quinta-feira, 7 de abril de 2016

Lost Society - Braindead (2016)


Lost Society - Braindead (2016)
(Shinigami Records/Nuclear Blast Brasil - Nacional)


01. I Am the Antidote
02. Riot
03. Mad Torture
04. Hollow Eyes
05. Rage Me Up
06. Hangover Activator
07. Only (My) Death Is Certain
08. P.S.T.88 (Pantera Cover)
Bônus
09. Terror Hungry (Californian Easy Listening Version)

O legal de você poder acompanhar a carreira de uma banda álbum a álbum é poder observar a evolução da mesma. Dentro da onda do revival Thrash da última década, um dos melhores nomes surgidos foi o do finlandês Lost Society, mas apesar de dois belíssimos trabalhos lançados, existiam os que os criticavam, os acusando de falta de personalidade, de se limitarem a ser uma cópia de nomes consagrados do estilo. Do meu ponto de vista, tais críticas eram injustas, afinal, apesar das influências latentes, sua música passava longe de ser simples emulação, mas eu também não seria louco de negar as grandes similaridades existentes.

Pois bem, Braindead, terceiro álbum de estúdio dos finlandeses é surpreendente nesse sentido, pois aqui fica evidente que a banda está amadurecendo e buscando sua identidade, um som característico seu. Claro que as referências a bandas clássicas ainda poderão ser encontradas (Slayer e Metallica, por exemplo), mas é nítida a tentativa da banda de se renovar e diversificar sua música. E bem, posso lhes dizer aqui que conseguiram, já que em momento algum abrem mão de suas características. Sinal claro de maturidade.

Se você espera um álbum composto apenas de canções rápidas, "chupinhadas" de clássicos oitentistas do estilo, certamente você irá se enquadrar no grupo de fãs do Lost Society que reclamarão até enjoar de Braindead, já que como foi dito mais acima, a banda procurou diversificar mais o seu trabalho. Isso significa que canções mais cadenciadas passaram a fazer parte do repertório, fugindo assim da armadilha de soarem velozes e repetitivos, falha que muitas bandas acabam cometendo nos dias de hoje. Os vocais de Samy Elbanna continuam raivosos, enquanto Arttu Lesonen brilha como nunca, mostrando uma inspiração ímpar no que tange à qualidade dos riffs e solos. Na parte rítmica, as linhas de baixo de Mirko Lehtinen se destacam e Ossi Paananen simplesmente espanca seu kit de bateria sem dó nem piedade.

Apontar destaques aqui não é tarefa fácil, mas aponto como as minhas preferidas "I Am the Antidote" (com uma aura Slayer fase South Of Heaven), "Riot" (com uma pegada mais moderna), "Mad Torture", "Hollow Eyes" (algo de Metallica aqui) e "Hangover Activator". A título de curiosidade, o cover escolhido dessa vez foi o de "P.S.T.88", do Pantera.

Renovado, diversificado, mas sem abrir mão da raiva, energia e violência que lhes são características, o Lost Society provou de uma vez por todas que é sim, capaz de caminhar com suas próprias pernas, lançando um álbum que certamente estará entre os principais de 2016. Os fãs mais radicais vão chiar por causa das canções mais cadenciadas, reclamar que a banda era melhor nos dois primeiros álbuns, mas sinceramente, quando é que esse povo não reclama? Braindead é um álbum que certamente passará muito tempo rodando no meu CD Player. Um trabalho maduro de uma banda que tem tudo para logo logo estar no topo da cena Thrash mundial.

NOTA: 9,0

Lost Society é:
- Samy (Vocal)
- Arttu (Guitarra)
- Mirko (Baixo)
- Ossi (Drums)

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