Navigate, Communicate
09. Candle Lawns
10. White Pearl, Black Oceans (Part II: By the Grace of the Ocean)
11. On the Faultline (Closure to an Animal)
12. Run to You (Bryan Adams cover)

E lá se vão quase 2 décadas desde que o Sonata Arctica lançou seu elogiado debut, Ecliptica (99), praticando um Power Metal calcado no Stratovarius e que empolgou muito os fãs do estilo. Após isso, mais 3 álbuns, Silence (01), Winterheart's Guild (03) e Reckoning Night (04), e o nome dos finlandeses estava definitivamente consolidado entre os principais do estilo. Nada parecia poder abalar o caminho rumo ao topo, até que em 2007 surge Unia.

Não, Unia não é um álbum ruim, ao contrário, mas marcou uma virada na carreira do Sonata Arctica. Ali deixaram de ser uma simples cópia do Stratovarius e iniciaram a busca por uma sonoridade própria. Colocaram o pé no freio, adicionaram influências Prog em seu som e seguiram em frente, mesmo com os fãs mais die hard reclamando. Ok, os álbuns seguintes foram um tanto inconstantes, mas com Pariah's Child (14) (resenha aqui), encontraram o equilíbrio necessário para sua música.

De certa forma, The Ninth Hour é uma continuação natural do que ouvimos no trabalho anterior, já que conseguem equilibrar de forma razoável as duas fases da banda, por mais que pendam um pouco mais para o Prog/Power Sinfônico que tem se tornado a cara da banda. Ainda assim, é um álbum um pouco mais difícil que o anterior e, ao menos para mim, necessitou de umas audições adicionais. Os fãs daquele Sonata old school podem ir direto a “Fairytale”, “Till Death’s Done Us Apart” e “Rise a Night”. São as que caem para o lado do Power Metal puro e simples, velozes, com bateria rápida, riffs melódicos e refrões marcantes. Também podem arriscar a épica e rica “White Pearl, Black Oceans (Part II: By the Grace of the Ocean)”, com seus mais de 10 minutos e que continua a história de “White Pearl, Black Oceans”, faixa presente em Reckoning Night.


Já os fãs da fase pós-Unia, certamente gostarão de músicas como “Closer to an Animal”, com boa dose de Prog, uso farto dos teclados (elemento central de boa parte das canções) e riffs melodiosos, “Life”, com uma certa dose de exagero, refrão daqueles que vicia e boas melodias e a boa “Fly, Navigate, Communicate”, que consegue transitar com naturalidade entre as duas fases da banda. Completam ainda o trabalho, a emocional e lenta “We Are What We Are”, as introspectivas baladas “Among the Shooting Star” e “Candle Lawns” (compostas na época de Stones Grow Her Name (12)) e “On the Faultline (Closure to an Animal)”, uma releitura alternativa da faixa de abertura, que sinceramente, julguei um tanto desnecessária. A versão nacional ainda tem um cover nem tão inusitado assim (se você lembrar que Tony Kakko toca no Northern Kings) para “Run to You”, do cantor pop canadense Bryan Adams.

Com ótimas melodias, algumas um pouco mais fortes e outras bem emotivas, arranjos vocais de bastante qualidade e uma boa utilização de elementos sinfônicos, o Sonata Arctica conseguiu lançar um trabalho equilibrado e com qualidade. Ok, falta um pouco de energia em um ou outro momento e achei Kakko um pouco contido em passagens onde poderia soltar mais a voz, mas isso em nada compromete o resultado final. Os fãs da primeira fase continuarão chiando, os atuais podem estranhar uma ou outra passagem, mas dando a devida atenção ao trabalho, podem descobrir um álbum cativante e com ótimos momentos.

NOTA: 8,0

Sonata Arctica é:
- Tony Kakko (vocal);
- Elias Viljanen (guitarra);
- Pasi Kauppinen (baixo);
- Tommy Portimo (bateria);
- Henrik Klingenberg (teclado).

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