quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Powerwolf - Blessed & Possessed (2015)




Powerwolf - Blessed & Possessed (2015)
(Shinigami Records – Nacional)

01. Blessed & Possessed
02. Dead Until Dark
03. Army Of The Night
04. Armata Strigoi
05. We Are The Wild
06. Higher Than Heaven
07. Christ & Combat
08. Sanctus Dominus
09. Sacramental Sister
10. All You Can Bleed
11. Let There be Night

O fato de você se utilizar dos clichês de um estilo, não significa que você tenha que fazer o mais do mesmo sempre. Com criatividade, mesmo apresentando esse “mais do mesmo”, uma banda pode sair do lugar comum e fazer algo minimamente interessante. Esse é o caso dos alemães do Powerwolf e do Power Metal que praticam há 12 anos. É original? De forma alguma. É legal? Demais da conta, uai!

Mas como esses caras conseguem isso? Bem, quem conhece o trabalho do Powerwolf sabe a resposta (ou respostas). Em primeiro lugar, na parte lírica optaram por fugir totalmente daquela coisa batida de falar de heróis, dragões e ouras coisas nessa linha que todos estamos cansados de saber. As letras aqui versam sobre anticristianismo, licantropismo e afins, seguindo uma linha mais voltada para o terror e que rende resultados bem legais. Só isso já seria digno de aplausos.

Em segundo lugar, Attila Horn. E daí se existem vocalistas que conseguem alcançar notas quase inalcançáveis? Para mim, a maioria desses caras parece apenas estar sendo empalado pelo Kid Bengala. Fugindo daqueles agudos chatos e com sua voz grave, ele interpreta as músicas de uma foram que gosto de definir como teatral, dando um diferencial imenso às mesmas. Hoje é, ao menos para mim, o principal vocalista de Power Metal que temos por ai.

Em terceiro lugar, temos a junção de vários fatores. Os brilhantes teclados/órgãos de Falk Maria Schlegel (pelo amor do Capiroto, esse cara é monstruoso), os trechos cantados em latim e os coros gregorianos, que unidos a já citada interpretação “teatral” de Attila, gera um clima sombrio muito, mas muito legal e que foge completamente daquela coisa feliz e alegre que a maior parte das bandas do estilo adota.

De resto, talvez tirando o fato de não apelarem muito para os bumbos duplos, a sonoridade do quinteto não se difere tanto do que vemos nas demais do estilo. Ou seja, aqui vamos escutar o guitarrista Matthew Greywolf despejando ótimos riffs (com boa dose de agressividade) e solos, com aquelas melodias bem grudentas típicas do estilo e a parte rítmica composta por Charles Greywolf (Baixo) e Roel van Helden (Bateria), mostrando boa técnica e imprimindo bastante peso as músicas. Por falar em músicas, os destaques aqui ficam por contas de “Blessed & Possessed”, “Army Of The Night”, “Armata Strigoi”, “We Are The Wild”, “Sanctus Dominus”, “All You Can Bleed” e “Let There be Night”. Ah, e claro, já ia me esquecendo. Os refrães grudentos estão por todos os lados aqui, como não poderia deixar de ser. Alguns vão grudar na sua cabeça por dias a fio.

A produção ficou a cargo do renomado Fredrik Nordström e como não poderia deixar de ser, apresenta excelente qualidade. Limpa, tudo 100% audível, mas sem abrir mão do peso e da agressividade que as músicas pedem. A capa, como de costume, é bem legal e retrata perfeitamente o conteúdo do trabalho. A título de curiosidade, no exterior o Cd vêm acompanhado de um cd bônus, intitulado Metallum Nostrom, que possui 10 versões bem legais para temas clássicos do Rock/Metal e que consegue ser até mesmo superior ao álbum principal.

O Powerwolf apresenta aqui algo diferente do que o fez em seus 5 álbuns anteriores? Não, mas ainda sim consegue não soar repetitivo (ao menos na maior parte do tempo) e sair do lugar comum do estilo. Mas o mais importante de tudo é que conseguiram não só lançar um material de qualidade, mas também muito divertido. E convenhamos, não é essa a função da música, divertir o ouvinte? Sua praia é o Power Metal? É fã da banda? Pode adquirir Blessed & Possessed sem um pingo de medo.

NOTA: 8,5

Powerwolf é:

- Attila Dorn (Vocal)
- Matthew Greywolf (Guitarra)
- Charles Greywolf (Baixo)
- Roel van Helden (Bateria)
- Falk Maria Schlegel (Teclado)




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